quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

TÍTULOS DA EDIÇÃO DE JANEIRO

JORNAL FOLCLORE
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N.º 167 (JANEIRO 2010)

EDITORIAL

A crendice popular está viva?
Recentemente caiu na nossa caixa de correio electrónico uma mensagem (?) que apelava ao reenvio da dita a 25 outras pessoas, no máximo em 3 horas. E uma nota do texto era deveras ameaçadora: “Isto não é brincadeira! Leste os avisos, as causas e as consequências! Se não mandares esta mensagem, a má sorte vai chegar até ti…”. E ainda profetizava: “Se fizeres isso, vais ter muito boa sorte no amor; a pessoa por quem estás atraído vai corresponder aos teus sentimentos”.
O arrazoado da mensagem aludia a desgraças – vindas sabe-se lá de onde – que caíram sobre algumas pessoas por não terem sido cumpridos certas praxes.
Um dos receptores logo correu a reenviar a assustadora mensagem aos recomendados vinte e cinco amigos. E preocupado, acrescentava: “Não sei se esta merda é assim mesmo, mas com os azares que tenho tido… reenvio”. Um claro receio de que não lhe caísse em cima uma qualquer desgraça, que poderia ser evitada graças à multiplicação da mensagem por nada menos que vinte e cinco endereços.
Estaremos na presença de um caso de velha crendice popular, do folclore espiritual que faziam acreditar nas histórias de almas penadas, de fantasmas, de figuras míticas e assombrações? Parece que sim. O temor pela desgraça que cai sobre as nossas cabeças pelo incumprimento de certos rituais, permanece vivo, i’nda que se invada de um certo irrealismo imaginário e ilusório. O que dantes era acontecimento entre as esferas populares, hoje parece estar em voga também nas camadas mais elevadas da sociedade. E quando elas não são produto de crenças tradicionais, muitas das quais assentam em arquétipos populares de séculos, são concerteza consequência do medo.
Manuel João Barbosa


NOTA EDITORIAL

O folclore e os jovens
Um milhar de jovens reuniram-se em Guimarães e durante dois dias “esmiuçaram” e debateram as questões que andam à roda da problemática da representação do folclore em mostras públicas. Contribuir para ansiadas soluções que levem ao melhor desempenho das retratações etnográficas e folclóricas pelos grupos de cariz tradicional, foi um dos itens que constituiu preocupação da assembleia de jovens folcloristas. E pelo que foi observado, a teoria de alguns ‘velhos do Restelo’ parece que se afunda perante soluções coerentes, emanadas de ideias concordantes e mentes escorreitas. Pela voz de um congressista em Guimarães a sala ouviu um grito de acusação: “Os mais velhos não deixam em muitos casos trabalhar os jovens”. A denúncia mereceu aplausos. Mas outra voz jovem bradou igualmente: “Somos folcloristas com outras convicções e talentos”. A sala de novo aplaudiu.
Se muito recentemente num colóquio realizado em Coimbra, numas Jornadas sobre etnografia e folclore, um punhado de jovens deixou claro que o “folclore condiciona as suas vidas” e contribui para o seu “enriquecimento cultural e de formação pessoal” e que o “folclore já faz parte dos seus projectos de vida”, teremos de concluir que nem só de divertimento serve a sua participação activa nos ranchos. Para além da condicionante de vida, o folclore é ainda no campo social “uma experiência muito gratificante”, onde se criam “amizades que se apertam em laços de salutar convivência”, ainda segundo o sentimento do mesmo grupo de jovens, que ficou bem expresso na jornada de Coimbra.
Em Guimarães choveram mensagens idênticas, de particular apego à causa do folclore. Mas outras preocupações emergiram da assembleia de jovens folcloristas, com relevância para uma almejada “reconstrução” do próprio movimento. Os avisos à navegação surgiram em catadupa, atirados com particular direcção a Arcozelo, local de decisão das normas que regem o próprio movimento e os promotores folclóricos. Mas foi de Arcozelo que partiu também uma mensagem encorajadora: “Vocês são a esperança deste grande movimento”, atirou o líder da Federação, que aconselhou ainda: “Que sejam os jovens a valorizar os seus grupos, dotando-os de “telhas sólidas e não permitirem que tenham telhados de vidro”.
A esperança da mudança foi perceptível entre os mil jovens presentes na jornada de Guimarães, que decerto se estende ao universo de jovens folcloristas, que de forma apaixonada integram o movimento folclórico nacional.
Os resultados da esperada mudança decerto que estarão em exame no próximo Congresso, já anunciado para dois anos após o encontro de Guimarães.
Manuel João Barbosa

DESTAQUES

Federação do Folclore Português inaugurou novas instalações
CASA NOVA
Manuel João Barbosa
Cerca de duas centenas de inveterados folcloristas e muitas representações de grupos folclóricos estiveram no dia 21 de Novembro em Arcozelo para assistirem à abertura das novas instalações da sede da Federação do Folclore Português. Associaram-se ao simbólico acto inaugural representantes das autarquias locais. Os elogios à nova infra-estrutura foram unânimes entre todos os presentes. O folclore nacional conta agora com um espaço de administração digno que o prestigia e exalta. A área agora inaugurada representa, contudo, um terço do projecto, que deixa por concluir agigantados espaços da megalómana construção.

O dia 21 de Novembro foi de romaria do folclore nacional a Arcozelo. A Federação anunciou a inauguração das novas instalações e muitos foram os folcloristas que marcaram presença. Alguns envergando os trajes tradicionais e ostentando o estandarte dos grupos que integram. As amplas instalações acabaram pequenas para receber tantos observadores.
Sem cortes de fitas, a cerimónia cingiu-se a uma sessão solene e visita às instalações com obra concluída. Outras áreas ficam a aguardar o estuque e os retoques finais para se abrirem ao público e cumprirem o que determina a memória descritiva do projecto, e cuja área total somará muitos milhares de metros quadrados.
(Desenvolvimento na edição impressa)

- Congresso Nacional reuniu um milhar de jovens em Guimarães
Jovens Folcloristas apelaram à ‘representatividade’

Manuel João Barbosa
Superou as expectativas da comissão organizadora o V Congresso Nacional de Folclore para a Juventude, que reuniu no Pavilhão Multiusos de Guimarães, mais de mil jovens, participantes activos em cerca de uma centena de grupos de folclore que se fizeram representar por um número imposto de até dez componentes. Empenhados na resolução dos problemas da representação tradicional que afectam o movimento folclórico, os jovens folcloristas deixaram alertas carregados de um vigoroso sinal SOS para situações que continuam a abastardar o folclore nacional. A organização foi da Federação do Folclore Português, coadjuvada por uma Comissão Organizadora, constituída por jovens folcloristas.

Muito entusiasmo de um punhado de jovens à volta dos trabalhos do V Congresso Nacional de Folclore para a Juventude, que decorreu nos dias 28 e 29 de Novembro, em Guimarães. Sob o tema da “Representatividade”, o Congresso discutiu e convidou à reflexão dos temas propostos pelo ‘Plano Anual de Melhoria’, que está a ser posto em prática pelos Conselhos Técnicos Regionais, e que visa uma melhoria de qualidade dos grupos de Folclore. Foram ainda abordados temas como: a formação, recolhas, trajes, música, canto e dança; as encenações levadas a cabo pelos grupos de folclore, principais aspectos positivos e desvantagens; a organização de eventos protagonizados pelos grupos, como festivais, recriações, mercados e feiras, serões, e participações nos mais variados espectáculos de natureza cultural, social e cívica. Tempo ainda intervenções livres, de debate e esclarecimento.
(Desenvolvimento na edição impressa)

- Funchal: Instrumentos Musicais do Folclore Madeirense - Workshop de formação muito participado
- Rancho “Tá-Mar”: Bodas de Diamante
- Folcloristas do Oeste participam em acção de formação
- Santarém: “O Canto Tradicional” levou a descobrir o outro folclore do Ribatejo


NOTÍCIAS

- Grupo Académico de Danças Ribatejanas recebe Medalha de Ouro da cidade de Santarém
- Grupo Recreativo da Bemposta, Bucelas, de novo o melhor CCD da Fundação INATEL
- Encontro de Charambistas no Funchal resulta em CD
- Espectáculo Etnográfico no aniversário do Grupo Típico de Castelo Branco
- Governo dos Açores contemplou o folclore em 2009 com 20 mil euros
- Concertinas tocaram na Casa do Concelho de Cinfães
- França: Grupo Etnográfico Danças e Cantares da Alta Estremadura, de La Queue en Brie comemorou aniversário
- Rancho Rosas do Lena (Batalha): 90 mil euros para actividades no corrente ano
- Rancho da Casa do Povo de Pinhal Novo em almoço de convívio
- Seminário acerca de Folclore abre caminho a Pós-graduação
- S. Martinho à moda antiga em Anta, Espinho
- Rancho Tradicional de Cinfães assinalou o 4.º aniversário
- Rancho de Vila Nova do Coito: jantar assinalou fim da época
- Folclore e tradição no aniversário do Rancho de S. João de Rio Frio
- Cantares do Ciclo Natalício S. Mamede de Infesta
- Instituto Português de Porto Alegre (Brasil) quer promover intercâmbios com grupos portugueses
- Cantadores de Janeiras e de Reis em Santa Maria da Feira
- Encontro de Janeiras no Mindelo…
- … e em Aldeia Nova, Perafita
- Grupo Folclórico de Coimbra ofereceu “Cantares Natalícios”
- Janeiras em Argoncilhe

SECÇÕES

Esfinge – Estatuto e competência, por: Dr. Aurélio Lopes
Tradição / Inovação - A antropologia veste o folclore, por: eng.º Manuel Farias

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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

CAPA DA EDIÇÃO DE DEZEMBRO

RESUMO DA EDIÇÃO DE DEZEMBRO

JORNAL FOLCLORE
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N.º 166 (DEZEMBRO 2009)

EDITORIAL
Formação ou a falta dela
A Federação das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto do Distrito de Santarém, como estrutura descentralizada da Confederação Portuguesa das Colectividades, promoveu, no âmbito do seu Plano de Actividades, um Programa Operacional de Potencial Humano, que se traduz na formação de quadros dirigentes das colectividades suas filiadas, e abrange: Formação sobre Projectos de apoio financeiro; Formação em Projectos de Organização de eventos – Planeamento e Gestão; Formação em estratégias de Marketing; Formação em HACCP – Sensibilização para as exigências e os deveres e Formação em Técnicas Documentais – documentação administrativa. Cada acção de formação somou entre 20 e 25 horas.
Uma acção de formação é sempre útil e geradora de bons frutos. Por isso, todas as que venham serão bem vindas.
A Federação do Folclore Português reconhece a necessidade da formação aos seus agentes formadores – os conselheiros técnicos. São anunciadas acções com essa finalidade. Mas terá havido uma efectiva formação? As lacunas obrigam à interrogação, porquanto certas interpretações de alguns conselheiros sobre a representação do folclore são tão vazias de conteúdo que nos deixam essa dúvida. Ou a pedagogia tem sido falha de mensagens ou a frequência à formação foi diminuta ou mesmo nula.
O movimento folclórico merece mais.
O director

NOTA EDITORIAL

CONSELHOS AOS CONSELHEIROS
A Federação do Folclore Português (FFP) tem em curso um Plano de Melhoria que visa corrigir e disciplinar o movimento folclórico federado. As estratégias foram ratificadas numa assembleia de Conselheiros que decorreu nos dias 7 e 8 em Águeda. “Está na hora da melhoria planeada e controlada!”, diz Manuel Farias na edição de Setembro do Jornal Folclore, na sua secção Inovação/Tradição. O dirigente da FFP e mentor do projecto, que pede “humildade e disciplina dentro de cada grupo federado”, adianta que aos conselheiros técnicos “está reservado o papel maior de aplicar competência etnográfica no apoio aos grupos”. E o dirigente adianta: “As boas relações interpessoais, a cooperação e a harmonia terão de substituir a arrogância, animosidade e a rivalidade que campeia de norte a Sul, minando a cooperação entre os Conselhos Técnicos e as direcções dos grupos”.
O Plano de Melhoria, com conclusão anunciada no final do próximo ano, justifica-se pela vontade de “sanear as aberrações que batem desalmadamente com os pés nos estrados, insultando os nossos antepassados”, como condena ainda Manuel Farias, que afirma estar “seguro que não vai faltar determinação para o actual Conselho Técnico Nacional propor o afastamento destes “folclóricos” que dão razões para o insulto, servindo de exemplo lamentável”. “Alguns destes grupos são sócios efectivos da FFP”, confirma.
O projecto-guia de reciclagem do movimento folclórico federado, que, segundo o folclorista de Belazaima do Chão, “é o mais ambicioso de toda a história da Federação do Folclore Português”, já foi antes apresentado aos Núcleos Técnicos Regionais em reuniões preparatórias. A sua ratificação foi feita na reunião de Águeda. “Rigor e seriedade”, é o lema.
Desejável será que, para um bom desempenho e credibilidade do trabalho dos conselheiros e da própria Federação, os resultados se pautem, efectivamente, pelo “rigor e seriedade”. Mas também pela competência. Os critérios estão delineados. E o guia de apoio à avaliação ajuda. Mas a formação, a experiência, o saber e uma boa dose de conhecimentos, como ainda de um forte sentir das coisas da tradição, serão predicados a não descurar na avaliação dos trabalhos sujeitos a “exame”. E será desejável que entre os aconselhadores não existam desarmonias de capacidade de avaliação, como daquele técnico conselheiro quando afirma: “Eu não sei observar os defeitos de um grupo folclórico”.
Rigor e seriedade são precisos, mas também conhecimento e competência.
O director


DESTAQUES

- Federação manda conselheiros técnicos para o terreno
GRUPOS ESMIUÇADOS

Manuel João Barbosa

A Federação do Folclore Português mandou tocar a rebate e vai pôr todo o seu staff técnico no terreno. Todos os grupos filiados vão ser passados a pente-fino, com vista a eliminar de erros o movimento folclórico federado, dando cumprimento ao delineado “Plano de Melhoria”. Em reunião preparatória que decorreu durante dois dias em Águeda, e que reuniu a quase totalidade dos coordenadores conselheiros, foi pedido uma pronta execução do programa estabelecido pelo anunciado Plano. Até final do próximo ano, o processo de reciclagem do universo federado terá de estar concluído. Para Abril agenda-se o balanço do trabalho realizado durante o primeiro trimestre.

Os coordenadores dos Conselhos Técnicos Regionais da Federação do Folclore Português foram chamados a reunir em assembleia que decorreu nos dias 7 e 8 de Novembro, no Centro Social e Paroquial de Recardães (Águeda), numa organização do Conselho Técnico Nacional da Federação do Folclore Português. Agilizar estratégicas com vista a disciplinar o movimento folclórico inserido no seio da Federação foi o propósito da reunião que juntou cerca de 70 conselheiros. Preparar a redacção do guião de trabalho e afinar pontos de vista e de acção, foi o propósito da reunião, pautada pelo espírito da melhor cooperação.
(Desenvolvimento na edição impressa)


- ((En)Cantos da Minha Terra volta a encantar em Almeirim
RICARDO MÓNICA: VOZ ‘ORANTE’ DE UM FOLCLORE RELIGIOSO

Texto e fotos: Manuel João Barbosa

“Ver Almeirim com olhos de alma”, é como o padre Ricardo Mónica olha a sua terra em (En)Cantos da Minha Terra, um “projecto de amor”, como o considera o sacerdote, adiantando que com isso pretende “homenagear” quantos ao “longo de sucessivas gerações contribuíram para a memória colectiva de um povo simples e cândido”. Primeiro em registo discográfico, depois num espectáculo vivo. Dois projectos do padre-cantor, que revelam um espírito bairrista e a paixão pela cultura popular e tradicional da sua Almeirim - um estado de alma que se arrasta desde a meninice, quando criança de 5 anos começou a sapatear as modas do folclore da terra-berço, integrando grupos infantis do concelho e mais tarde o grupo adulto. O espectáculo (En)Cantos da Minha Terra entrelaça excertos da religiosidade popular de Almeirim com temas e recriações de feição tradicional. O sagrado e o profano num encandeamento feliz que pretende “estimular para uma nova mentalidade das coisas da tradição, como também despertar para outras doutrinas da própria igreja”.

Cantigas pagãs e da religiosidade popular enleiam-se em sentimentos e afectos. Ricardo Mónica assume-se como “uma voz orante” de um folclore religioso, que avoca “ténues fronteiras com o folclore pagão”, refere. Retrato de “gente que saltava a voz numa atitude de respeito e de temor”, este trabalho procura reviver pedaços de Almeirim de um passado longínquo que, embora ainda na memória, há muito se perdeu no tempo.
(Desenvolvimento na edição impressa)

- COIMBRA: JORNADAS PARA “CELEBRAR E PRESERVAR O FOLCLORE E A ETNOGRAFIA DA REGIÃO DO MONDEGO”

Manuel João Barbosa
A Associação de Folclore e Etnografia da Região do Mondego, sedeada em Coimbra, organizou mais uma edição das Jornadas de Etnografia e Folclore, chamando à prelecção um conjunto de experientes folcloristas e estudiosos da matéria tradicional popular. A iniciativa, segundo os responsáveis dirigentes da Associação, pretende “celebrar e preservar o Folclore e a Etnografia da Região do Mondego”, apostando na qualidade das intervenções dos oradores convidados, por forma a que essa “qualidade se faça sentir na representatividade dos Grupos Folclóricos” da sua região de influência, ainda na perspectiva da Associação. A sala encheu-se de folcloristas.
As Jornadas de Etnografia e Folclore, organizadas pela Associação de Folclore e Etnografia da Região do Mondego (AFERM), Coimbra, concluíram nos dias 14 e 15 de Novembro a sua XV edição. A iniciativa decorreu na Casa Municipal de Cultura e reuniu um considerável número de folcloristas, naturalmente ligados ao universo do movimento folclórico da região Beiraltina banhada pelo Mondego.
(Desenvolvimento na edição impressa)

NOTÍCIAS
- Rancho Regional de Ílhavo comemorou as Bodas de Prata
- Águeda: Ceia reuniu serranos e serranófilos em Agadão
- INATEL lança cota aos CCDs
- Grupo Folclórico de Faro convida para mais um Encontro de Cantares de Boas Festas
- Agência vende contactos de grupos estrangeiros a 50 euros
- Rancho recria apanha da azeitona em Parceiros, Leiria
- Rancho da Ribeira de Santarém promove o ‘Canto Tradicional do Ribatejo’
- Porto de Mós: Rancho Luz dos Candeeiros reúne em jantar-convívio
- Festival do Rancho de Fráguas agradou a uma vasta assistência
- Grupo Folclórico de Coimbra actuou em Toronto, no Canadá
- Rancho do Bairro de Santarém ofereceu mais uma ‘Noite de Tradição”
- Rancho de Godim promove música tradicional do Douro
- Federação inaugura instalações na nova sede
- Sobral de Monte Agraço: Encontro de Tradições homenageou o folclorista Manuel Francisco, recentemente falecido
- Falecimento: Triunfo Alves de Oliveira (Pedroso, Vila Nova de Gaia)

OPINIÃO
Em tempo de guerra não se limpam armas, por: Jorge Oliveira (Vila Nova de Paiva)

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SECÇÕES

* Esfinge
‘RAÍZES DO POVO’, pelo Dr. Aurélio Lopes

* Inovação/Tradição
O BARRETE, pelo Eng.º Manuel Farias

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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

CAPA DA EDIÇÃO DE NOVEMBRO

Edição de Novembro - Resumo

JORNAL FOLCLORE
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RESUMO DA
EDIÇÃO N.º 165 (NOVEMBRO 2009)

EDITORIAL

ARTESANATO: ÁREAS DE EXPOSIÇÃO A 250 CONTOS!
Queixavam-se alguns expositores de artesanato que, numa determinada Feira, o aluguer da sua pequena área de exposição e venda dos produtos da sua arte, lhes custava nada menos que 1250 euros! O entrevistado reforçou o exagero da importância: “Cobram-nos 250 contos por este cantinho!”. Não adiantou os dias de que dispõem para a utilização do espaço. Mas sempre convenhamos que para apurar tão gorda quantia será preciso “mercadejar” uma quantidade industrial de mercadoria. E duvida-se que a maioria dos artesãos consigam, no final da Feira, fazer entrar na caixa tantos euros. Sorte terão se ainda em cima do pesado fardo do aluguer do espaço o fisco não lhe bater à porta…
Numa altura em que se procura promover o fabrico e comercialização do artesanato como modo de fazer face à arreliadora crise, há sempre quem se aproveite dos desprevenidos artífices para lucrar à grande.
Vem a “talhe-de-foice” a história daquele humilde comerciante de aldeia que tinha fama de vender os produtos da sua loja a preços muito inflacionados. O povo logo o alcunhou de “tira peles”. Mas ao que parece, as empresas promotoras das Feiras de Artesanato não só tiram a pele, como devoraram a carne e ainda raspam no osso…
Manuel João Barbosa

NOTA EDITORIAL

“Sou professora e fui colocada numa escola onde a temática “As Danças Folclóricas ou Populares” será por mim trabalhada numa turma de profissional. Uma vez que não tenho um profundo conhecimento do tema, tenho pesquisado um pouco sobre o mesmo mas não encontrei ainda conteúdos substanciais e concretos. Assim, e uma vez que me parece que detêm conhecimentos sobre as danças em questão, vinha desta forma perguntar se me poderiam ajudar a aceder a alguma informação, nomeadamente sites onde possa pesquisar, ou mesmo livros ou outros documentos para que os possa posteriormente trabalhar com os alunos”.
O texto em cima chegou-nos via e-mail e deixou-nos perplexos. Como pode um docente entregar-se a uma turma leccionando uma disciplina sobre a qual não tem conhecimentos? Pensamos que tudo isto só pode resultar dentro de um tão contestado programa de ensino, atirando para a fogueira incautos professores que não têm sequer autoridade para recusar leccionar um tema que não estudaram, pesquisaram ou praticaram. Mas a isso se sujeitam por obrigação. Serão muitos os professores que integram – ou integraram na sua adolescência e juventude – bons projectos de representação folclórica e que poderiam, de forma acertada, oferecer aulas práticas do reportório que desempenharam enquanto participantes activos do seu grupo ou rancho. Porventura muitos deles até estarão no desemprego. Mas prefere-se simplificar, entregando disciplinas estranhas e obscuras a profissionais colocados sem prática nem experiência, incorrendo na asneira.
Com a noção de uma indesejada mas necessária frontalidade, respondemos ao apelo da respeitosa docente: “Para tratar as coisas do folclore é preciso uma formação aturada e sobretudo ter-se muita sensibilidade para lidar com os factos folclóricos, nomeadamente a dança tradicional. Se não tiver quaisquer conhecimentos ou prática de danças populares tradicionais (folclóricas) correrá o risco de ir vender gato por lebre. Melhor será não leccionar o tema. Desculpe a frontalidade e sinceridade, mas teremos de a alertar para os erros que eventualmente possam nascer de uma errada informação sobre uma temática que deve ser tratada com base em estudos etnográficos. Note que nem tudo o que é popular é folclore. Há que ter em conta esse princípio. Parece-nos que o tema que vai leccionar está a misturar um pouco as duas coisas. E elas são distintas”.
Confiamos que o bom senso prevaleça. Muito em especial dentro do Ministério da Educação.
O director
DESTAQUES

- Decreto-lei estabelece o regime jurídico para salvaguarda do Património Cultural Imaterial

Manuel João Barbosa

O Ministério da Cultura finalmente estabeleceu com força de Lei a salvaguarda do património cultural imaterial. Pretende-se preservar as tradições e expressões orais, incluindo a língua como vector do património cultural imaterial; as expressões artísticas e manifestações de carácter performativo; as práticas sociais, rituais e eventos festivos; os conhecimentos e práticas relacionados com a natureza e o universo e as competências no âmbito de processos e técnicas tradicionais. Na prática determina-se a salvaguarda dos aspectos tradicionais relevantes dentro da cultura popular, tidos como Património Cultural Imaterial, que estão em vias de desaparecer. Para o efeito foi aprovado em Conselho de Ministros de 19 de Março último, e já publicado em Diário da República, um decreto-lei que estabelece o regime jurídico que compreende as medidas de salvaguarda, procedimento de inventariação e a criação de uma Comissão para o Património Cultural Imaterial.

O Governo, através do Ministério da Cultura, acaba de criar mecanismos, com força de Lei, para a salvaguarda Património Cultural Imaterial. A medida está protegida por lei, consagrando a “valorização do património cultural popular”, nomeadamente as tradições e expressões orais”, como as “práticas sociais, rituais e eventos festivos”. O decreto-lei foi publicado no Diário da República, 1.ª série (N.º 113), de 15 de Junho de 2009.
(Desenvolvimento na edição impressa)

- Associação de Folclore e Etnografia da Região Autónoma da Madeira - Investigar e preservar para memória futura

Manuel João Barbosa

Com a finalidade primária de fomentar a qualidade do folclore e da etnografia da Ilha da Madeira, foi constituída em 2005 a Associação de Folclore e Etnografia da Região Autónoma da Madeira. Mas outro objectivo prioritário prende-se com a necessidade premente de recolher e preservar tradições e costumes que estão a cair na voragem do tempo. Defender o património imaterial da Região é um esforço que cabe colectivamente aos promotores da cultura popular e tradicional madeirense. Grupos de folclore e os próprios organismos governamentais acordaram na criação de uma associação pública que superintendesse na preservação, registo e organização dos valores culturais afectos à actividade folclórica na Madeira. Dezena e meia de grupos já aderiram à Associação, num universo de pouco mais de vinte e cinco.
(Desenvolvimento na edição impressa)

- Folclore à mesa - Outros modelos para os Festivais de folclore foram tema de debate

Manuel João Barbosa

Um grupo de folcloristas da região do Ribatejo, e simpatizantes apegados de forma rotineira às questões do folclore – representação/espectáculo – reuniram-se em mais um dos habituais almoços, onde a sobremesa é reservada aos saberes da temática – o folclore. O encontro mais recente ocorreu num dia soalheiro de pré-Outono, em aposentos hospitaleiros de um pacato lugarejo do concelho de Santarém. O tema andou à volta de outros modelos de representação que tornem os Festivais de Folclore mais apelativos. O útil junta-se ao agradável.

Dezena e meia de folcloristas participaram em finais de Setembro em mais um almoço, degustado em aprazível espaço. A finalidade é, como sobremesa, debater a problemática da representação, como forma de encontrar algumas achegas que sirvam para uma maior e melhor aceitação do espectáculo de folclore.
Como sempre, ao menu do repasto foi adicionado um “prato” de folclore.
(Desenvolvimento na edição impressa)

- PENACOVA: Rancho Folclórico e Etnográfico de Zagalho e Vale do Conde (Reportagem)

Manuel João Barbosa

Pouco mais de quatro dezenas de criaturas dão alma e vida a dois recônditos lugarejos que se instalam numa zona serrana do interior do concelho de Penacova – Zagalho e Vale do Conde; a localidade de Zagalho tem 6 fogos habitados e Vale do Conde 13. Outras moradias abandonadas dão nota de uma preocupante desertificação. As duas localidades-berço que acolhem o Rancho Folclórico nosso anfitrião do trabalho de hoje, pertencem à Freguesia de Friúmes, que arrola nos seus oito lugares, dispersos numa área de pouco mais de 14 km2, cerca de 600 habitantes.
(Desenvolvimento na edição impressa)

- Costumes revividos num serão em Santana do Mato, Coruche - O outro folclore – tempos de um outro tempo

Manuel João Barbosa

A iniciativa, por distinta, já se tornou carismática e uma vez mais conseguiu em pleno os objectivos: fazer reviver hábitos e costumes que outrora eram usuais nas aldeias e que marcaram a vida das gentes, que o tempo há muito apagou. A ideia é do Rancho Folclórico “Os Camponeses de Santana do Mato”, do concelho de Coruche, e os elogios que sempre recebe contribuem para o repetido êxito de cada edição. Foi o que aconteceu uma vez mais no dia 3 de Outubro, com a realização de mais uma edição do seu Serão de Tradições, que leva ao palco da colectividade local curiosos retalhos da vida das gentes de diversificadas aldeias do País, e que o tempo fez tradição.
(Desenvolvimento na edição impressa)

Lisboa
Folclore levou festa à Praça da Figueira numa solarenga tarde de Outono
Manuel João Barbosa

Não só a Praça da Figueira como boa parte da Baixa lisboeta, por onde passaram em desfile os grupos de folclore que, representando várias regiões etnográficas do País, levaram à capital o seu folclore e os vários aspectos da sua etnografia. Artérias notáveis da cidade – Chiado, Garrett e Carmo – foram por momentos palco de festa popular, que culminou na emblemática Praça da Figueira. A curiosidade era geral pela desusada parada musical e pelos interessantes e admiráveis trajes populares, originários do Portugal profundo.
(Desenvolvimento na edição impressa)

NOTÍCIAS

- Acidente com Orfeão de Águeda lembrou tragédia com Grupo da Região do Vouga em França
- Rancho de Fradelos comemorou 52.º aniversário
- Acção de Formação em Sobral de Monte Agraço
- Encontro de Tradições “Manuel Francisco” em Sobral de Monte Agraço
- Fundação INATEL está a promover mais um Concurso de Etnografia
- Feliciano Carlos de Oliveira (S. Torcato, Guimarães)
- Camacha: Maria Ascensão vai ser homenageada com um busto na Largo da Achada
- Grupo “As Tricanas” do Luso recebe Prémio de Empreendedorismo
- Tarde de folclore ribatejano nas Fontainhas
- Aí estão as desfolhadas e a festa
- Lisboa: Folclore leva festa à Praça da Figueira numa solarenga tarde de Outono
- Concertinas voltaram a encher de música a Barrenta
- Régua: Festival de Folclore das Vindimas em Godim enalteceu tradições

OPINIÃO

- Da Fundação para a Federação - Carlos Rego (Vila Nova de Famalicão)
- Site da Federação: um duradouro e persistente vazio (MJB)

SECÇÕES
ESFINGE - Interdições e receios, pelo Dr . Aurélio Lopes
Tradição / Inovação - A avaliação, pelo Eng.º Manuel Farias


* PORQUE NÃO TE CALAS?

* FOI NOTÍCIA… HÁ 13 ANOS

* Cartas ao director
Estandartes

FESTIVAIS

Festivais com realização no mês de Novembro

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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

CAPA DA EDIÇÃO DE OUTUBRO

Edição N.º 164 - OUTUBRO

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N.º 164 (OUTUBRO 2009)

EDITORIAL

Desfiles políticos
Foi vê-los, passeando-se de Festival em Festival, espalhando uma artificial simpatia. Amáveis e sorridentes, pavonearam-se numa desabitual postura, quantas vezes a roçar o patético. Comitiva atrás de comitiva, de todas as cores e feitios, os futuros políticos invadiram os recintos de massas, num aproveitamento descarado e oportunista dos eventos públicos. Atiraram-se incomuns apertos de mãos, bateram-se doces palmadinhas nas costas e deram-se mesmo alguns beijinhos, esquecida que foi até a tenebrosa gripe A. Uma descarada, quanto ridícula, compra de votos.
Em redor do líder, alardeavam -se um ninho de candidatos a um lugarzinho na autarquia, garantia de uma aconchegada reforma a troco de uns escassos anitos de lealdade autárquica. Vale por isso fazer algum esforço na campanha, mesmo que a alguns aconteça terem de comer uvas com grainha e fruta com casca…
Espalharam-se promessas. Encheram-se as bocas de cultura, com natural enfoque para a cultura popular. Os grupos de folclore são, enfim, entidades de bem e olhados com empenhada frontalidade. Merecem, sim senhor, mais apoios, umas condignas instalações e até poderá calhar-lhes por sorte um autocarro! Tudo de bom pode acontecer. Depois, se tanto não for assim, lavam-se as mãos e assacam-se responsabilidades a terceiros.
Naturalmente que é preciso esclarecer e informar o cidadão sobre os programas que cada formação política propõe para uma eventual governação, seja regional ou nacional. Mas livrem-nos de tamanhas doses de demagogia. Porque, em política, o que hoje é verdade, amanhã já não o será. Que é como quem diz, as promessas e os compromissos esfumam-se de forma tão célere que se esquecem em apenas algumas horas.
Manuel João Barbosa, director

NOTA EDITORIAL

Multidões vêem Folclore
Os mais cépticos do movimento folclórico mantêm um acentuado pessimismo relativamente à falta de público nos Festivais de Folclore. Talvez alguma trivialidade do espectáculo que se oferece contribua para esse desprendimento. Convenhamos que, cada ano, o figurino é invariavelmente igual. Torna-se por isso enfadonho, fastidioso, monótono. O modelo estará gasto, alegam muitos. Falamos naturalmente dos comuns Festivais, que teimosamente se vão concluindo cada ano com poucos recursos – económicos e humanos – sem possibilidades de se alargarem a outros horizontes.
Mas se a esmagadora maioria dos espectáculos de folclore peca por uma envergonhada presença de espectadores, alegra-nos saber – e presenciar – de um considerável número de realizações que enchem amplos recintos, enormes praças, anfiteatros e grandes salas de espectáculos. E os números não enganam. Somam alguns milhares o número de espectadores presentes nessas realizações. Deixamos apenas alguns exemplos que abonam em favor da nossa afirmação: o FolkCantanhede chama em cada edição à Praça Marquês de Marialva entre três a quatro mil pessoas; o Festival Internacional dos Açores (Terceira), reúne na Rua da Fé mais de quatro mil pessoas para ver o desfile etnográfico, e no dia seguinte lota a capacidade da Praça de Touros de Angra do Heroísmo, recebendo entre cinco a seis mil pessoas; o FolkFaro é visto em cada sessão diária (ao longo de uma semana) por mais de mil e quinhentos espectadores e na Gala de encerramento junta na Praça Passeio da Doca mais de três mil pessoas. Uma experiência nova, levada a cabo este ano em Águeda, juntou frente a um palco erguido sob as águas do rio, mais de três mil pessoas para ver o Festival da responsabilidade do Grupo da Região do Vouga (Mourisca do Vouga). Um caso único na região. Mas também a novel organização da Mostra Internacional de Folclore de Montemor-o-Novo se assume já catalisadora de grandes massas, levando ao amplo Largo das Palmeiras milhares de espectadores. Na Pérola do Atlântico é bonito ver, cada dia do programa da Semana Europeia de Folclore, o auditório do Jardim Municipal repleto de pessoas. Ainda na Ilha Insular, o Grupo de Folclore da Ponta do Sol recebe sistematicamente no seu Festival mais de três mil observadores. Outros exemplos, em menor escala, poderiam alongar a lista.
Temos assim que – afinal – ainda há multidões a ver e a apreciar o folclore. O produto terá é de oferecer qualidade.
Manuel João Barbosa, director

DESTAQUES

- O jornal Diário de Notícias abordou com ênfase a actualidade do movimento folclórico
Num excelente trabalho do jornalista António Pedro Pereira, e fotografias de Arlindo Camacho, o Diário de Notícias (DN) publicou na sua edição de 5 de Setembro um desenvolvido trabalho sobre o movimento folclórico na actualidade. Apresentado em 4 páginas de textos e foto, o trabalho apresenta-se bem delineado, dando uma imagem acertada da realidade da representação folclórica a nível nacional, dando particular destaque a um estigma que apoquenta o próprio folclore: a falta do rigor na representação por grande parte de um elevado número de ranchos/grupos, auto-denominados grupos de folclore.
(Desenvolvimento na edição impressa)

- SANTARÉM: Bodas de Ouro do Festival Internacional de Folclore ‘Celestino Graça’

Manuel João Barbosa
O Festival Internacional de Folclore ‘Celestino Graça’, cartaz cinquentenário da cidade de Santarém, decorreu com o brilho habitual entre 2 e 8 de Setembro, com quatro formações estrangeiras e outros tantos grupos nacionais. O Festival comemorou as Bodas de Ouro. Cinquenta edições que se quiseram, sequencialmente, uma melhor que a outra. Involuntárias contrariedades e “algumas dificuldades e insucessos”, como reconhece a comissão executiva, não o terão permitido. Mas será “tempo de celebração”, entende ainda a organização. E certo é que o Festival afirmou-se e continua entre os melhores que se realizam no País.
A capital do Ribatejo viveu durante uma semana a euforia de mais uma edição do Festival Internacional de Folclore ‘Celestino Graça’. Verdadeiras companhias de folclore de quatro países estrangeiros e um bom naipe de grupos de folclore de Portugal entusiasmaram numerosas plateias nas edições principais, desde a sessão de ante-estreia até à gala de encerramento. Mas também a sessão solene comemorativa das Bodas de Ouro fez lotar a sala do Teatro Sá da Bandeira.
(Desenvolvimento na edição impressa)

- Funchal: SEMANA EUROPEIA DE FOLCLORE - a festa do folclore entusiasmou no aprazível Jardim Municipal

Manuel João Barbosa
O auditório do Jardim Municipal do Funchal foi pequeno para receber tão elevado número de espectadores que entre 1 e 5 de Setembro encheram completamente o anfiteatro para ver as danças tradicionais levadas pelos grupos participantes na VI Semana Europeia de Folclore, uma organização do Grupo de Folclore e Etnografia da Boa Nova (Funchal). Os vários espectáculos variaram entre o folclore internacional, da Madeira e do continente.
O Jardim Municipal do Funchal foi uma vez mais palco de uma admirável festa de tradições, levadas por várias formações nacionais e estrangeiras, participantes activas na Semana Europeia de Folclore, uma iniciativa com realização desde há seis anos do Grupo de Folclore e Etnografia da Boa Nova. Diariamente o auditório do aprazível espaço municipal apinhou-se de espectadores – estrangeiros em grande quantidade – o que revela o enorme interesse pelas manifestações folclóricas. O espectáculo de folclore torna-se apelativo quando as organizações e realizações são bem estruturadas, bem como as formações intervenientes oferecem qualidade representativa.
(Desenvolvimento na edição impressa)

- Festival Internacional de Folclore Cidade de Faro. Encadeiam-se culturas na rota das tradições dos povos

Textos e fotos: Manuel João Barbosa
O FolkFaro – Festival Internacional de Folclore Cidade de Faro, concluiu com confirmado êxito a sua sétima edição. O maior evento folclórico a Sul do Tejo espalhou durante nove dias por grande parte da região algarvia o ritmo e as cores tradicionais de diferentes culturas do mundo e também de diversificadas regiões de Portugal. Seis formações estrangeiras e outras tantas nacionais foram os protagonistas da grande festa, que começou a 15 de Agosto e terminou a 23. A organização foi do Grupo Folclórico de Faro.
Naturalmente diversificadas entre si, as representações internacionais, como os grupos nacionais convidados, levaram ao palco do FolkFaro a singularidade das suas tradições, o exotismo de variados trajes e o feitiço da sua música. De além-fronteiras, explodem inspiradas marcações coreográficas, apontadas como de inspiração folclórica. Do rectângulo nacional e da parcela insular da Madeira, eclodiram cadenciadas danças e ecoou a harmonia da música tradicional das regiões representadas. O folclore de lá e de cá, pontificou e animou de forma muito entusiástica todas as plateias que ao longo de nove dias assistiram às várias sessões do Festival. “A alegria e os ritmos contagiantes da América do Sul envolveram-se com o perfeccionismo artístico típico do Leste Europeu. A este cadinho de culturas se juntaram as tradições lusas do continente e da Madeira”, descreve assim a organização a magia do folclore de Portugal e do mundo mostrado no FolkFaro.
(Desenvolvimento na edição impressa)

- Festival de Folclore da Ponta do Sol. Dançar num mar de flores
Dançar num mar de flores

Manuel João Barbosa
O mediático Festival de Folclore da Ponta do Sol, Madeira, decorreu no dia 29 de Agosto sobre um tapete colorido de exóticas flores, que oferecia um postal sugestivo da riqueza da flora madeirense. Tão distintos quanto admiráveis arranjos florais inundaram o palco e o cenário, oferecendo uma miscelânea de cor e vida ao magnífico espectáculo de folclore e de tradições de Portugal insular e continental, como de variadas partes do mundo. A organização foi do Grupo de Folclore da Ponta do Sol, com o incondicional apoio da Câmara Municipal local, e teve, como habitualmente o registo integral pela RTP Madeira.

O Festival de Folclore da Ponta do Sol, organizado pelo Grupo de Folclore local, concluiu no dia 29 de Agosto a sua XIX edição como mostra de folclore nacional e XII enquanto evento de cariz internacional. Grupos de folclore do continente e das Ilhas (Açores e da Madeira), como formações da Espanha e da Suécia, completaram a edição deste ano, oferecendo uma amostra diversificada do folclore e da etnografia de cada região e de cada país representados.
(Desenvolvimento na edição impressa)


NOTÍCIAS

- Federação reúne conselheiros técnicos em encontro nacional
- A I Feira Rural em Joane foi um sucesso
- Festival Rio Tejo, do Rancho da Ribeira de Santarém, averbou mais um êxito
- Rancho da Ribeira de Celavisa ofereceu tarde de folclore em Lisboa
- Festival em Mira de Aire com muitos aplausos
- Festival do Rancho do Vale de Santarém contou com grupos representativos
- Rancho de Vila Nova da Erra reaparece no seu primeiro Festival
- Ainda sobre as Bodas de Diamante do Grupo dos Sargaceiros da Casa do Povo de Apúlia
- Rancho Luz dos Candeeiros (Porto de Mós) obteve assinalável êxito em França
- Rancho de Montargil esteve em França e conquistou os Pirinéus
- FESTIMAIORCA: Encontro de povos, culturas e tradições do Mundo
- Cancioneiro de Cantanhede aplaudido na Hungria
- Festival Internacional de Folclore de Arouca
- Águeda: três mil assistiram ao ‘Milagre da Urgueira’
- Serão de Tradições em Santana do Mato
- Rancho de Cabeça Veada realizou III Festival ‘Telhados de Água’
- BRASIL: Projecto Folclore-interdisciplinar do 6.º ao 9.º ano
- Festival de Folclore de Almedina com elevada qualidade
- Porto de Mós: Festival em Mira de Aire colheu muitos aplausos
- Viana do Castelo: Festival de Folclore Internacional do Alto Minho
- Rancho de Benfica do Ribatejo já tem plano de actividades para 2010
- Museu em São Bartolomeu de Messines guarda trajes e tradições
- Rancho da Santa Casa da Misericórdia de Soure fez descamisada
- Lisboa: romaria minhota da Casa do Minho nos jardins de Belém
- Padre Ricardo Mónica regressa ao palco do Cine-Teatro de Almeirim

OPINIÃO

Passeio das mordomas homenageia “chieira” da mulher de Viana

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Festivais com realização no mês de Outubro

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