terça-feira, 31 de março de 2009

CAPA DA EDIÇÃO DE ABRIL

TITULOS DA EDIÇÃO DE ABRIL

JORNAL FOLCLORE
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EDIÇÃO N.º 158 (ABRIL 2009)

EDITORIAL

A ajuda francesa
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou recentemente medidas estruturais para reformar e modernizar a imprensa escrita, que atravessa graves dificuldades. O presidente anunciou que será oferecida a assinatura gratuita de jornais impressos (diários ou não) aos jovens franceses de 18 anos. O objectivo é criar nos mais novos hábitos de leitura. Os apoios estão orçamentados em 200 milhões de euros/ano.
As ajudas financeiras à imprensa escrita que o Governo francês acaba de anunciar, trazem alguma esperança a boa parte dos jornais, que a conjuntura arrastou para uma gravíssima situação económica. É conhecida a débil situação financeira da imprensa, até dos grandes grupos editores, trazida por circunstâncias várias, da limitação de publicidade à quebra de vendas.
Por cá, mantém-se o alheamento às dificuldades que a imprensa atravessa. As publicações definham e agravam dia a dia uma já precária existência. As ajudas estatais ao porte dos Correios para os jornais vendidos por assinatura reduzem-se cada ano. E caminham para a extinção total. Sem as ajudas aos portes, o custo da assinatura terá de sofrer inevitáveis agravamentos, que a seu tempo se tornarão insuportáveis para o subscritor.
Em devido tempo o governo anunciou a oferta de assinaturas às Associações portuguesas sedeadas no estrangeiro, e foram várias as que subscreveram a assinatura do Jornal Folclore. Mas foi sol de pouca dura. Até esse pequeno apoio se esfumou.
O Director

NOTA EDITORIAL

O número certo

Inventariámos – uma vez mais – o movimento folclórico nacional. Concluiu-se que o número de grupos e ranchos de folclore em actividade no País – continente e Ilhas – continua a não ultrapassar muito os mil e setecentos grupos. Recordemos que em 2002 fizemos o primeiro inventário com o absoluto rigor dos números, tendo para tal o indispensável apoio das câmaras municipais do território nacional. O número encontrado foi de 1.717 grupos. Na altura propalava-se que existiriam em Portugal cerca de três mil agrupamentos. O número terá saído de uma sondagem da Universidade Nova de Lisboa, onde se terá concluído da existência de tão expressiva quantidade de formações folclóricas. Ao que apurámos, a pesquisa da instituição universitária terá incluído no rol uma significativa lista de conjuntos de cariz recreativo, que não apenas grupos de expressão tradicional (folclóricos).
Um novo percurso por todas as autarquias do País, realizado entre Janeiro e Março, confirmou o número encontrado em 2002, com ligeiras alterações nalguns concelhos e mais acentuadas noutros. Entre as novas formações e as que cessaram a actividade, o total encontrado agora – 1744 – não difere substancialmente daquele que encontrámos sete anos atrás.
Continuamos a ser o País do mundo onde a actividade folclórica se desenvolve mais intensamente. O rectângulo nacional e as suas Ilhas Insulares da Madeira e dos Açores, superam em muito o número de agrupamentos existentes em países com uma superfície incomensuravelmente maior. Os benefícios para a representação de tão desmedida quantidade de grupos e ranchos de folclore estão ainda por apurar. Mas sempre adiantamos que o benefício para o grande movimento seria superior se houvesse um maior entendimento do papel que cabe desempenhar a um grupo folclórico. Convenhamos que a retratação dos aspectos culturais tradicionais continua sobremaneira mal compreendida pelos responsáveis de uma parte dos grupos activos. Nalguns casos os factos folclóricos – aquilo que foi usual entre as comunidades num tempo necessariamente recuado – passam ao lado do trabalho que alguns grupos mostram, porque sempre descuidaram as necessárias acções de recolha dos elementos-base que obrigatoriamente devem estar presentes na formação do conjunto, se se quer representativo do seu folclore.
O Director

DESTAQUES
Recenseámos o movimento folclórico nacional

A mancha folclórica do País

Mil setecentos e quarenta grupos e ranchos de folclore constituem o universo da representação folclórica nacional

A mancha folclórica do País está uma vez mais delineada pelo trabalho acabado de desenvolver pelo nosso Jornal, que decorreu ao longo dos primeiros meses do corrente ano. Em 2002 trouxemos a mesma realidade às páginas do jornal, resultado de um idêntico trabalho. Para a realização do presente levantamento, foram inquiridas todas as câmaras municipais do País, que nos deram informação dos grupos etnográficos em actividade nos seus concelhos. Está desta forma actualizada mancha da representação folclórica nacional. Há no País mais 35 novos grupos, relativamente a 2002.


Um inquérito acabado de realizar pelo nosso Jornal junto de todas as autarquias do país, conclui que estão em actividade, em todo o território nacional, 1.744 grupos e ranchos de folclore. Entre Janeiro e Março realizámos um inquérito nacional para apurar a exacta realidade do movimento folclórico em todo o país. Concluímos assim que o número de grupos e ranchos de folclore, incluindo os grupos corais tradicionais, não chega aos dois milhares, contrariando os números inflacionados, que sempre apontam para cerca de três mil grupos. A realidade uma vez mais dá-nos conta de um número bastante inferior.
(Desenvolvimento na edição impressa)
Por: Manuel João Barbosa



REPORTAGENS
- Salvaguarda e valorização do património cultural popular. Seminário na Golegã tratou de etnografia e comunicação

O CESPOGA – Centro de Estudos Politécnicos da Golegã, promoveu na Golegã um Seminário sobre a investigação etnográfica e comunicação. “Abordar de forma preliminar uma matéria de interesse cultural que, indiscutivelmente, possui implicações no modelo de desenvolvimento local e regional” foi o objectivo da iniciativa dos promotores. Estudiosos desenvolveram a temática sobre os “conceitos do folclore, da cultura, investigação e desenvolvimento” situando-os no “contexto da própria área regional onde a acção teve lugar”.

“Ligar a Cultura Popular e o Folclore à Academia; Incentivar a produção e divulgação do conhecimento sobre o Folclore e criar uma linha de trabalho sobre Folclore na Oficina de Cultura Popular” afecta ao Centro de Estudos Politécnicos da Golegã (CESPOGA), foram os objectivos que presidiram à realização do Seminário que decorreu no dia 20 de Março, na Golegã. Sobre o tema “Investigação Etnográfica e Comunicação”, a iniciativa rodeou-se de propósitos bem definidos sobre a “abordagem a uma matéria de interesse cultural”, como é a cultura popular e o Folclore.
(Desenvolvimento na edição impressa)
Por: Manuel João Barbosa

Glória do Ribatejo homenageou os últimos cingeleiros
Ouvir histórias de vidas, para memória futura

Eram à volta de trezentos os cingeleiros da Glória do Ribatejo na década de cinquenta. Agrários que trabalhavam por conta própria, donos de juntas de vacas e carros que laboravam nas lavra das terras, nas sementeiras e no transporte de lenha e cortiça, desde o Alentejo até ao rio Tejo. Chamavam-lhes por isso, o “comboio da Glória”. E dizia-se que “conheciam o mundo”, porque “iam à borda do mar” (margem do Tejo). Os últimos cingeleiros vivos da Glória foram homenageados pelo Rancho da Casa do Povo local, que aproveitando o tributo aos seus rurais, registou algumas histórias das suas vidas, tidas como “documentos inestimáveis da história de um povo”, segundo a Dr.ª Rita Pote, dirigente do rancho organizador da iniciativa.

A uma junta de bois chamavam-lhe “cingel”. Daí o seu dono ser designado por “cingeleiro”. Os cingeleiros constituíram um agregado especial entre a comunidade gloriana, como afirma Rita Pote, pesquisadora dos aspectos culturais e tradicionais da Glória do Ribatejo, onde nasceu e vive.
(Desenvolvimento na edição impressa)
Por: Manuel João Barbosa

Rancho da Golegã encenou um interessante espectáculo de Fados e Fadinhos


NOTÍCIAS
- Rancho Ceifeiras e Campinos de Azambuja comemora 52 anos em festa pública
- Rancho do Cartaxo promove ‘Noite Castiça’
- Rancho Luz dos Candeeiros lança novo CD e organiza jantar-convívio
- Festival assinalou 51 anos do Rancho “Fazendeiros de Montemor-o-Novo”
- Etnográfico Danças e Cantares do Minho confraternizou num restaurante em Coruche
- Adufeiras de Monsanto no Encontro de Tocadores “Tocar de Ouvido” que decorre em Évora
- Rancho de Benfica do Ribatejo comemora aniversário com folclore de Timor e Angola
- O traje tradicional em exposição no Museu Municipal de Mafra
- Fundação INATEL contempla 630 Centros de Cultura e Desporto
- Associação de Santo Tirso promove oficinas de música, canto e instrumentos tradicionais
- Em Arzila reviveu-se o “Serramento da Velha”
- Rancho Folclórico de Godim arrancou com escola de música
- Brasil: folclore no programa de apoio à cultura popular
- Serão de Cultura Popular em Coimbra Integrado na Semana Cultural da Universidade
- Malhada do Milho em Vilar do Paraíso
- Casa do Minho organiza Pascoela e Encontro de Tocadores de Concertinas

OPINIÃO
- Os jovens no folclore e na etnografia. Pelo Dr. Mário Nunes
- Dançar em meias. Por João Moreira

SECÇÕES:

Inovação / Tradição
Identidade – a personalidade dos povos . Pelo Engº. Manuel Farias

Esfinge
O sindroma da ignorância - Pelo Dr. Aurélio Lopes

Foi notícia… este mês, há treze anos

FESTIVAIS

DISCOGRAFIA

CARTAS AO DIRECTOR

“Informação positiva, que nos ensine…”

PORQUE NÃO TE CALAS?

PLANOS DE ACTIVIDADE

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

CAPA DA EDIÇÃO DE MARÇO

titulos da edição de Março

Jornal FOLCLORE


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EDIÇÃO N.º 157 (MARÇO 2009)

EDITORIAL

“Máscaras” de Carnaval
No recente Carnaval demos que alguns foliões ousaram mascararem-se com trajes tradicionais, alguns ricos de confecção e de valor patrimonial e cultural. Cremos não ser legítimo usar como “máscara” tão simbólicas vestes, que outrora constituíram uma marca cultural das comunidades de então e foram referência para quem, com orgulho as envergou. Uma máscara para diversão carnavalesca pressupõe que deva ser uma fantasia burlesca, algo cómica e caricata quanto possível. O traje tradicional fugirá a estes desígnios. Pelo menos no entendimento de quem olha positivamente as coisas da cultura popular – a etnografia.
Não querendo passar os limites do puritanismo, entendemos que o disfarce – o traje tradicional – estará desajustada à galhofa que o tempo de folguedo exige. E duvidamos que a brincadeira envolva algum sentimento de nostalgia, mas antes motivo para satirizar e mesmo de ridicularizar o próprio folclore, que às vestes se associa.
O Entrudo, sendo como se disse um tempo de folia, tem a si associados animados momentos de brincadeira e de diversão, que se compreendem e respeitam. Como se respeitam os divertimentos e fantasias mais contemporâneas.
Que se deixem para os locais certos a representação das vestes tradicionais.
O director

NOTA EDITORIAL

13 ANOS
Completam-se treze anos de publicação regular do Jornal Folclore. No dia 1 de Março de 1996 era distribuído o primeiro número. A caminhada adivinha-se difícil, ou o tema tratado, por tão cioso, não se invada de abrolhos, que algumas vezes levam ao desalento, com uma boa dose de angústia à mistura. Contudo, o percurso tem mantido um trajecto natural, que tem levado cada edição a uma periodicidade disciplinada, chegando ao leitor impreterivelmente nos primeiros dias de cada mês. Naturalmente que a proeza não se coaduna com uma série de dificuldades, provindas dos sectores de produção, quando o respectivos serviços não se integram na estrutura do próprio Jornal, como são os serviços de composição e impressão gráfica.
Tem ajudado à prossecução do projecto alguma noção da responsabilidade, que sempre tem norteado o nosso trabalho, naturalmente pelo respeito que nos merecem os leitores-assinantes, que são a base do suporte económico do Jornal. Se o trabalho que oferecemos tem tido consequências positivas, ao leitor compete avaliar. De forma conscienciosa temos procurado informar com rigor, contribuindo – julgamos – para alargar horizontes sobre o folclore e a sua representação pelos grupos tradicionais. Outrossim, cremos que cada número representa mais um registo importante da história do folclore nacional. E ninguém contestará a importância desse registo como arquivo de uma herança cultural, legada pelos antepassados. Só por isso, e se por mais não fora, pensamos que aquilo que fazemos servirá para alguma coisa.
Ao longo de treze anos a sua publicação têm-se revelado regular e pontual. Mas o futuro antevê-se negro, agravado por uma quase total ausência do indispensável apoio estatal, não obstante a existência de um programa denominado “Incentivo à Leitura” (antigo Porte Pago), que passa pela ajuda ao porte dos correios para os jornais expedidos por assinatura. O governo está a eliminar a ajuda que vinha atribuindo aos portes de correio, o que virá naturalmente a agravar o valor das assinaturas e a tornar insuportável a sua subscrição. O anúncio do encerramento de vários jornais é já notícia vulgar e boa parte labutam como peixe sem oxigénio. O principal suporte financeiro – as assinaturas – está a perder-se devido ao imperioso aumento das anuidades da subscrição. Enquanto isso, em França o Governo acaba de incluir no orçamento uma verba de 200 milhões de euros/ano para subsidiar as assinaturas dos jornais a jovens com menos de 18 anos. Trata-se, na sua acertada forma de incentivo à leitura, que tem o objectivo de estimular os jovens precisamente para a leitura de jornais. Uma medida importante no apoio aos jornais e incentivador do hábito pela leitura.
Por cá, o que reservará o futuro à comunicação social?
O director

DESTAQUES

Académicos e licenciados trocam a gravata pelo traje
Doutores e engenheiros com a paixão do folclore

Longe vai o tempo que dançar folclore era para prosaicos bailadores, porventura coisa de campónios. Mas hoje os grupos folclóricos invadem-se de universitários e de personalidades com elevados graus académicos, que ao fim de semana tiram a gravata e vestem o traje representativo do folclore da sua região. São quadros médios e superiores que assumem a gestão de grandes empresas ou são quadros responsáveis na administração de sectores de peso das mais diversificadas instituições. Engenheiros e doutores, arquitectos, advogados, e até juízes e padres ou apenas respeitosos funcionários superiores que não renegam a sua condição de modestos folcloristas. Sapiências entre os mais variados sectores da sociedade. Fazem-no com particular sentido de responsabilidade profissional. E no folclore estão com muita paixão e especial incumbência.

Manuel João Barbosa

Muitos são os folcloristas com formação académica que participam o movimento folclórico, agarrados a uma causa que os motiva desde a meninice e a adolescência. Desvalorizar a vertente da cultura popular é coisa que não admitem àqueles que ousam aviltar o folclore. E desgostam-se sempre que ouvem um qualquer responsável fazer uso de forma depreciativa do termo folclore. Exercem as mais variadas profissões superiores e abundam nas estruturas da esmagadora maioria dos grupos e ranchos de folclore. São quadros executivos médios ou superiores de importantes empresas, médicos, engenheiros, advogados, sociólogos, professores, geógrafos, psicólogos, relações internacionais, padres. (…)
(Desenvolvimento na edição impressa)


Federação reúne com núcleos técnicos regionais
Conselheiros no terreno
A Federação do Folclore Português chamou uma vez mais os coordenadores dos núcleos técnicos nacionais e apresentou o plano para reestruturação do movimento folclórico federado, um trabalho que se quer concluído até final do próximo ano. Os conselheiros técnicos terão de visitar, com a celeridade possível, os grupos membros da Federação e certificarem-se da qualidade do trabalho de representação que oferece cada um dos grupos associados. A medida tem em vista dar credibilidade à oferta do folclore que é caracterizado pelos grupos filiados, aferindo um selo de qualidade à actividade folclórica federada. “Arrumar a casa”, prometeu o presidente.

Manuel João Barbosa

Harmonizar o programa de acção dos conselheiros com vista a uma aturada avaliação representativa dos grupos filiados foi o objectivo que presidiu à reunião da direcção da Federação do Folclore Português com os coordenadores dos núcleos técnicos regionais de todo o País, e que aconteceu no dia 14 de Fevereiro em Arzila, Coimbra, centralizando no País o encontro. Aos membros técnicos foi pedido trabalho acelerado para cumprimento das metas pré-determinadas. Até 2010 o movimento folclórico federado tem de estar corrigido e disciplinado. Isto é, isento de pormenores inadequados à reprodução dos factos folclóricos. (…)

ARTIGOS RELACIONADOS:
- Batas brancas e sotainas dão lugar aos trajes
- Doutores que são pescadores e engenheiros que tratam o pastoreio

(Desenvolvimento na edição impressa)

Roubado todo o espólio do Grupo de Macinhata do Vouga
As instalações do Grupo Folclórico e Etnográfico de Macinhata do Vouga, Águeda, foram completamente espoliadas de todo o património etnográfico. Todos os trajes, alguns originais, guardados em armários, e cerca de sessenta pares de calçado de confecção artesanal, entre botas, tamancos e chinelas, foram levados pelos larápios, que ainda levaram uma aparelhagem sonora e um frigorífico, entre outro material. Pela calada da noite as instalações foram arrombadas e saqueadas. O desprezível assalto ocorreu na noite de 19 de Janeiro e ainda não há pistas dos ladrões.

Manuel João Barbosa

Estivemos na sede do Grupo Folclórico de Macinhata do Vouga poucos dias depois do ignóbil assalto ao edifício que serve de sede provisória do prestigiado grupo. O sentimento era ainda de choque entre dirigentes e componentes. No fecho da paginação da nossa edição de Fevereiro ainda pudemos inserir um pequeno texto do nosso colaborador Manuel Farias, onde se apelava à solidariedade e ao espírito da família folclórica para a eventualidade de em qualquer circunstância virem a identificar a presença de algumas das peças roubadas (…)
(Desenvolvimento na edição impressa)

REPORTAGENS

- Grupo Folclóricos da Região do Vouga apagou 40 velas
O Grupo Folclórico da Região do Vouga, de Mourisca do Vouga (Águeda), comemorou no dia 24 de Janeiro o seu 40.º aniversário. A efeméride foi evocada num restaurante da região e reuniu mais de trezentos convivas e todo o staff do grupo. Presentes também algumas entidades locais, como os representantes da Câmara Municipal de Águeda, da Junta de Freguesia da Trofa e da Federação do Folclore Português.

Manuel João Barbosa
O dia foi de relembranças do passado mas também de perspectivas para o futuro. Na passagem do 40.º aniversário, o Grupo da Região do Vouga juntou uma enorme força colectiva da comunidade de Mourisca do Vouga, que quiseram dizer presente ao seu prestigiado representante, deixando na mesa da refeição o contributo para ajudar às elevadas despesas de reconstrução do Museu Etnográfico da Região do Vouga, propriedade do Grupo de Mourisca do Vouga, e que, como informámos, está a sofrer profundas obras de reestruturação. (…)
(Desenvolvimento na edição impressa)


NOTÍCIAS
- Câmara Municipal de Faro mantém o Projecto Pedagógico de Folclore
- Braga: vereadora da cultura propõe Fecisco para a toponímia bracarense
- Grupo Semente, de Anta, cantou as Janeiras em S. João da Madeira
- Rancho de S. Pedro da Bela Vista cantou as Janeiras
- A Casa do Minho em Lisboa cantou as Janeiras
- Belazaima do Chão (Águeda) en(contra) as mimosas
- Rancho da Casa do Povo de Glória do Ribatejo vai homenagear os cingeleiros
- Santarém: Celebrada a escritura pública da Associação de Folclore do Ribatejo
- Produtores do queijo da serra queixam-se dos elevados custos da certificação
- Homenagem a Giacometti reclama a reedição da série “Povo que Canta”
- Sede do Grupo Académico de Santarém assaltada
- Assembleia geral do Rancho Rosa do Lena aprovou um voto de agradecimento ao Jornal Folclore
- Casa do Minho repete o almoço tradicional da lampreia
- Grupo Folclórico da Rinchoa organizou o Enterro do Bacalhau
- Rancho “As Paliteiras" de Chelo comemorou aniversário
- Rancho Regional de Ílhavo comemorou as Bodas de Prata
- Editora IdealVoice com larga experiência na gravação de música folclórica
- Rancho Rosas do Lena prepara comemorações do 46.º aniversário
- Águeda: Os Serranos e a formação
- Câmara Municipal de Gaia atribui subsídios

SECÇÕES

Inovação / Tradição
Esfinge

DISCOGRAFIA
- Cânticos de Natal da Região de Coimbra

- Lembranças Fotográficas
- Joaquim Santana – as minhas memórias
- Pampilhosa – Uma Terra a um Povo
- Mares d’Alma

CARTAS AO DIRECTOR

“Folclore versus “Folclore”

PORQUE NÃO TE CALAS?

PLANOS DE ACTIVIDADE
Grupo Folclórico de Faro / Rancho Folclórico Fazendeiros de Montemor-o-Novo / Rancho Folclórico e Etnográfico do Zagalho e Vale do Conde (Penacova) / Associação Rancho Folclórico de Retaxo (Castelo Branco).

CORPOS GERENTES
- Rancho Folclórico Rosas do Lena (Rebolaria, Batalha)
- Casa do Minho em Lisboa

FESTIVAIS
MARÇO
DIA 14 - Rancho Folclórico Fazendeiros de Montemor-o-Novo



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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Jornal FOLCLORE


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Edição N.º 156 (Fevereiro 2009)

EDITORIAL
Janeiras ou “Janeiradas”?

Uma forma simples de honrar os sãos princípios da fé e da religiosidade popular, expressa-se, por exemplo, nas orações Natalícias, clamando ao bendito pelas boas venturas. Na capela, ou de porta em porta, cantava-se a José e ao Menino, a Maria e aos Anjos. Era assim, num tempo passado que se cursava a crença religiosa, por alturas do nascimento do Divino. Um hábito que se tornou tradição, e se arreigou tão profundamente no espírito das nossas gentes de aldeia.
O sagrado acto de fé e de louvor a Deus, deve-nos merecer respeito e muita veneração, e principalmente por parte daqueles grupos que se organizam aleatoriamente unicamente com o repudiante propósito de angariarem fundos para fartas comezainas e proveito próprio. Em grupos organizados, os pseudo “cantadores de Janeiras” calcorreiam montes e vales a “pedir” a dádiva, em troca de uma improvisada cantilena. Os fins – puramente mercantis – são geralmente atingidos. Impera o interesse grosseiro e especulador, explorando a boa fé e os sentimentos alheios.
O eco chega-nos do norte do país, onde o tradicional costume mais se vulgarizou, e hoje é recriado pelos grupos de folclore como forma de preservar as tradições. Honra seja feita aos verdadeiros mentores da tradição popular; castigo e punição aos “peçonhentos” grupos-capangas que se prestam à extorsão e a uma descarada pilhagem.

NOTA EDITORIAL
Réplicas

Os órgãos de soberania da Presidência da República e do Governo não optaram este ano por qualquer grupo de folclore para ouvirem cantar as Janeiras, o costume popular que transporta os desejos de Bom Ano e, no caso dos governantes, deixar os votos de pleno sucesso nas decisões tomadas na governação do País. É esse o sentimento do velho costume que o povo, na sua simplicidade, elegeu para saudar, na data cíclica, quem entendesse querer bem.
De há uns anos a esta parte, o tradicional hábito passou a figurar nas agendas oficiais da mais alta personalidade da Nação, o Presidente da República, e do líder do Governo, o Primeiro Ministro. Os grupos de folclore têm sido particularmente distinguidos na selecção dos grupos participantes pelas altas instâncias, enquanto fies representantes do povo e das tradições populares, levando às respectivas residências oficiais a palavra cantada de boas venturas. Este ano, as assessorias em Belém e S. Bento optaram por outras formações, mais vocacionadas para a vertente sócio-recreativa e de solidariedade social.
Não cremos que tenha havido intenção de preterir os grupos tradicionais de folclore, que sempre valorizam, de forma altiva e adequada, as respectivas cerimónias. E disso temos sido testemunha presente de há uns anos a esta parte, por força dos apontamentos de notícia que temos registado e aqui publicado. Decerto que outras razões se justapuseram. Mas “quem não se sente não será filho de boa gente”, como diz o povo na sua forma sábia de caracterizar as situações. Com efeito, a mensagem cantada por genuínas formações tradicionais – os grupos de folclore – dá mais encanto à cerimónia. Sem, desprimor para as demais organizações de “Janeireiros”.
O autêntico e o verdadeiro nestas figurações soa sempre bem.


DESTAQUES
ALDEIAS DE XISTO
As casas da natureza

De despretensiosa arquitectura e rudimentar construção espalham-se pelas serranias das Beiras. São as casas de xisto, admiráveis postais do país profundo. A singeleza das típicas estruturas, de invulgar e respeitável beleza, combina em pormenores marcados por uma traça esboçada pela tradição. São lugares ímpares, que estreitam laços com a natureza, ajustando-se de forma sublime ao enquadramento paisagístico das regiões. Visitá-las é conhecer um mundo novo, um mundo que foi de asperezas e de agruras. Um mundo que se chama Candal, Talasnal e Casal Novo. Aqui estamos e daqui saímos com uma reconfortante paz de espírito. Tente a aventura.

Texto e fotos: Manuel João Barbosa

Candal, Talasnal e Casal Novo são aglomerados de casas seculares que se acomodam nas íngremes encostas da aprazível e encantadora Serra da Lousã. Por vertentes deixam cair cristalinas águas em impressionantes cachoeiras, encaminhando-as por regatos e pequenos riachos. Implantadas em locais de soberana paisagem, contemplam um imenso horizonte, só cortado, por vezes, pela encosta de uma montanha vizinha.
A nossa reportagem foi um destes dias ao encontro dos lugarejos imemoriais da Serra da Lousã. De xisto levantados, o período da sua construção remete-nos para uma época recuada no tempo talvez quatro séculos. Estima-se que o povoamento das aldeias se tenha iniciado no século XVI.
Pedra sobre pedra, as resistentes paredes fazem com que a humilde habitação (…)
(Desenvolvimento na edição impressa)

- Os grandes Festivais de 2009


REPORTAGENS
- Vila Nova de Gaia: Rancho de Nossa Senhora do Monte de Pedroso promoveu almoço para duzentos convivas
- Grupo Besclore promoveu Reisadas em Lisboa
- Rancho de Riachos festejou o 51.º aniversário
- Presidente da República e Primeiro-ministro ouviram cantar as Janeiras


NOTÍCIAS
- Jovem folclorista das Praias do Sado foi o vencedor do concurso da TVI “Uma Canção para Ti”
- Almoço anual do Grupo “Verde Minho” cumpriu a tradição
- ÚLTIMA HORA - Assaltada a sede do Grupo Folclórico de Macinhata do Vouga, Águeda
- Ronda Típica de Carreço comemorou aniversário
- Madeira: 60 anos de folclore do Grupo da Camacha em exposição
- Faleceu Fernando Soares, folclorista de Loulé
- Faleceu António Cruz, acordeonista no Grupo Típico de Ançã
Tributo
- Rancho Flores das Cortes organizou a Festa do Idoso
- Convívio natalício na Misericórdia de Soure
- Câmara de Coimbra edita CD com cânticos natalícios e dos Reis
- AFERM promove iniciativa
Reis Magos recebidos em Coimbra
- “Cantar os Reis” pelo Grupo Folclórico de Coimbra
- Cantares de Janeiras em Santa Maria da Feira
- Mourisca do Vouga: Janeiras a favor das obras do Museu Etnográfico
- Grupo de Folclore da Casa de Portugal no Principado de Andorra cantou as Janeiras
- Encontro de Janeiras em Fânzeres e em Serzedo (Vila Nova de Gaia)
- Janeiras a Sócrates põem altas patentes do Exército em pé de guerra
- Constituição da Associação de Folclore do Distrito de Santarém. Assembleia de folcloristas ratificou projecto dos Estatutos e do Regulamento Interno

Entrevista
Associação para a Defesa da Cultura Tradicional do Distrito de Lisboa afasta grupos que persistem no equívoco

SECÇÕES

Inovação / Tradição
Esfinge


CARTAS AO DIRECTOR
- No folclore por gosto

PORQUE NÃO TE CALAS?

PLANOS DE ACTIVIDADE
- Rancho Folclórico e Recreativo de Godim, Régua
- Grupo Folclórico da Juventude de S. Julião de Água Longa