quarta-feira, 3 de março de 2010

CAPA DA EDIÇÃO DE MARÇO

RESUMO DA EDIÇÃO DE MARÇO

JORNAL FOLCLORE
Rua Capelo e Ivens, 63 - 2000-039– SANTARÉM
Apartado 518 - 2000–906 SANTARÉM – E-mail: jornalfolclore@gmail.com
Telefone e Fax: 243 599 429 – TM 919126732

Bem-vindo ao Jornal Folclore on-line



N.º 169 (MARÇO 2010)

ALGUNS TITULOS

EDITORIAL

VERGONHA DA PALAVRA FOLCLORE
Não poderá deixar de causar alguma angústia entre os folcloristas em geral o anúncio da Associação Etnográfica ‘Os Serranos’, trazido a público nesta edição. Com efeito, a prestigiada Associação de Belazaima do Chão, simpática localidade do interior serrano do concelho de Águeda, informa que irá deixar de “fazer referência ao termo ‘folclore’” na denominação do seu núcleo cultural que ao folclore e à etnografia locais tem dado provas de um completo e rigoroso trabalho de representação. Alega-se que o termo folclore “não é entendido como sinónimo de cultura, nem como área de rigor, de veracidade histórica, de conhecimento antropológico e de talento na concepção e na sua apresentação”, justificam os responsáveis. Os Serranos passarão assim a apresentar-se como Grupo de Cultura Nativa do Caramulo Ocidental.
Relembramos aqui as palavras de um outro abalizado dirigente, quando em actos públicos sempre afirma: “Eu já tenho vergonha de pronunciar a palavra folclore quando trato de assuntos do foro administrativo!”, fundamentando a timidez de proferir o termo pela forma depreciativa como o vocábulo é entendido pela sociedade.
Uma e outra situação são comuns a muitas outras. O pudor de utilizar a palavra já está a acercar-se de muitas bocas, porque o ‘folclore’ é tido como coisa deprimente, uma actividade só de simplórios. Naturalmente que, muitos que desta forma entendem o termo “folclore” revelam antes uma confrangedora ignorância. Mas, convenhamos, que são os maus promotores do folclore – os “excêntricos do folclore nacional” – que mostram algo mascarado de tradicional e que acabam por ser um mau retrato do folclore, oferecendo uma imagem degradante que promove a depreciação do próprio folclore.
As regras não estão criadas e cada qual faz o que bem entende, mesmo quando o que é feito seja destoante e estranho dentro da vertente do dito folclore.
Manuel João Barbosa

NOTA EDITORIAL

14 ANOS
Passam catorze anos da saída do primeiro número deste Jornal. Propusemo-nos então a que no dia 1 de cada mês, cada edição estaria à leitura de cada leitor, levando notícias do movimento folclórico nacional, como assim de algumas mensagens de pedagogia sobre a representação tradicional. Pensamos que não houve incumprimento da palavra dada. A nossa proposta tem-se concretizado. De uma e de outra forma. Faz já catorze anos! Uma meta impensável num mundo de lóbis, onde de forma tão evidente e inegável está a comunicação social escrita.
Mas como sobrevive num País de pressões sociais e económicas, um projecto individualista, onde o peso dos grupos financeiros é enorme? Não nos ficará mal apontarmos três vectores que consideramos vitais para o longo percurso que trilhamos desde o já distante ano de 1996: perseverança, firmeza e honestidade. Sem obsessão. E naturalmente também longe de mediatismos.
Alguns abrolhos nos têm magoado os pés nessa caminhada. Já experimentámos também o agre sabor da hipocrisia de gente de íntimo falso, que deambulam dentro movimento folclórico. Este, porventura, o golpe mais cruel, que, contudo, não chegou para trazer algum esmorecimento. Mas é a razão que continuadamente nos empurra na jornada que iniciámos há 169 edições, tantas quantos os meses de existência. Sem interrupções.
Aos fidedignos assinantes e anunciantes, pedras-base da prossecução deste projecto, aqui deixamos uma vez mais o reconhecimento pela dedicada ligação, que em muitos casos vem da primeira hora. Uma lealdade que recompensamos de forma muito modesta com um reconhecido agradecimento.
Manuel João Barbosa


DESTAQUES
- Espaço de memórias da tradição portuguesa e do regionalismo
Museu de Arte Popular tem reabertura anunciada

- Vidas em comum pelo folclore. O namoro, o casamento, a família…
Amor entre danças


NOTÍCIAS
- Grupo das Lavradeiras da Meadela integra uma Arruada Minhota na Expo 2010 em Xangai
- A Associação Etnográfica Os Serranos deixará de fazer referência ao seu Grupo de Folclore. Os Serranos abandonam o uso do termo folclore
- O dito por não dito
- Aldeias do Xisto candidatas às 7 Maravilhas Naturais de Portugal
- Presidente da República visitou as Aldeias do Xisto
- Rancho “As Paliteiras” de Chelo comemorou 31 anos
- Grupo de Concertinas “ Os Alegres de Castanheira de Pera” em Itália
- Águeda: Os Serranos na Casa da Cultura de Famalicão (Guarda)
- Acção conjunta de sensibilização promovida por três ranchos do concelho de Coruche
- Conselho Técnico Regional da FFP para a Zona dos Templários promove ‘Conversas Sobre Folclore’
- O projecto dos avieiros na Feira Internacional de Lisboa
- Apresentado na Golegã o Curso de Especialização e Pós-Graduação em Património Cultural, Etnografia e Folclore
- Grupo de Folclore da Casa de Portugal cantou as Janeiras ao Co-Príncipe de Andorra
- Ponta Delgada: Cantar às Estrelas na Relva
- Vila Nova de Gaia
Rancho de Nossa Senhora do Monte de Pedroso está a comemorar as Bodas de Prata
- Exposição na Casa do Bombo, em Lavacolhos
- O professor de concertina Vasco Simões foi homenageado
- Associação de S. João de Rio Frio aprova relatório de Contas e Plano e Orçamento
- Grupo Etnográfico 7 Castelos festeja aniversário
- Grupo de Bombos das Mercês vai comemorar 20 anos
- Rancho Folclórico de Paçô realizou o seu Festival de Folclore

OPINIÃO
“Folclore” - o jornal cultural do País. Por: Dr. Mário Nunes

Crónica Durio Beiroa - Ainda o Entrudo. Por Jorge Oliveira

SECÇÕES
Esfinge – Levantamentos. Pelo Dr. Aurélio Lopes

Tradição / Inovação - O medo das palavras – Parte 2. Pelo Eng.º Manuel Farias

* PORQUE NÃO TE CALAS?

* FOI NOTÍCIA… HÁ 13 ANOS

FESTIVAIS


A S S I N E
Subscreva a assinatura enviando o pedido ao
Apartado 518 – 2000-906 SANTARÉM
ou e-mail: jornalfolclore@gmail.com
Europa: 20,00 € * Europa: 25,00 € * Fora da Europa 30,00 €