sexta-feira, 4 de março de 2011

CAPA DA EDIÇÃO DE MARÇO


RESUMO DA EDIÇÃO DE MARÇO

JORNAL FOLCLORE
Praceta Pedro Escuro, 5 – 2.º Dt.º - 2000-183 Santarém
Apartado 518 2000–906 SANTARÉM
E-mail: jornalfolclore@gmail.com
Telefone e Fax: 243 599 429 – TM 919126732


N.º 181 (MARÇO)

RESUMO DA EDIÇÃO

EDITORIAL

O aniversário

Forçosamente teremos de falar, aqui também, de quinze anos de publicação regular e organizada deste projecto editorial. Porventura o estimado leitor concordará com os obstáculos – e quantas vezes algum estorvo – com que nos deparámos muitas vezes ao longo do percurso, iniciado já no distante ano de 1996.
Concluímos 181 edições, que somarão mais de quatro mil páginas de reportagens, notícias e mensagens, como milhares de imagens, constituindo assim um precioso arquivo do movimento folclórico nacional. Para registarmos esse espólio precisámos de percorrer muitos milhares de quilómetros, e algumas vezes passámos as fronteiras ao encontro do folclore que se mostra noutros países, razão do sentimento pátrio dos nossos emigrantes e da força que lhes assiste ao manter vivas as suas raízes tradicionais.
Se o saldo é positivo, e o trabalho merece boa nota, cabe ao leitor fazer a avaliação. E são ainda em grande parte os fiéis leitores que nos acompanham desde a primeira hora! Pela fidelidade, fica o registo do nosso reconhecimento.
Os alicerces que foram sendo cimentados ao longo de década e meia precisam, contudo, de uma maior consolidação, de mais apoios de suporte. Ou seja, de novos subscritores, ajudando com novas assinaturas, de modo a podermos corresponder aos encargos de toda a ordem, da produção gráfica aos demais encargos de expediente, sem que tenhamos necessidade de sobrecarregar o contributo daqueles que nos ajudam a manter de pé, pontualmente cada mês, o Jornal de todos nós. É um apelo que deixamos. Como prenda de aniversário, pedimos-lhe que nos ajude com a angariação de um novo assinante junto do vosso grupo de amigos ou dos folcloristas que integram o movimento, de forma activa ou não.
O director

NOTA EDITORIAL

15 anos

Substituímos hoje as nossas palavras na habitual Nota Editorial pela opinião do leitor; dos nossos colaboradores e amigos em particular, acerca do aniversário do Jornal Folclore. Mais do que falarmos, outra vez, do projecto que este mês assinala o 15.º ano de continuada publicação, damos a voz a quem nos falou de forma tão amável e encorajadora do trabalho que teimosamente levamos cada mês a casa dos nossos leitores.
Não obstante fazermos o devido destaque como primeiras letras desta edição de aniversário, remetemos o leitor para a continuação dessas palavras que registamos nas páginas centrais.

“15 anos de publicação regular do Jornal Folclore conclui uma etapa de grande mérito, um sonho e um desafio concretizado por grande dedicação, entusiasmo e muito sacrifício”. Fernando Ferreira, presidente da Federação do Folclore Português)

“Quinze anos de empenhamento na defesa da nobre causa das tradições populares do Povo Português (...) de disponibilidade para a divulgação dos princípios que devem nortear o adequado comportamento de quem pertence ou tem responsabilidades no movimento Folclórico Português – (Insp. António Lopes Pires – Passos de Silgueiros).

“O mensário é o mensageiro certo e no local desejado das vontades e do querer indómito daqueles que oferecem a sua vida de lazer e até familiar para abraçar um ideal, que é afinal um desígnio cultural que mora em cada cidadão – Dr. Mário Nunes (Coimbra).

“Informação de qualidade exige responsabilidade dando lugar a princípios normativos de verdade, elegância, educação e espírito criador, ficando a certeza que o Jornal Folclore cresce e continua – Insp. Arcides Batista Simões (Torredeita).

“A forma isenta, objectiva e genuína que sempre caracterizou o trabalho pessoal e dos colaboradores no conteúdo da nossa “Bíblia”, reflecte todo o respeito granjeado no imenso contexto do Folclore Português” – António Martins (S. Cosme, Gondomar).

“O Jornal “Folclore” tornou-se uma autêntica Instituição, com finalidades didácticas e informativas, não se sabendo bem onde começa a notícia e onde termina a formação, posto que o rigoroso critério editorial do seu Director transforma as notícias em textos formativos e a pedagogia serve-se, muitas vezes, envolvida na divulgação de alguns eventos etnográficos e folclóricos” – Ludgero Mendes (Santarém).
O director

DESTAQUES

15 ANOS

Será forçoso registarmos nesta edição 15 anos de publicação regular do Jornal Folclore, assinalados no dia 1 de Março. No mesmo dia do ano de 1996 foi distribuída a primeira edição. Cheia de incógnitas, mas com muita esperança. Porventura recebida com indiferença e desconfiança de muitos, mesmo daqueles que, por obrigação moral (por força da militância na causa) tinham o dever de o proteger e apoiar. Com efeito, o jornal era a sua (única!) voz de defesa e de divulgação do seu trabalho. Mas felizmente que foram muitos os responsáveis de boa parte do universo folclórico nacional e pessoas anónimas, que apareceram a subscrever e a ajudar o projecto editorial, oferecendo o seu quinhão de ajuda, traduzido tão só num simbólico pagamento de dois mil escudos por uma anuidade das edições do Jornal.
Manter um projecto editorial de imprensa especializada com característica estritamente particular num mundo onde pontificam os lóbis empresariais, é arrojo que não se adivinha fácil. Ao invés de um natural esmorecimento, pelas dificuldades de toda a ordem que se adivinham facilmente, o “duvidoso” projecto resistiu mês a mês, cumprindo a periodicidade prometida. Faz 181 edições! Mais de quatro mil páginas de textos e de um arquivo relevante de imagens do movimento folclórico de Portugal Continental, Insular e da diáspora.
Foi então prometido que o Jornal seria uma publicação viva, isto é, que estaria junto das acções dos promotores folclóricos, dentro das disponibilidades do seu corpo redactorial e da respectiva agenda de trabalho. E isso acabou – também – cumprido. Somarão muitos milhares de quilómetros, transitados pelos mais recônditos lugares do País, ao encontro do acontecimento folclórico ou de cariz popular tradicional.
Outrossim, será notório o empenhamento em melhorar e aperfeiçoar o trabalho redactorial, como a própria apresentação gráfica. Porventura, o Jornal Folclore assumir-se-á hoje, com um dos periódicos do País com maior qualidade gráfica. Isso só tem sido possível pela continuada fidelidade dos nossos assinantes. Naturalmente também pela completa ausência de encargos remuneratórios de quem o faz, dos colaboradores de textos ao director. Investir integralmente na qualidade tem sido o lema.
‘O futuro a Deus pertence’, diz o aforismo. A continuidade do projecto é uma incógnita. O horizonte não se perspectiva determinante e concludente. As boas vontades de quantos fazem sair regularmente cada edição, não são bastante para garantir o seguimento da publicação. Mais que isso, é preciso um continuado suporte económico por forma a que projecto não fique em causa. Para tal basta a contribuição anual de cada leitor, com a regularização atempada da sua assinatura. E se novas subscrições aparecerem, o Jornal pode crescer mais ainda. Contamos com os actuais assinantes na angariação de novos apoios.
(Desenvolvimento nas páginas interiores)

NOTÍCIAS

- Augusto Gomes dos Santos foi vítima de assalto com armas
- Ainda o folclore nas Casas Típicas
- Adufeiras de Monsanto. Ou da Beira Alta... Um protesto
- Tradições e sons de outros tempos mostraram-se na Lapa (Cartaxo)
- Rancho “Os Camponeses” de Riachos em festa pelo 53.º aniversário
- Federação entregou diplomas de filiação a grupos do Ribatejo
- Um filme de Giacometti no Rosmaninhal
- A Associação do Distrito de Lisboa para Defesa da Cultura tradicional deliberou em Assembleia Geral a expulsão de grupo associado
- Rusga de Joane prepara as comemorações do 20.º aniversário
- A moda das “Saias” foi tema de Colóquio em Montargil
- Grupos Académico e Infantil de Danças Ribatejanas (Santarém) apresentaram Plano de Actividades
- Conselho Técnico Regional para a Região dos Templários apresentou o Plano de Actividades - Serão cultural das Adufeiras de Monsanto nas Jornadas de Educação Ambiental
- Aldeias do Xisto promovem-se em Barcelona
- Rancho Regional de Fafel festejou 53 anos
- “Fandango do Pau” anima executivo municipal de Santarém
- Golegã assistiu a mais uma admirável tarde de etnografia
- Rancho Folclórico do Bairro de Santarém na Galiza
- Grupo Folclórico Danças e Cantares As Florinhas do Alto Minho (Algueirão) comemora aniversário
- O Brasil aprovou Plano de apoio à Cultura Popular

OPINIÃO

Condenados a morte lenta

Em nome da propalada crise as entidades com o dever de apoiar o associativismo reduziram – ou anularam na totalidade – os apoios que vinham a ser concedidos ao movimento associativo nas áreas culturais e desportivas. Quando a alma é pequena, tudo vale a pena.
Sem outras formas de conseguir receitas, os grupos de folclore estão como peixe na água sem oxigénio; à beira da extinção. A política que levou ao cancelamento ou à drástica redução dos parcos subsídios, encetada há três anos, como dos apoios logísticos, como a cedência de autocarros, ajudas à realização dos Festivais, etc., tem levado ao desespero dos responsáveis dirigentes, que são invadidos por uma indómita vontade de fechar a porta. Uma postura que porventura levará muitos autarcas – paradoxalmente! – a aplaudir. Quanto menos associações existirem, menor é o número de incómodos e estorvos no caminho da cruzada autárquica.
Esquecida será, neste imbróglio dos apoios, a vertente social, que as autarquias não desenvolvem directamente na falta de estruturas que promovam o convívio e um salutar relacionamento entre as comunidades locais. Isso é coisa de somenos importância para os eleitos, que assumiram na caminhada para o poder oferecer um “incondicional apoio” a tudo e a nada. Compromisso que se esfuma logo depois do primeiro assento na cadeira. Parece não enxergarem nada para lá das eleições.
A administração central diz recair nas autarquias a obrigação da atribuição dos apoios ao associativismo, sendo que para esse efeito recebem dotações oficiais. As autarquias ripostam e dizem que não. Só por cá...
Enquanto a indiferença e insensibilidade autárquica vai operando naturalmente ao jeito de cada cabeça, o movimento associativo, e no caso concreto as associações grupos folclóricos, acumulam encargos quando as suas carteiras já estão esvaziadas de tantas vezes se abrirem para acudir a compromissos assumidos. É a honra de cada responsável dirigente que está em causa.
Entretanto sempre vão sendo atendidas as pretensões, para variados fins, de alguns boys que usam o cartão da militância partidária. Enquanto isso, as associações – os grupos folclóricos incluídos – vão sendo condenados a uma morte lenta.
Manuel João Barbosa

OPINIÃO

- Para quando o cancioneiro musical e de poesia tradicional? Por Bertino Coelho Martins
- O folclore e a raça. Pelo Eng.º Manuel Farias

SECÇÕES:

- TRADIÇÃO / INOVAÇÃO – O espírito crítico, pelo Eng.º Manuel Farias
- PORQUE NÃO TE CALAS?

A S S I N E
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