sábado, 1 de maio de 2010

CAPA DA EDIÇÃO n.º 171 (MAIO)

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N.º 171 (MAIO 2010)

RESUMO DA EDIÇÃO

EDITORIAL

CRITÉRIOS NA ATRIBUIÇÃO DOS APOIOS
Falámos na edição anterior sobre os critérios (ou a falta deles) que servem à atribuição de apoios financeiros e logísticos ao movimento folclórico, particularmente pelas autarquias. Quase sempre, a qualidade representativa não é tida em conta. Tão pouco importa a apresentação de um plano de actividades recheado de interessantes iniciativas.
O critério de distribuição dos dinheiros públicos é, na generalidade, completamente desajustado. Ao invés de premiar o mérito e o trabalho, envolve-se antes numa detestável preocupação pelos votos que hão-de cair nas urnas. Outrossim, muitas são as benesses, financeiras e outras, que são atribuídas debaixo da simpatia do autarca relativamente à associação ou aos dirigentes, funcionando também, muitas vezes, a cor política. A frieza pelas coisas do folclore leva ainda a uma orçamentação intencional, dependendo do gosto do autarca relativamente à área associativa, não sendo raro alguma preferência pelo desporto.
Depois, temos a forma aleatória como são atribuídos os subsídios; tanto recebe o grupo que pouco ou nada faz, como aquele que apresenta um calendário cheio de actividades e representações concelhias.
Os critérios de atribuição de subsídios terão de ser alterados, devendo premiar o trabalho dos grupos que se empenham numa retratação tão fidelizada quanto possível aos aspectos culturais e tradicionais da sua região.

NOTA EDITORIAL

FEDERAÇÃO E COMPADRIOS
Numa reunião concelhia de grupos folclóricos levada a cabo no Ribatejo, supostamente preparada como uma acção de sensibilização para um efectivo trabalho de representação tradicional pelos grupos do concelho – que contudo, primou pelo alheamento (ausência) da maior parte dos promotores folclóricos locais – um autarca presente, depois de um elogio ao movimento folclórico do seu concelho, terá afirmado: “Pouco nos interessa a Federação do Folclore, visto que os grupos são federados por compadrios”. O desabafo terá partido depois da acusação, no decorrer da reunião de folcloristas, sobre um eventual fraco desempenho dos grupos do concelho anfitrião da iniciativa, por em 11 grupos activos não haver nenhum com trabalho aprovado pela Federação. O reparo não terá agradado ao responsável autarca, que logo minimizou o trabalho da Federação.
Restam as provas de tão grave afirmação. E onde estará a fonte de informação, relativamente ao favoritismo das filiações pela Federação, já que, será suposto que a informação do autarca a nível do movimento federado, estará a léguas de conhecer eventuais filiações proteccionistas por parte dos conselheiros técnicos do organismo de Arcozelo.
A acusação quando parte do cidadão anónimo tem o benefício da absolvição pela liberdade de expressão. Mas quando é maquinada por um responsável de um órgão de soberania, deve carecer de prova ou justificação pelo peso que tem. Por demais quando a denúncia é tornada pública numa acção que se queria de pedagogia e se propunha exigir o melhor desempenho do trabalho de associações que são apoiadas com o esforço financeiro, logístico e humano por parte da entidade patrocinadora da actividade social e cultural do concelho, e que, nestas circunstâncias, devem justificar o melhor possível o uso dos dinheiros públicos que cada ano recebem. Um pressuposto que parece não é tido em conta pelo autarca presente na assembleia de folcloristas do seu concelho.

DESTAQUES
- Cultura Popular: Superstições, Crenças, Assombrações
Pesquisa e compilação: Manuel João Barbosa

O nosso folclore é muito rico na diversidade de lendas, superstições, crenças, assombrações. Histórias do imaginário popular que não podemos negar ou afirmar que existam, mas constituem casos relatados por pessoas que merecem todo o nosso respeito pela sua integridade moral.
Superstição é a crença sobre relações de causa e efeito que não se adequam à lógica formal, ou seja, são contrárias à racionalidade; como a crença comum, de que quebrar um espelho causa azar.
As superstições, não fundamentadas ou assentes de maneira irracional no ser humano, podem estar baseadas em tradições populares, normalmente relacionadas com o pensamento mágico. O supersticioso acredita que certas acções (voluntárias ou não) tais como rezas, curas, conjuros, feitiços, maldições ou outros rituais, podem influenciar de maneira transcendental a sua vida.
O que distingue a superstição da sabedoria e do senso comum é que afirma existir uma relação causal entre os acontecimentos devido a forças supranormais: destino, poder invisível dos astros, poder invisível dos ritos mágicos, poder invisível dos espíritos e outros.
(Desenvolvimento na edição impressa)

NOTÍCIAS

- Federação expulsa grupos infractores
- Federação levou formação a França
- Em Pedroso (Vila Nova de Gaia): Jornadas Técnicas instruem os grupos da zona do Douro Litoral Centro
- Encontro com os Grupos da região da Beira Litoral
- No Vale de Santarém relembraram-se as “toiras”
- Noite do Torricado na Glória do Ribatejo
- Rancho de S. Torcato prepara edição cinquentenária do seu Festival
- Encontro de Cantares Quaresmais em Idanha-a-Nova
- TÁ-MAR: Festival com cheiro a mar
- Etnográfico Danças e Cantares do Minho comemorou em festa o seu 30.º aniversário
- Rancho da Casa do Povo de Aveiras de Cima faz festa das Bodas de Ouro
- Público exige a repetição. Grande êxito do espectáculo comemorativo das Bodas de Diamante das Lavradeiras da Meadela
- Instrumentos tradicionais animaram serão em Alcanhões
- Encontro do Folclore Português na Feira Nacional de Agricultura a 5 e 6 de Junho

OPINIÃO
- Problemas folclóricos de ontem permanecem hoje, por Dr. Mário Nunes
- Problemas folclóricos de ontem permanecem hoje – Pelo Dr. Mário Nunes
- Encontro de Cantares Quaresmais em Idanha-a-Nova – Pelo Dr. António Catana


SECÇÕES
Esfinge – “Óscares”, “Galas”; “Tocatas”. E o mais que adiante se verá – Por Dr. Aurélio Lopes

Tradição / Inovação – Um olhar sobre a estratégia (2) – Pelo Eng.º Manuel Farias

Cartas ao Director - Velhos

* PORQUE NÃO TE CALAS?

* FOI NOTÍCIA… HÁ 13 ANOS
Relembrar a edição N.º 15

FESTIVAIS


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