
quarta-feira, 3 de março de 2010
RESUMO DA EDIÇÃO DE MARÇO
JORNAL FOLCLORE
Rua Capelo e Ivens, 63 - 2000-039– SANTARÉM
Apartado 518 - 2000–906 SANTARÉM – E-mail: jornalfolclore@gmail.com
Telefone e Fax: 243 599 429 – TM 919126732
Bem-vindo ao Jornal Folclore on-line
N.º 169 (MARÇO 2010)
ALGUNS TITULOS
EDITORIAL
VERGONHA DA PALAVRA FOLCLORE
Não poderá deixar de causar alguma angústia entre os folcloristas em geral o anúncio da Associação Etnográfica ‘Os Serranos’, trazido a público nesta edição. Com efeito, a prestigiada Associação de Belazaima do Chão, simpática localidade do interior serrano do concelho de Águeda, informa que irá deixar de “fazer referência ao termo ‘folclore’” na denominação do seu núcleo cultural que ao folclore e à etnografia locais tem dado provas de um completo e rigoroso trabalho de representação. Alega-se que o termo folclore “não é entendido como sinónimo de cultura, nem como área de rigor, de veracidade histórica, de conhecimento antropológico e de talento na concepção e na sua apresentação”, justificam os responsáveis. Os Serranos passarão assim a apresentar-se como Grupo de Cultura Nativa do Caramulo Ocidental.
Relembramos aqui as palavras de um outro abalizado dirigente, quando em actos públicos sempre afirma: “Eu já tenho vergonha de pronunciar a palavra folclore quando trato de assuntos do foro administrativo!”, fundamentando a timidez de proferir o termo pela forma depreciativa como o vocábulo é entendido pela sociedade.
Uma e outra situação são comuns a muitas outras. O pudor de utilizar a palavra já está a acercar-se de muitas bocas, porque o ‘folclore’ é tido como coisa deprimente, uma actividade só de simplórios. Naturalmente que, muitos que desta forma entendem o termo “folclore” revelam antes uma confrangedora ignorância. Mas, convenhamos, que são os maus promotores do folclore – os “excêntricos do folclore nacional” – que mostram algo mascarado de tradicional e que acabam por ser um mau retrato do folclore, oferecendo uma imagem degradante que promove a depreciação do próprio folclore.
As regras não estão criadas e cada qual faz o que bem entende, mesmo quando o que é feito seja destoante e estranho dentro da vertente do dito folclore.
Manuel João Barbosa
NOTA EDITORIAL
14 ANOS
Passam catorze anos da saída do primeiro número deste Jornal. Propusemo-nos então a que no dia 1 de cada mês, cada edição estaria à leitura de cada leitor, levando notícias do movimento folclórico nacional, como assim de algumas mensagens de pedagogia sobre a representação tradicional. Pensamos que não houve incumprimento da palavra dada. A nossa proposta tem-se concretizado. De uma e de outra forma. Faz já catorze anos! Uma meta impensável num mundo de lóbis, onde de forma tão evidente e inegável está a comunicação social escrita.
Mas como sobrevive num País de pressões sociais e económicas, um projecto individualista, onde o peso dos grupos financeiros é enorme? Não nos ficará mal apontarmos três vectores que consideramos vitais para o longo percurso que trilhamos desde o já distante ano de 1996: perseverança, firmeza e honestidade. Sem obsessão. E naturalmente também longe de mediatismos.
Alguns abrolhos nos têm magoado os pés nessa caminhada. Já experimentámos também o agre sabor da hipocrisia de gente de íntimo falso, que deambulam dentro movimento folclórico. Este, porventura, o golpe mais cruel, que, contudo, não chegou para trazer algum esmorecimento. Mas é a razão que continuadamente nos empurra na jornada que iniciámos há 169 edições, tantas quantos os meses de existência. Sem interrupções.
Aos fidedignos assinantes e anunciantes, pedras-base da prossecução deste projecto, aqui deixamos uma vez mais o reconhecimento pela dedicada ligação, que em muitos casos vem da primeira hora. Uma lealdade que recompensamos de forma muito modesta com um reconhecido agradecimento.
Manuel João Barbosa
DESTAQUES
- Espaço de memórias da tradição portuguesa e do regionalismo
Museu de Arte Popular tem reabertura anunciada
- Vidas em comum pelo folclore. O namoro, o casamento, a família…
Amor entre danças
NOTÍCIAS
- Grupo das Lavradeiras da Meadela integra uma Arruada Minhota na Expo 2010 em Xangai
- A Associação Etnográfica Os Serranos deixará de fazer referência ao seu Grupo de Folclore. Os Serranos abandonam o uso do termo folclore
- O dito por não dito
- Aldeias do Xisto candidatas às 7 Maravilhas Naturais de Portugal
- Presidente da República visitou as Aldeias do Xisto
- Rancho “As Paliteiras” de Chelo comemorou 31 anos
- Grupo de Concertinas “ Os Alegres de Castanheira de Pera” em Itália
- Águeda: Os Serranos na Casa da Cultura de Famalicão (Guarda)
- Acção conjunta de sensibilização promovida por três ranchos do concelho de Coruche
- Conselho Técnico Regional da FFP para a Zona dos Templários promove ‘Conversas Sobre Folclore’
- O projecto dos avieiros na Feira Internacional de Lisboa
- Apresentado na Golegã o Curso de Especialização e Pós-Graduação em Património Cultural, Etnografia e Folclore
- Grupo de Folclore da Casa de Portugal cantou as Janeiras ao Co-Príncipe de Andorra
- Ponta Delgada: Cantar às Estrelas na Relva
- Vila Nova de Gaia
Rancho de Nossa Senhora do Monte de Pedroso está a comemorar as Bodas de Prata
- Exposição na Casa do Bombo, em Lavacolhos
- O professor de concertina Vasco Simões foi homenageado
- Associação de S. João de Rio Frio aprova relatório de Contas e Plano e Orçamento
- Grupo Etnográfico 7 Castelos festeja aniversário
- Grupo de Bombos das Mercês vai comemorar 20 anos
- Rancho Folclórico de Paçô realizou o seu Festival de Folclore
OPINIÃO
“Folclore” - o jornal cultural do País. Por: Dr. Mário Nunes
Crónica Durio Beiroa - Ainda o Entrudo. Por Jorge Oliveira
SECÇÕES
Esfinge – Levantamentos. Pelo Dr. Aurélio Lopes
Tradição / Inovação - O medo das palavras – Parte 2. Pelo Eng.º Manuel Farias
* PORQUE NÃO TE CALAS?
* FOI NOTÍCIA… HÁ 13 ANOS
FESTIVAIS
A S S I N E
Subscreva a assinatura enviando o pedido ao
Apartado 518 – 2000-906 SANTARÉM
ou e-mail: jornalfolclore@gmail.com
Europa: 20,00 € * Europa: 25,00 € * Fora da Europa 30,00 €
Rua Capelo e Ivens, 63 - 2000-039– SANTARÉM
Apartado 518 - 2000–906 SANTARÉM – E-mail: jornalfolclore@gmail.com
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Bem-vindo ao Jornal Folclore on-line
N.º 169 (MARÇO 2010)
ALGUNS TITULOS
EDITORIAL
VERGONHA DA PALAVRA FOLCLORE
Não poderá deixar de causar alguma angústia entre os folcloristas em geral o anúncio da Associação Etnográfica ‘Os Serranos’, trazido a público nesta edição. Com efeito, a prestigiada Associação de Belazaima do Chão, simpática localidade do interior serrano do concelho de Águeda, informa que irá deixar de “fazer referência ao termo ‘folclore’” na denominação do seu núcleo cultural que ao folclore e à etnografia locais tem dado provas de um completo e rigoroso trabalho de representação. Alega-se que o termo folclore “não é entendido como sinónimo de cultura, nem como área de rigor, de veracidade histórica, de conhecimento antropológico e de talento na concepção e na sua apresentação”, justificam os responsáveis. Os Serranos passarão assim a apresentar-se como Grupo de Cultura Nativa do Caramulo Ocidental.
Relembramos aqui as palavras de um outro abalizado dirigente, quando em actos públicos sempre afirma: “Eu já tenho vergonha de pronunciar a palavra folclore quando trato de assuntos do foro administrativo!”, fundamentando a timidez de proferir o termo pela forma depreciativa como o vocábulo é entendido pela sociedade.
Uma e outra situação são comuns a muitas outras. O pudor de utilizar a palavra já está a acercar-se de muitas bocas, porque o ‘folclore’ é tido como coisa deprimente, uma actividade só de simplórios. Naturalmente que, muitos que desta forma entendem o termo “folclore” revelam antes uma confrangedora ignorância. Mas, convenhamos, que são os maus promotores do folclore – os “excêntricos do folclore nacional” – que mostram algo mascarado de tradicional e que acabam por ser um mau retrato do folclore, oferecendo uma imagem degradante que promove a depreciação do próprio folclore.
As regras não estão criadas e cada qual faz o que bem entende, mesmo quando o que é feito seja destoante e estranho dentro da vertente do dito folclore.
Manuel João Barbosa
NOTA EDITORIAL
14 ANOS
Passam catorze anos da saída do primeiro número deste Jornal. Propusemo-nos então a que no dia 1 de cada mês, cada edição estaria à leitura de cada leitor, levando notícias do movimento folclórico nacional, como assim de algumas mensagens de pedagogia sobre a representação tradicional. Pensamos que não houve incumprimento da palavra dada. A nossa proposta tem-se concretizado. De uma e de outra forma. Faz já catorze anos! Uma meta impensável num mundo de lóbis, onde de forma tão evidente e inegável está a comunicação social escrita.
Mas como sobrevive num País de pressões sociais e económicas, um projecto individualista, onde o peso dos grupos financeiros é enorme? Não nos ficará mal apontarmos três vectores que consideramos vitais para o longo percurso que trilhamos desde o já distante ano de 1996: perseverança, firmeza e honestidade. Sem obsessão. E naturalmente também longe de mediatismos.
Alguns abrolhos nos têm magoado os pés nessa caminhada. Já experimentámos também o agre sabor da hipocrisia de gente de íntimo falso, que deambulam dentro movimento folclórico. Este, porventura, o golpe mais cruel, que, contudo, não chegou para trazer algum esmorecimento. Mas é a razão que continuadamente nos empurra na jornada que iniciámos há 169 edições, tantas quantos os meses de existência. Sem interrupções.
Aos fidedignos assinantes e anunciantes, pedras-base da prossecução deste projecto, aqui deixamos uma vez mais o reconhecimento pela dedicada ligação, que em muitos casos vem da primeira hora. Uma lealdade que recompensamos de forma muito modesta com um reconhecido agradecimento.
Manuel João Barbosa
DESTAQUES
- Espaço de memórias da tradição portuguesa e do regionalismo
Museu de Arte Popular tem reabertura anunciada
- Vidas em comum pelo folclore. O namoro, o casamento, a família…
Amor entre danças
NOTÍCIAS
- Grupo das Lavradeiras da Meadela integra uma Arruada Minhota na Expo 2010 em Xangai
- A Associação Etnográfica Os Serranos deixará de fazer referência ao seu Grupo de Folclore. Os Serranos abandonam o uso do termo folclore
- O dito por não dito
- Aldeias do Xisto candidatas às 7 Maravilhas Naturais de Portugal
- Presidente da República visitou as Aldeias do Xisto
- Rancho “As Paliteiras” de Chelo comemorou 31 anos
- Grupo de Concertinas “ Os Alegres de Castanheira de Pera” em Itália
- Águeda: Os Serranos na Casa da Cultura de Famalicão (Guarda)
- Acção conjunta de sensibilização promovida por três ranchos do concelho de Coruche
- Conselho Técnico Regional da FFP para a Zona dos Templários promove ‘Conversas Sobre Folclore’
- O projecto dos avieiros na Feira Internacional de Lisboa
- Apresentado na Golegã o Curso de Especialização e Pós-Graduação em Património Cultural, Etnografia e Folclore
- Grupo de Folclore da Casa de Portugal cantou as Janeiras ao Co-Príncipe de Andorra
- Ponta Delgada: Cantar às Estrelas na Relva
- Vila Nova de Gaia
Rancho de Nossa Senhora do Monte de Pedroso está a comemorar as Bodas de Prata
- Exposição na Casa do Bombo, em Lavacolhos
- O professor de concertina Vasco Simões foi homenageado
- Associação de S. João de Rio Frio aprova relatório de Contas e Plano e Orçamento
- Grupo Etnográfico 7 Castelos festeja aniversário
- Grupo de Bombos das Mercês vai comemorar 20 anos
- Rancho Folclórico de Paçô realizou o seu Festival de Folclore
OPINIÃO
“Folclore” - o jornal cultural do País. Por: Dr. Mário Nunes
Crónica Durio Beiroa - Ainda o Entrudo. Por Jorge Oliveira
SECÇÕES
Esfinge – Levantamentos. Pelo Dr. Aurélio Lopes
Tradição / Inovação - O medo das palavras – Parte 2. Pelo Eng.º Manuel Farias
* PORQUE NÃO TE CALAS?
* FOI NOTÍCIA… HÁ 13 ANOS
FESTIVAIS
A S S I N E
Subscreva a assinatura enviando o pedido ao
Apartado 518 – 2000-906 SANTARÉM
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domingo, 31 de janeiro de 2010
RESUMO DA EDIÇÃO DE FEVEREIRO
JORNAL FOLCLORE
Rua Capelo e Ivens, 63 - 2000-039– SANTARÉM
Apartado 518 - 2000–906 SANTARÉM – E-mail: jornalfolclore@gmail.com
Telefone e Fax: 243 599 429 – TM 919126732
Bem-vindo ao Jornal Folclore on-line
N.º 168 (FEVEREIRO 2010)
EDITORIAL
Federação: o ‘Ano D’
Numa entrevista publicada na edição de Dezembro do Jornal Folclore, o presidente da Federação do Folclore Português evidenciava o “esforço de melhoria” por parte da Federação relativamente “aos grupos que revelem deficiências de representação”. E assegurou: “Não poderemos continuar a pactuar com resistências a uma melhoria do movimento folclórico que está no seio da Federação”.
São palavras animadoras quando anunciam – finalmente! – um arrumar de casa do organismo federativo com acrescidas responsabilidades no movimento folclórico nacional, que, para além de ter a obrigação de oferecer um universo de grupos membros com incontestável qualidade – o propalado selo de garantia – deve ser também um ícone exemplar do rigor daquilo que deve constituir a representação do folclore. Esse princípio está aliás, estabelecido estatutariamente como regra base da criação da Federação. Por isso, o presidente assegura que “é importante respeitar, sem excepção, as regras estatutárias”. E sem contemplações assevera: “Aqueles que continuarem intransigentes e a não acatar aquilo que está estabelecido nos estatutos, terão de ser de alguma forma penalizados”, reforça o líder da Federação.
Anuncia-se assim uma profunda reestruturação do movimento folclórico federado. O ano de 2010 está apontado com um “novo ciclo da vida da Federação do Folclore Português”. As falhas de representatividade vão ter de ser eliminadas do trabalho dos grupos membros. Espera-se que haja coragem para obrigar a corrigir erros, e se desenvolva uma efectiva reciclagem da representação folclórica federada, isto é, da facção do universo nacional que deve oferecer um inquestionável “selo de garantia” e que, paradoxalmente, não tem oferecido. Os bons exemplos terão de partir de cima, e entre a actividade folclórica nacional caberá naturalmente à Federação do Folclore dar um bom exemplo daquilo que deve constituir um trabalho sério, aplicado e cumpridor do bom desempenho da representação do folclore.
O director
NOTA EDITORIAL
Bailarinos não!
De forma irreflectida o termo “bailarino” é vulgarmente utilizado nos meios folclóricos, ou seja, no seio dos grupos e ranchos de folclore para caracterizar um elemento dançador de um grupo de folclore. Também em situações estranhas ao movimento folclórico, quando há referência ao bailador do rancho ou grupo folclórico. Nada mais errado pois tal epíteto não assaca uma referência popular. Com efeito, um bailarino é aquele que exerce a dança com carácter profissional. No folclore, como sabemos, não há profissionalismo. Ao folclorista do “balho”, o termo correcto que define a sua função dentro do folclore, será “bailador” – ou balhador, se quisermos respeitar alguma linguagem popular – ou “dançador”. Ou seja, aquele que baila ou que dança para se recrear, para prazer próprio. Serão estas as designações mais adequadas para definir quem dança folclore, isto é, quem executa danças nos bailes de “sem-cerimónia”, segundo o vocábulo dos estudiosos.
Sem que a referência constitua pormenor grave, convém distinguir as situações entre o profissional – o bailarino – e quem simplesmente faz da dança um acto de prazer próprio, para se distrair ou divertir.
Como diz o povo, deve chamar-se os bois pelos nomes. E assim, falaremos a linguagem popular, tal como convirá dentro daquilo que é tradicional.
Usar os termos correctos não fica mal àqueles que promovem e defendem a causa do folclore. Se queremos mesmo respeitar a génese das coisas. E tudo começa pelo respeito ao linguarejar do povo, mesmo que os termos gramaticais não sejam os mais correctos.
Não sendo um mal maior, é o acto folclórico que o exige.
A nomenclatura foi recentemente discutida no Congresso de Jovens Folcloristas, que decorreu no final de Novembro do ano transacto, em Guimarães. Um dos jovens congressistas terá afirmado: “Estou convicto que o termo ‘bailarino’ está correcto; se estiver errado cortem-me o pescoço”. Não querendo fazer o papel de “carrasco”, optaremos antes pela pedagogia: bailarino, como atrás se diz, é “aquele que exerce a dança com carácter profissional; é um profissional do bailado”. Nada mais elementar…
O Director
DESTAQUES
- Sob a égide dos Ministérios da Cultura e das Finanças
O PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL VAI SER INVENTARIADO
Manuel João Barbosa
Um grupo constituído por personalidades de reconhecido mérito e dotadas de qualificações técnicas e profissionais vai orientar a realização de um levantamento do património cultural imaterial português. A directiva foi tomada pelos Ministérios da Cultura e das Finanças e Administração Pública na sequência da Recomendação da UNESCO para a Salvaguarda da Cultura Tradicional e do Folclore, de 1989. O grupo de trabalho funcionará na dependência do Instituto de Museus e da Conservação, junto do Departamento de Património Imaterial. O despacho produz efeitos imediatos.
O Ministério da Cultura, através do Instituto de Museus e da Conservação, prepara a constituição de um grupo de trabalho que se responsabilizará pelo “levantamento universal e de nível nacional do património cultural imaterial”. Denominado “Grupo de Trabalho para o Património Imaterial”, o grupo será constituído por “personalidades de reconhecido mérito e dotadas de qualificações técnicas e profissionais”, segundo o Despacho a que o nosso Jornal teve acesso.
(Desenvolvimento na edição impressa)
- ÍDOLOS DE ‘UMA CANÇÃO PARA TI’ TÊM A PAIXÃO DO FOLCLORE
Manuel João Barbosa
Cantam e encantam. As suas vozes claras e puras de crianças que não conhecem ainda a adolescência, vibram prodigiosas de alma e de grandeza. Miguel Guerreiro e Beatriz Felizardo, são duas incontestáveis estrelinhas da televisão que surpreenderam e deslumbraram o País com as suas harmoniosas vozes. Cantaram no concurso da TVI ‘Uma Canção para Ti’. Sem escola e longe do apoio da máquina publicitária do mundo das cantorias, contam com o seu incontestado talento. Os holofotes dos grandes espectáculos, as câmaras das televisões e elogiosas referências nas páginas da imprensa escrita são-lhes de há muito familiares. È seu o palco das estrelas.
Miguel Guerreiro e Beatriz Felizardo são duas crianças que acabam de conhecer o estrelato do mundo das cantigas. O facto não teria relevância para notícia no Jornal Folclore, não fora o caso das duas estrelinhas da canção terem em comum a particularidade de também sentirem paixão pelo folclore.
Nascido em Praias do Sado, Setúbal, o Miguel Guerreiro foi o grande vencedor da primeira edição do Talent Show da TVI “Uma Canção para Ti”. Chamam-lhe o “rouxinol do Sado”. Beatriz Felizardo, da Erra, Coruche, foi uma finalista da terceira edição do mesmo concurso.
(Desenvolvimento na edição impressa)
- FOLCLORISTAS PREPARAM FORMAÇÃO SUPERIOR
Curso de Pós-Graduação em Património, Etnografia e Folclore avança no Instituto Superior de Gestão de Tomar
Manuel João Barbosa
As áreas da etnografia e do folclore vão poder integrar o ensino superior dentro de um projecto pioneiro do Centro de Estudos Politécnicos da Golegã (CESPOGA). Folcloristas e estudiosos da cultura popular poderão aceder a uma formação superior, graças ao curso criado pelo Instituto Superior de Gestão de Tomar. O curso terá funcionamento nas instalações do GESPOGA, na Golegã, em horário pré-laboral.
O Centro de Estudos Politécnicos da Golegã (GESPOGA), promoveu no dia 23 de Janeiro, no Instituto Politécnico de Tomar um Seminário com o tema a desenvolver-se à volta dos novos desafios que se põem à área da cultura popular, nomeadamente o Folclore. Como anunciámos na nossa anterior edição, O GESPOGA tem em curso um projecto sobre “Estudos Superiores em Antropologia e Folclore”.
(Desenvolvimento na edição impressa)
NOTÍCIAS
- Rancho “Cerejeiras de Fetais” recebeu diploma de filiação na Federação do Folclore Português
- Rancho Camponeses de Riachos assinalou 52.º aniversário com festa e convívio
- Presidente da República e Primeiro Ministro receberam cantadores das Janeiras
- Rancho da Casa do Povo de Tábua mantém a tradição da Cantata das Janeiras
- Grupo de Danças e Cantares de Serzedo canta as Janeiras
- Encontro de Reisadas em Oliveira Santa Maria
- Os Reis não chegaram este ano a Coimbra
- Águeda: público rendeu-se ao musical ‘Numa Noite de Natal’
- Lisboa: Cantigas aos Reis e ao Menino ecoaram na Igreja da Graça
- Cancioneiro de Cantanhede levou “Cantares de Natal” a Passos de Silgueiros e Póvoa da Lomba
- Rancho da Casa do Povo de Ílhavo recebe sede como prenda de aniversário
- Rancho da Correlhã deu início às comemorações das Bodas de Ouro
- Águeda na BTL com o Eiranças
- Espectáculos de folclore geraram receitas de 567 mil euros em 2008
- Câmara de Santarém apoia Festival de Folclore Celestino Graça
- Festival Internacional de Folclore de Almeirim já em preparação
- Brasil: Traços típicos da cultura popular portuguesa no Carnaval de S. Paulo
OPINIÃO
O Congresso de Guimarães e o amanhã, por: Mário Nunes (Historiador)
Crónica Beirã - Do Natal aos Reis em terras do Alto do Paiva, por Jorge Oliveira Pinto
SECÇÕES
Esfinge – Menoridade intelectual , por: Dr. Aurélio Lopes
Tradição / Inovação - O medo das palavras, por: eng.º Manuel Farias
* PORQUE NÃO TE CALAS?
* FOI NOTÍCIA… HÁ 13 ANOS
A S S I N E
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Apartado 518 – 2000-906 SANTARÉM
ou e-mail: jornalfolclore@gmail.com
Europa: 17,50 € * Europa: 20,00 € * Fora da Europa¨25,00 €
Rua Capelo e Ivens, 63 - 2000-039– SANTARÉM
Apartado 518 - 2000–906 SANTARÉM – E-mail: jornalfolclore@gmail.com
Telefone e Fax: 243 599 429 – TM 919126732
Bem-vindo ao Jornal Folclore on-line
N.º 168 (FEVEREIRO 2010)
EDITORIAL
Federação: o ‘Ano D’
Numa entrevista publicada na edição de Dezembro do Jornal Folclore, o presidente da Federação do Folclore Português evidenciava o “esforço de melhoria” por parte da Federação relativamente “aos grupos que revelem deficiências de representação”. E assegurou: “Não poderemos continuar a pactuar com resistências a uma melhoria do movimento folclórico que está no seio da Federação”.
São palavras animadoras quando anunciam – finalmente! – um arrumar de casa do organismo federativo com acrescidas responsabilidades no movimento folclórico nacional, que, para além de ter a obrigação de oferecer um universo de grupos membros com incontestável qualidade – o propalado selo de garantia – deve ser também um ícone exemplar do rigor daquilo que deve constituir a representação do folclore. Esse princípio está aliás, estabelecido estatutariamente como regra base da criação da Federação. Por isso, o presidente assegura que “é importante respeitar, sem excepção, as regras estatutárias”. E sem contemplações assevera: “Aqueles que continuarem intransigentes e a não acatar aquilo que está estabelecido nos estatutos, terão de ser de alguma forma penalizados”, reforça o líder da Federação.
Anuncia-se assim uma profunda reestruturação do movimento folclórico federado. O ano de 2010 está apontado com um “novo ciclo da vida da Federação do Folclore Português”. As falhas de representatividade vão ter de ser eliminadas do trabalho dos grupos membros. Espera-se que haja coragem para obrigar a corrigir erros, e se desenvolva uma efectiva reciclagem da representação folclórica federada, isto é, da facção do universo nacional que deve oferecer um inquestionável “selo de garantia” e que, paradoxalmente, não tem oferecido. Os bons exemplos terão de partir de cima, e entre a actividade folclórica nacional caberá naturalmente à Federação do Folclore dar um bom exemplo daquilo que deve constituir um trabalho sério, aplicado e cumpridor do bom desempenho da representação do folclore.
O director
NOTA EDITORIAL
Bailarinos não!
De forma irreflectida o termo “bailarino” é vulgarmente utilizado nos meios folclóricos, ou seja, no seio dos grupos e ranchos de folclore para caracterizar um elemento dançador de um grupo de folclore. Também em situações estranhas ao movimento folclórico, quando há referência ao bailador do rancho ou grupo folclórico. Nada mais errado pois tal epíteto não assaca uma referência popular. Com efeito, um bailarino é aquele que exerce a dança com carácter profissional. No folclore, como sabemos, não há profissionalismo. Ao folclorista do “balho”, o termo correcto que define a sua função dentro do folclore, será “bailador” – ou balhador, se quisermos respeitar alguma linguagem popular – ou “dançador”. Ou seja, aquele que baila ou que dança para se recrear, para prazer próprio. Serão estas as designações mais adequadas para definir quem dança folclore, isto é, quem executa danças nos bailes de “sem-cerimónia”, segundo o vocábulo dos estudiosos.
Sem que a referência constitua pormenor grave, convém distinguir as situações entre o profissional – o bailarino – e quem simplesmente faz da dança um acto de prazer próprio, para se distrair ou divertir.
Como diz o povo, deve chamar-se os bois pelos nomes. E assim, falaremos a linguagem popular, tal como convirá dentro daquilo que é tradicional.
Usar os termos correctos não fica mal àqueles que promovem e defendem a causa do folclore. Se queremos mesmo respeitar a génese das coisas. E tudo começa pelo respeito ao linguarejar do povo, mesmo que os termos gramaticais não sejam os mais correctos.
Não sendo um mal maior, é o acto folclórico que o exige.
A nomenclatura foi recentemente discutida no Congresso de Jovens Folcloristas, que decorreu no final de Novembro do ano transacto, em Guimarães. Um dos jovens congressistas terá afirmado: “Estou convicto que o termo ‘bailarino’ está correcto; se estiver errado cortem-me o pescoço”. Não querendo fazer o papel de “carrasco”, optaremos antes pela pedagogia: bailarino, como atrás se diz, é “aquele que exerce a dança com carácter profissional; é um profissional do bailado”. Nada mais elementar…
O Director
DESTAQUES
- Sob a égide dos Ministérios da Cultura e das Finanças
O PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL VAI SER INVENTARIADO
Manuel João Barbosa
Um grupo constituído por personalidades de reconhecido mérito e dotadas de qualificações técnicas e profissionais vai orientar a realização de um levantamento do património cultural imaterial português. A directiva foi tomada pelos Ministérios da Cultura e das Finanças e Administração Pública na sequência da Recomendação da UNESCO para a Salvaguarda da Cultura Tradicional e do Folclore, de 1989. O grupo de trabalho funcionará na dependência do Instituto de Museus e da Conservação, junto do Departamento de Património Imaterial. O despacho produz efeitos imediatos.
O Ministério da Cultura, através do Instituto de Museus e da Conservação, prepara a constituição de um grupo de trabalho que se responsabilizará pelo “levantamento universal e de nível nacional do património cultural imaterial”. Denominado “Grupo de Trabalho para o Património Imaterial”, o grupo será constituído por “personalidades de reconhecido mérito e dotadas de qualificações técnicas e profissionais”, segundo o Despacho a que o nosso Jornal teve acesso.
(Desenvolvimento na edição impressa)
- ÍDOLOS DE ‘UMA CANÇÃO PARA TI’ TÊM A PAIXÃO DO FOLCLORE
Manuel João Barbosa
Cantam e encantam. As suas vozes claras e puras de crianças que não conhecem ainda a adolescência, vibram prodigiosas de alma e de grandeza. Miguel Guerreiro e Beatriz Felizardo, são duas incontestáveis estrelinhas da televisão que surpreenderam e deslumbraram o País com as suas harmoniosas vozes. Cantaram no concurso da TVI ‘Uma Canção para Ti’. Sem escola e longe do apoio da máquina publicitária do mundo das cantorias, contam com o seu incontestado talento. Os holofotes dos grandes espectáculos, as câmaras das televisões e elogiosas referências nas páginas da imprensa escrita são-lhes de há muito familiares. È seu o palco das estrelas.
Miguel Guerreiro e Beatriz Felizardo são duas crianças que acabam de conhecer o estrelato do mundo das cantigas. O facto não teria relevância para notícia no Jornal Folclore, não fora o caso das duas estrelinhas da canção terem em comum a particularidade de também sentirem paixão pelo folclore.
Nascido em Praias do Sado, Setúbal, o Miguel Guerreiro foi o grande vencedor da primeira edição do Talent Show da TVI “Uma Canção para Ti”. Chamam-lhe o “rouxinol do Sado”. Beatriz Felizardo, da Erra, Coruche, foi uma finalista da terceira edição do mesmo concurso.
(Desenvolvimento na edição impressa)
- FOLCLORISTAS PREPARAM FORMAÇÃO SUPERIOR
Curso de Pós-Graduação em Património, Etnografia e Folclore avança no Instituto Superior de Gestão de Tomar
Manuel João Barbosa
As áreas da etnografia e do folclore vão poder integrar o ensino superior dentro de um projecto pioneiro do Centro de Estudos Politécnicos da Golegã (CESPOGA). Folcloristas e estudiosos da cultura popular poderão aceder a uma formação superior, graças ao curso criado pelo Instituto Superior de Gestão de Tomar. O curso terá funcionamento nas instalações do GESPOGA, na Golegã, em horário pré-laboral.
O Centro de Estudos Politécnicos da Golegã (GESPOGA), promoveu no dia 23 de Janeiro, no Instituto Politécnico de Tomar um Seminário com o tema a desenvolver-se à volta dos novos desafios que se põem à área da cultura popular, nomeadamente o Folclore. Como anunciámos na nossa anterior edição, O GESPOGA tem em curso um projecto sobre “Estudos Superiores em Antropologia e Folclore”.
(Desenvolvimento na edição impressa)
NOTÍCIAS
- Rancho “Cerejeiras de Fetais” recebeu diploma de filiação na Federação do Folclore Português
- Rancho Camponeses de Riachos assinalou 52.º aniversário com festa e convívio
- Presidente da República e Primeiro Ministro receberam cantadores das Janeiras
- Rancho da Casa do Povo de Tábua mantém a tradição da Cantata das Janeiras
- Grupo de Danças e Cantares de Serzedo canta as Janeiras
- Encontro de Reisadas em Oliveira Santa Maria
- Os Reis não chegaram este ano a Coimbra
- Águeda: público rendeu-se ao musical ‘Numa Noite de Natal’
- Lisboa: Cantigas aos Reis e ao Menino ecoaram na Igreja da Graça
- Cancioneiro de Cantanhede levou “Cantares de Natal” a Passos de Silgueiros e Póvoa da Lomba
- Rancho da Casa do Povo de Ílhavo recebe sede como prenda de aniversário
- Rancho da Correlhã deu início às comemorações das Bodas de Ouro
- Águeda na BTL com o Eiranças
- Espectáculos de folclore geraram receitas de 567 mil euros em 2008
- Câmara de Santarém apoia Festival de Folclore Celestino Graça
- Festival Internacional de Folclore de Almeirim já em preparação
- Brasil: Traços típicos da cultura popular portuguesa no Carnaval de S. Paulo
OPINIÃO
O Congresso de Guimarães e o amanhã, por: Mário Nunes (Historiador)
Crónica Beirã - Do Natal aos Reis em terras do Alto do Paiva, por Jorge Oliveira Pinto
SECÇÕES
Esfinge – Menoridade intelectual , por: Dr. Aurélio Lopes
Tradição / Inovação - O medo das palavras, por: eng.º Manuel Farias
* PORQUE NÃO TE CALAS?
* FOI NOTÍCIA… HÁ 13 ANOS
A S S I N E
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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
TÍTULOS DA EDIÇÃO DE JANEIRO
JORNAL FOLCLORE
Rua Capelo e Ivens, 63 - 2000-039– SANTARÉM
Apartado 518 - 2000–906 SANTARÉM – E-mail: jornalfolclore@gmail.com
Telefone e Fax: 243 599 429 – TM 919126732
Bem-vindo ao Jornal Folclore on-line
N.º 167 (JANEIRO 2010)
EDITORIAL
A crendice popular está viva?
Recentemente caiu na nossa caixa de correio electrónico uma mensagem (?) que apelava ao reenvio da dita a 25 outras pessoas, no máximo em 3 horas. E uma nota do texto era deveras ameaçadora: “Isto não é brincadeira! Leste os avisos, as causas e as consequências! Se não mandares esta mensagem, a má sorte vai chegar até ti…”. E ainda profetizava: “Se fizeres isso, vais ter muito boa sorte no amor; a pessoa por quem estás atraído vai corresponder aos teus sentimentos”.
O arrazoado da mensagem aludia a desgraças – vindas sabe-se lá de onde – que caíram sobre algumas pessoas por não terem sido cumpridos certas praxes.
Um dos receptores logo correu a reenviar a assustadora mensagem aos recomendados vinte e cinco amigos. E preocupado, acrescentava: “Não sei se esta merda é assim mesmo, mas com os azares que tenho tido… reenvio”. Um claro receio de que não lhe caísse em cima uma qualquer desgraça, que poderia ser evitada graças à multiplicação da mensagem por nada menos que vinte e cinco endereços.
Estaremos na presença de um caso de velha crendice popular, do folclore espiritual que faziam acreditar nas histórias de almas penadas, de fantasmas, de figuras míticas e assombrações? Parece que sim. O temor pela desgraça que cai sobre as nossas cabeças pelo incumprimento de certos rituais, permanece vivo, i’nda que se invada de um certo irrealismo imaginário e ilusório. O que dantes era acontecimento entre as esferas populares, hoje parece estar em voga também nas camadas mais elevadas da sociedade. E quando elas não são produto de crenças tradicionais, muitas das quais assentam em arquétipos populares de séculos, são concerteza consequência do medo.
Manuel João Barbosa
NOTA EDITORIAL
O folclore e os jovens
Um milhar de jovens reuniram-se em Guimarães e durante dois dias “esmiuçaram” e debateram as questões que andam à roda da problemática da representação do folclore em mostras públicas. Contribuir para ansiadas soluções que levem ao melhor desempenho das retratações etnográficas e folclóricas pelos grupos de cariz tradicional, foi um dos itens que constituiu preocupação da assembleia de jovens folcloristas. E pelo que foi observado, a teoria de alguns ‘velhos do Restelo’ parece que se afunda perante soluções coerentes, emanadas de ideias concordantes e mentes escorreitas. Pela voz de um congressista em Guimarães a sala ouviu um grito de acusação: “Os mais velhos não deixam em muitos casos trabalhar os jovens”. A denúncia mereceu aplausos. Mas outra voz jovem bradou igualmente: “Somos folcloristas com outras convicções e talentos”. A sala de novo aplaudiu.
Se muito recentemente num colóquio realizado em Coimbra, numas Jornadas sobre etnografia e folclore, um punhado de jovens deixou claro que o “folclore condiciona as suas vidas” e contribui para o seu “enriquecimento cultural e de formação pessoal” e que o “folclore já faz parte dos seus projectos de vida”, teremos de concluir que nem só de divertimento serve a sua participação activa nos ranchos. Para além da condicionante de vida, o folclore é ainda no campo social “uma experiência muito gratificante”, onde se criam “amizades que se apertam em laços de salutar convivência”, ainda segundo o sentimento do mesmo grupo de jovens, que ficou bem expresso na jornada de Coimbra.
Em Guimarães choveram mensagens idênticas, de particular apego à causa do folclore. Mas outras preocupações emergiram da assembleia de jovens folcloristas, com relevância para uma almejada “reconstrução” do próprio movimento. Os avisos à navegação surgiram em catadupa, atirados com particular direcção a Arcozelo, local de decisão das normas que regem o próprio movimento e os promotores folclóricos. Mas foi de Arcozelo que partiu também uma mensagem encorajadora: “Vocês são a esperança deste grande movimento”, atirou o líder da Federação, que aconselhou ainda: “Que sejam os jovens a valorizar os seus grupos, dotando-os de “telhas sólidas e não permitirem que tenham telhados de vidro”.
A esperança da mudança foi perceptível entre os mil jovens presentes na jornada de Guimarães, que decerto se estende ao universo de jovens folcloristas, que de forma apaixonada integram o movimento folclórico nacional.
Os resultados da esperada mudança decerto que estarão em exame no próximo Congresso, já anunciado para dois anos após o encontro de Guimarães.
Manuel João Barbosa
DESTAQUES
Federação do Folclore Português inaugurou novas instalações
CASA NOVA
Manuel João Barbosa
Cerca de duas centenas de inveterados folcloristas e muitas representações de grupos folclóricos estiveram no dia 21 de Novembro em Arcozelo para assistirem à abertura das novas instalações da sede da Federação do Folclore Português. Associaram-se ao simbólico acto inaugural representantes das autarquias locais. Os elogios à nova infra-estrutura foram unânimes entre todos os presentes. O folclore nacional conta agora com um espaço de administração digno que o prestigia e exalta. A área agora inaugurada representa, contudo, um terço do projecto, que deixa por concluir agigantados espaços da megalómana construção.
O dia 21 de Novembro foi de romaria do folclore nacional a Arcozelo. A Federação anunciou a inauguração das novas instalações e muitos foram os folcloristas que marcaram presença. Alguns envergando os trajes tradicionais e ostentando o estandarte dos grupos que integram. As amplas instalações acabaram pequenas para receber tantos observadores.
Sem cortes de fitas, a cerimónia cingiu-se a uma sessão solene e visita às instalações com obra concluída. Outras áreas ficam a aguardar o estuque e os retoques finais para se abrirem ao público e cumprirem o que determina a memória descritiva do projecto, e cuja área total somará muitos milhares de metros quadrados.
(Desenvolvimento na edição impressa)
- Congresso Nacional reuniu um milhar de jovens em Guimarães
Jovens Folcloristas apelaram à ‘representatividade’
Manuel João Barbosa
Superou as expectativas da comissão organizadora o V Congresso Nacional de Folclore para a Juventude, que reuniu no Pavilhão Multiusos de Guimarães, mais de mil jovens, participantes activos em cerca de uma centena de grupos de folclore que se fizeram representar por um número imposto de até dez componentes. Empenhados na resolução dos problemas da representação tradicional que afectam o movimento folclórico, os jovens folcloristas deixaram alertas carregados de um vigoroso sinal SOS para situações que continuam a abastardar o folclore nacional. A organização foi da Federação do Folclore Português, coadjuvada por uma Comissão Organizadora, constituída por jovens folcloristas.
Muito entusiasmo de um punhado de jovens à volta dos trabalhos do V Congresso Nacional de Folclore para a Juventude, que decorreu nos dias 28 e 29 de Novembro, em Guimarães. Sob o tema da “Representatividade”, o Congresso discutiu e convidou à reflexão dos temas propostos pelo ‘Plano Anual de Melhoria’, que está a ser posto em prática pelos Conselhos Técnicos Regionais, e que visa uma melhoria de qualidade dos grupos de Folclore. Foram ainda abordados temas como: a formação, recolhas, trajes, música, canto e dança; as encenações levadas a cabo pelos grupos de folclore, principais aspectos positivos e desvantagens; a organização de eventos protagonizados pelos grupos, como festivais, recriações, mercados e feiras, serões, e participações nos mais variados espectáculos de natureza cultural, social e cívica. Tempo ainda intervenções livres, de debate e esclarecimento.
(Desenvolvimento na edição impressa)
- Funchal: Instrumentos Musicais do Folclore Madeirense - Workshop de formação muito participado
- Rancho “Tá-Mar”: Bodas de Diamante
- Folcloristas do Oeste participam em acção de formação
- Santarém: “O Canto Tradicional” levou a descobrir o outro folclore do Ribatejo
NOTÍCIAS
- Grupo Académico de Danças Ribatejanas recebe Medalha de Ouro da cidade de Santarém
- Grupo Recreativo da Bemposta, Bucelas, de novo o melhor CCD da Fundação INATEL
- Encontro de Charambistas no Funchal resulta em CD
- Espectáculo Etnográfico no aniversário do Grupo Típico de Castelo Branco
- Governo dos Açores contemplou o folclore em 2009 com 20 mil euros
- Concertinas tocaram na Casa do Concelho de Cinfães
- França: Grupo Etnográfico Danças e Cantares da Alta Estremadura, de La Queue en Brie comemorou aniversário
- Rancho Rosas do Lena (Batalha): 90 mil euros para actividades no corrente ano
- Rancho da Casa do Povo de Pinhal Novo em almoço de convívio
- Seminário acerca de Folclore abre caminho a Pós-graduação
- S. Martinho à moda antiga em Anta, Espinho
- Rancho Tradicional de Cinfães assinalou o 4.º aniversário
- Rancho de Vila Nova do Coito: jantar assinalou fim da época
- Folclore e tradição no aniversário do Rancho de S. João de Rio Frio
- Cantares do Ciclo Natalício S. Mamede de Infesta
- Instituto Português de Porto Alegre (Brasil) quer promover intercâmbios com grupos portugueses
- Cantadores de Janeiras e de Reis em Santa Maria da Feira
- Encontro de Janeiras no Mindelo…
- … e em Aldeia Nova, Perafita
- Grupo Folclórico de Coimbra ofereceu “Cantares Natalícios”
- Janeiras em Argoncilhe
SECÇÕES
Esfinge – Estatuto e competência, por: Dr. Aurélio Lopes
Tradição / Inovação - A antropologia veste o folclore, por: eng.º Manuel Farias
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N.º 167 (JANEIRO 2010)
EDITORIAL
A crendice popular está viva?
Recentemente caiu na nossa caixa de correio electrónico uma mensagem (?) que apelava ao reenvio da dita a 25 outras pessoas, no máximo em 3 horas. E uma nota do texto era deveras ameaçadora: “Isto não é brincadeira! Leste os avisos, as causas e as consequências! Se não mandares esta mensagem, a má sorte vai chegar até ti…”. E ainda profetizava: “Se fizeres isso, vais ter muito boa sorte no amor; a pessoa por quem estás atraído vai corresponder aos teus sentimentos”.
O arrazoado da mensagem aludia a desgraças – vindas sabe-se lá de onde – que caíram sobre algumas pessoas por não terem sido cumpridos certas praxes.
Um dos receptores logo correu a reenviar a assustadora mensagem aos recomendados vinte e cinco amigos. E preocupado, acrescentava: “Não sei se esta merda é assim mesmo, mas com os azares que tenho tido… reenvio”. Um claro receio de que não lhe caísse em cima uma qualquer desgraça, que poderia ser evitada graças à multiplicação da mensagem por nada menos que vinte e cinco endereços.
Estaremos na presença de um caso de velha crendice popular, do folclore espiritual que faziam acreditar nas histórias de almas penadas, de fantasmas, de figuras míticas e assombrações? Parece que sim. O temor pela desgraça que cai sobre as nossas cabeças pelo incumprimento de certos rituais, permanece vivo, i’nda que se invada de um certo irrealismo imaginário e ilusório. O que dantes era acontecimento entre as esferas populares, hoje parece estar em voga também nas camadas mais elevadas da sociedade. E quando elas não são produto de crenças tradicionais, muitas das quais assentam em arquétipos populares de séculos, são concerteza consequência do medo.
Manuel João Barbosa
NOTA EDITORIAL
O folclore e os jovens
Um milhar de jovens reuniram-se em Guimarães e durante dois dias “esmiuçaram” e debateram as questões que andam à roda da problemática da representação do folclore em mostras públicas. Contribuir para ansiadas soluções que levem ao melhor desempenho das retratações etnográficas e folclóricas pelos grupos de cariz tradicional, foi um dos itens que constituiu preocupação da assembleia de jovens folcloristas. E pelo que foi observado, a teoria de alguns ‘velhos do Restelo’ parece que se afunda perante soluções coerentes, emanadas de ideias concordantes e mentes escorreitas. Pela voz de um congressista em Guimarães a sala ouviu um grito de acusação: “Os mais velhos não deixam em muitos casos trabalhar os jovens”. A denúncia mereceu aplausos. Mas outra voz jovem bradou igualmente: “Somos folcloristas com outras convicções e talentos”. A sala de novo aplaudiu.
Se muito recentemente num colóquio realizado em Coimbra, numas Jornadas sobre etnografia e folclore, um punhado de jovens deixou claro que o “folclore condiciona as suas vidas” e contribui para o seu “enriquecimento cultural e de formação pessoal” e que o “folclore já faz parte dos seus projectos de vida”, teremos de concluir que nem só de divertimento serve a sua participação activa nos ranchos. Para além da condicionante de vida, o folclore é ainda no campo social “uma experiência muito gratificante”, onde se criam “amizades que se apertam em laços de salutar convivência”, ainda segundo o sentimento do mesmo grupo de jovens, que ficou bem expresso na jornada de Coimbra.
Em Guimarães choveram mensagens idênticas, de particular apego à causa do folclore. Mas outras preocupações emergiram da assembleia de jovens folcloristas, com relevância para uma almejada “reconstrução” do próprio movimento. Os avisos à navegação surgiram em catadupa, atirados com particular direcção a Arcozelo, local de decisão das normas que regem o próprio movimento e os promotores folclóricos. Mas foi de Arcozelo que partiu também uma mensagem encorajadora: “Vocês são a esperança deste grande movimento”, atirou o líder da Federação, que aconselhou ainda: “Que sejam os jovens a valorizar os seus grupos, dotando-os de “telhas sólidas e não permitirem que tenham telhados de vidro”.
A esperança da mudança foi perceptível entre os mil jovens presentes na jornada de Guimarães, que decerto se estende ao universo de jovens folcloristas, que de forma apaixonada integram o movimento folclórico nacional.
Os resultados da esperada mudança decerto que estarão em exame no próximo Congresso, já anunciado para dois anos após o encontro de Guimarães.
Manuel João Barbosa
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Federação do Folclore Português inaugurou novas instalações
CASA NOVA
Manuel João Barbosa
Cerca de duas centenas de inveterados folcloristas e muitas representações de grupos folclóricos estiveram no dia 21 de Novembro em Arcozelo para assistirem à abertura das novas instalações da sede da Federação do Folclore Português. Associaram-se ao simbólico acto inaugural representantes das autarquias locais. Os elogios à nova infra-estrutura foram unânimes entre todos os presentes. O folclore nacional conta agora com um espaço de administração digno que o prestigia e exalta. A área agora inaugurada representa, contudo, um terço do projecto, que deixa por concluir agigantados espaços da megalómana construção.
O dia 21 de Novembro foi de romaria do folclore nacional a Arcozelo. A Federação anunciou a inauguração das novas instalações e muitos foram os folcloristas que marcaram presença. Alguns envergando os trajes tradicionais e ostentando o estandarte dos grupos que integram. As amplas instalações acabaram pequenas para receber tantos observadores.
Sem cortes de fitas, a cerimónia cingiu-se a uma sessão solene e visita às instalações com obra concluída. Outras áreas ficam a aguardar o estuque e os retoques finais para se abrirem ao público e cumprirem o que determina a memória descritiva do projecto, e cuja área total somará muitos milhares de metros quadrados.
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- Congresso Nacional reuniu um milhar de jovens em Guimarães
Jovens Folcloristas apelaram à ‘representatividade’
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Superou as expectativas da comissão organizadora o V Congresso Nacional de Folclore para a Juventude, que reuniu no Pavilhão Multiusos de Guimarães, mais de mil jovens, participantes activos em cerca de uma centena de grupos de folclore que se fizeram representar por um número imposto de até dez componentes. Empenhados na resolução dos problemas da representação tradicional que afectam o movimento folclórico, os jovens folcloristas deixaram alertas carregados de um vigoroso sinal SOS para situações que continuam a abastardar o folclore nacional. A organização foi da Federação do Folclore Português, coadjuvada por uma Comissão Organizadora, constituída por jovens folcloristas.
Muito entusiasmo de um punhado de jovens à volta dos trabalhos do V Congresso Nacional de Folclore para a Juventude, que decorreu nos dias 28 e 29 de Novembro, em Guimarães. Sob o tema da “Representatividade”, o Congresso discutiu e convidou à reflexão dos temas propostos pelo ‘Plano Anual de Melhoria’, que está a ser posto em prática pelos Conselhos Técnicos Regionais, e que visa uma melhoria de qualidade dos grupos de Folclore. Foram ainda abordados temas como: a formação, recolhas, trajes, música, canto e dança; as encenações levadas a cabo pelos grupos de folclore, principais aspectos positivos e desvantagens; a organização de eventos protagonizados pelos grupos, como festivais, recriações, mercados e feiras, serões, e participações nos mais variados espectáculos de natureza cultural, social e cívica. Tempo ainda intervenções livres, de debate e esclarecimento.
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- Governo dos Açores contemplou o folclore em 2009 com 20 mil euros
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- França: Grupo Etnográfico Danças e Cantares da Alta Estremadura, de La Queue en Brie comemorou aniversário
- Rancho Rosas do Lena (Batalha): 90 mil euros para actividades no corrente ano
- Rancho da Casa do Povo de Pinhal Novo em almoço de convívio
- Seminário acerca de Folclore abre caminho a Pós-graduação
- S. Martinho à moda antiga em Anta, Espinho
- Rancho Tradicional de Cinfães assinalou o 4.º aniversário
- Rancho de Vila Nova do Coito: jantar assinalou fim da época
- Folclore e tradição no aniversário do Rancho de S. João de Rio Frio
- Cantares do Ciclo Natalício S. Mamede de Infesta
- Instituto Português de Porto Alegre (Brasil) quer promover intercâmbios com grupos portugueses
- Cantadores de Janeiras e de Reis em Santa Maria da Feira
- Encontro de Janeiras no Mindelo…
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- Grupo Folclórico de Coimbra ofereceu “Cantares Natalícios”
- Janeiras em Argoncilhe
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terça-feira, 1 de dezembro de 2009
RESUMO DA EDIÇÃO DE DEZEMBRO
JORNAL FOLCLORE
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N.º 166 (DEZEMBRO 2009)
EDITORIAL
Formação ou a falta dela
A Federação das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto do Distrito de Santarém, como estrutura descentralizada da Confederação Portuguesa das Colectividades, promoveu, no âmbito do seu Plano de Actividades, um Programa Operacional de Potencial Humano, que se traduz na formação de quadros dirigentes das colectividades suas filiadas, e abrange: Formação sobre Projectos de apoio financeiro; Formação em Projectos de Organização de eventos – Planeamento e Gestão; Formação em estratégias de Marketing; Formação em HACCP – Sensibilização para as exigências e os deveres e Formação em Técnicas Documentais – documentação administrativa. Cada acção de formação somou entre 20 e 25 horas.
Uma acção de formação é sempre útil e geradora de bons frutos. Por isso, todas as que venham serão bem vindas.
A Federação do Folclore Português reconhece a necessidade da formação aos seus agentes formadores – os conselheiros técnicos. São anunciadas acções com essa finalidade. Mas terá havido uma efectiva formação? As lacunas obrigam à interrogação, porquanto certas interpretações de alguns conselheiros sobre a representação do folclore são tão vazias de conteúdo que nos deixam essa dúvida. Ou a pedagogia tem sido falha de mensagens ou a frequência à formação foi diminuta ou mesmo nula.
O movimento folclórico merece mais.
O director
NOTA EDITORIAL
CONSELHOS AOS CONSELHEIROS
A Federação do Folclore Português (FFP) tem em curso um Plano de Melhoria que visa corrigir e disciplinar o movimento folclórico federado. As estratégias foram ratificadas numa assembleia de Conselheiros que decorreu nos dias 7 e 8 em Águeda. “Está na hora da melhoria planeada e controlada!”, diz Manuel Farias na edição de Setembro do Jornal Folclore, na sua secção Inovação/Tradição. O dirigente da FFP e mentor do projecto, que pede “humildade e disciplina dentro de cada grupo federado”, adianta que aos conselheiros técnicos “está reservado o papel maior de aplicar competência etnográfica no apoio aos grupos”. E o dirigente adianta: “As boas relações interpessoais, a cooperação e a harmonia terão de substituir a arrogância, animosidade e a rivalidade que campeia de norte a Sul, minando a cooperação entre os Conselhos Técnicos e as direcções dos grupos”.
O Plano de Melhoria, com conclusão anunciada no final do próximo ano, justifica-se pela vontade de “sanear as aberrações que batem desalmadamente com os pés nos estrados, insultando os nossos antepassados”, como condena ainda Manuel Farias, que afirma estar “seguro que não vai faltar determinação para o actual Conselho Técnico Nacional propor o afastamento destes “folclóricos” que dão razões para o insulto, servindo de exemplo lamentável”. “Alguns destes grupos são sócios efectivos da FFP”, confirma.
O projecto-guia de reciclagem do movimento folclórico federado, que, segundo o folclorista de Belazaima do Chão, “é o mais ambicioso de toda a história da Federação do Folclore Português”, já foi antes apresentado aos Núcleos Técnicos Regionais em reuniões preparatórias. A sua ratificação foi feita na reunião de Águeda. “Rigor e seriedade”, é o lema.
Desejável será que, para um bom desempenho e credibilidade do trabalho dos conselheiros e da própria Federação, os resultados se pautem, efectivamente, pelo “rigor e seriedade”. Mas também pela competência. Os critérios estão delineados. E o guia de apoio à avaliação ajuda. Mas a formação, a experiência, o saber e uma boa dose de conhecimentos, como ainda de um forte sentir das coisas da tradição, serão predicados a não descurar na avaliação dos trabalhos sujeitos a “exame”. E será desejável que entre os aconselhadores não existam desarmonias de capacidade de avaliação, como daquele técnico conselheiro quando afirma: “Eu não sei observar os defeitos de um grupo folclórico”.
Rigor e seriedade são precisos, mas também conhecimento e competência.
O director
DESTAQUES
- Federação manda conselheiros técnicos para o terreno
GRUPOS ESMIUÇADOS
Manuel João Barbosa
A Federação do Folclore Português mandou tocar a rebate e vai pôr todo o seu staff técnico no terreno. Todos os grupos filiados vão ser passados a pente-fino, com vista a eliminar de erros o movimento folclórico federado, dando cumprimento ao delineado “Plano de Melhoria”. Em reunião preparatória que decorreu durante dois dias em Águeda, e que reuniu a quase totalidade dos coordenadores conselheiros, foi pedido uma pronta execução do programa estabelecido pelo anunciado Plano. Até final do próximo ano, o processo de reciclagem do universo federado terá de estar concluído. Para Abril agenda-se o balanço do trabalho realizado durante o primeiro trimestre.
Os coordenadores dos Conselhos Técnicos Regionais da Federação do Folclore Português foram chamados a reunir em assembleia que decorreu nos dias 7 e 8 de Novembro, no Centro Social e Paroquial de Recardães (Águeda), numa organização do Conselho Técnico Nacional da Federação do Folclore Português. Agilizar estratégicas com vista a disciplinar o movimento folclórico inserido no seio da Federação foi o propósito da reunião que juntou cerca de 70 conselheiros. Preparar a redacção do guião de trabalho e afinar pontos de vista e de acção, foi o propósito da reunião, pautada pelo espírito da melhor cooperação.
(Desenvolvimento na edição impressa)
- ((En)Cantos da Minha Terra volta a encantar em Almeirim
RICARDO MÓNICA: VOZ ‘ORANTE’ DE UM FOLCLORE RELIGIOSO
Texto e fotos: Manuel João Barbosa
“Ver Almeirim com olhos de alma”, é como o padre Ricardo Mónica olha a sua terra em (En)Cantos da Minha Terra, um “projecto de amor”, como o considera o sacerdote, adiantando que com isso pretende “homenagear” quantos ao “longo de sucessivas gerações contribuíram para a memória colectiva de um povo simples e cândido”. Primeiro em registo discográfico, depois num espectáculo vivo. Dois projectos do padre-cantor, que revelam um espírito bairrista e a paixão pela cultura popular e tradicional da sua Almeirim - um estado de alma que se arrasta desde a meninice, quando criança de 5 anos começou a sapatear as modas do folclore da terra-berço, integrando grupos infantis do concelho e mais tarde o grupo adulto. O espectáculo (En)Cantos da Minha Terra entrelaça excertos da religiosidade popular de Almeirim com temas e recriações de feição tradicional. O sagrado e o profano num encandeamento feliz que pretende “estimular para uma nova mentalidade das coisas da tradição, como também despertar para outras doutrinas da própria igreja”.
Cantigas pagãs e da religiosidade popular enleiam-se em sentimentos e afectos. Ricardo Mónica assume-se como “uma voz orante” de um folclore religioso, que avoca “ténues fronteiras com o folclore pagão”, refere. Retrato de “gente que saltava a voz numa atitude de respeito e de temor”, este trabalho procura reviver pedaços de Almeirim de um passado longínquo que, embora ainda na memória, há muito se perdeu no tempo.
(Desenvolvimento na edição impressa)
- COIMBRA: JORNADAS PARA “CELEBRAR E PRESERVAR O FOLCLORE E A ETNOGRAFIA DA REGIÃO DO MONDEGO”
Manuel João Barbosa
A Associação de Folclore e Etnografia da Região do Mondego, sedeada em Coimbra, organizou mais uma edição das Jornadas de Etnografia e Folclore, chamando à prelecção um conjunto de experientes folcloristas e estudiosos da matéria tradicional popular. A iniciativa, segundo os responsáveis dirigentes da Associação, pretende “celebrar e preservar o Folclore e a Etnografia da Região do Mondego”, apostando na qualidade das intervenções dos oradores convidados, por forma a que essa “qualidade se faça sentir na representatividade dos Grupos Folclóricos” da sua região de influência, ainda na perspectiva da Associação. A sala encheu-se de folcloristas.
As Jornadas de Etnografia e Folclore, organizadas pela Associação de Folclore e Etnografia da Região do Mondego (AFERM), Coimbra, concluíram nos dias 14 e 15 de Novembro a sua XV edição. A iniciativa decorreu na Casa Municipal de Cultura e reuniu um considerável número de folcloristas, naturalmente ligados ao universo do movimento folclórico da região Beiraltina banhada pelo Mondego.
(Desenvolvimento na edição impressa)
NOTÍCIAS
- Rancho Regional de Ílhavo comemorou as Bodas de Prata
- Águeda: Ceia reuniu serranos e serranófilos em Agadão
- INATEL lança cota aos CCDs
- Grupo Folclórico de Faro convida para mais um Encontro de Cantares de Boas Festas
- Agência vende contactos de grupos estrangeiros a 50 euros
- Rancho recria apanha da azeitona em Parceiros, Leiria
- Rancho da Ribeira de Santarém promove o ‘Canto Tradicional do Ribatejo’
- Porto de Mós: Rancho Luz dos Candeeiros reúne em jantar-convívio
- Festival do Rancho de Fráguas agradou a uma vasta assistência
- Grupo Folclórico de Coimbra actuou em Toronto, no Canadá
- Rancho do Bairro de Santarém ofereceu mais uma ‘Noite de Tradição”
- Rancho de Godim promove música tradicional do Douro
- Federação inaugura instalações na nova sede
- Sobral de Monte Agraço: Encontro de Tradições homenageou o folclorista Manuel Francisco, recentemente falecido
- Falecimento: Triunfo Alves de Oliveira (Pedroso, Vila Nova de Gaia)
OPINIÃO
Em tempo de guerra não se limpam armas, por: Jorge Oliveira (Vila Nova de Paiva)
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SECÇÕES
* Esfinge
‘RAÍZES DO POVO’, pelo Dr. Aurélio Lopes
* Inovação/Tradição
O BARRETE, pelo Eng.º Manuel Farias
* PORQUE NÃO TE CALAS?
* FOI NOTÍCIA… HÁ 13 ANOS
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Bem-vindo ao Jornal Folclore on-line
N.º 166 (DEZEMBRO 2009)
EDITORIAL
Formação ou a falta dela
A Federação das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto do Distrito de Santarém, como estrutura descentralizada da Confederação Portuguesa das Colectividades, promoveu, no âmbito do seu Plano de Actividades, um Programa Operacional de Potencial Humano, que se traduz na formação de quadros dirigentes das colectividades suas filiadas, e abrange: Formação sobre Projectos de apoio financeiro; Formação em Projectos de Organização de eventos – Planeamento e Gestão; Formação em estratégias de Marketing; Formação em HACCP – Sensibilização para as exigências e os deveres e Formação em Técnicas Documentais – documentação administrativa. Cada acção de formação somou entre 20 e 25 horas.
Uma acção de formação é sempre útil e geradora de bons frutos. Por isso, todas as que venham serão bem vindas.
A Federação do Folclore Português reconhece a necessidade da formação aos seus agentes formadores – os conselheiros técnicos. São anunciadas acções com essa finalidade. Mas terá havido uma efectiva formação? As lacunas obrigam à interrogação, porquanto certas interpretações de alguns conselheiros sobre a representação do folclore são tão vazias de conteúdo que nos deixam essa dúvida. Ou a pedagogia tem sido falha de mensagens ou a frequência à formação foi diminuta ou mesmo nula.
O movimento folclórico merece mais.
O director
NOTA EDITORIAL
CONSELHOS AOS CONSELHEIROS
A Federação do Folclore Português (FFP) tem em curso um Plano de Melhoria que visa corrigir e disciplinar o movimento folclórico federado. As estratégias foram ratificadas numa assembleia de Conselheiros que decorreu nos dias 7 e 8 em Águeda. “Está na hora da melhoria planeada e controlada!”, diz Manuel Farias na edição de Setembro do Jornal Folclore, na sua secção Inovação/Tradição. O dirigente da FFP e mentor do projecto, que pede “humildade e disciplina dentro de cada grupo federado”, adianta que aos conselheiros técnicos “está reservado o papel maior de aplicar competência etnográfica no apoio aos grupos”. E o dirigente adianta: “As boas relações interpessoais, a cooperação e a harmonia terão de substituir a arrogância, animosidade e a rivalidade que campeia de norte a Sul, minando a cooperação entre os Conselhos Técnicos e as direcções dos grupos”.
O Plano de Melhoria, com conclusão anunciada no final do próximo ano, justifica-se pela vontade de “sanear as aberrações que batem desalmadamente com os pés nos estrados, insultando os nossos antepassados”, como condena ainda Manuel Farias, que afirma estar “seguro que não vai faltar determinação para o actual Conselho Técnico Nacional propor o afastamento destes “folclóricos” que dão razões para o insulto, servindo de exemplo lamentável”. “Alguns destes grupos são sócios efectivos da FFP”, confirma.
O projecto-guia de reciclagem do movimento folclórico federado, que, segundo o folclorista de Belazaima do Chão, “é o mais ambicioso de toda a história da Federação do Folclore Português”, já foi antes apresentado aos Núcleos Técnicos Regionais em reuniões preparatórias. A sua ratificação foi feita na reunião de Águeda. “Rigor e seriedade”, é o lema.
Desejável será que, para um bom desempenho e credibilidade do trabalho dos conselheiros e da própria Federação, os resultados se pautem, efectivamente, pelo “rigor e seriedade”. Mas também pela competência. Os critérios estão delineados. E o guia de apoio à avaliação ajuda. Mas a formação, a experiência, o saber e uma boa dose de conhecimentos, como ainda de um forte sentir das coisas da tradição, serão predicados a não descurar na avaliação dos trabalhos sujeitos a “exame”. E será desejável que entre os aconselhadores não existam desarmonias de capacidade de avaliação, como daquele técnico conselheiro quando afirma: “Eu não sei observar os defeitos de um grupo folclórico”.
Rigor e seriedade são precisos, mas também conhecimento e competência.
O director
DESTAQUES
- Federação manda conselheiros técnicos para o terreno
GRUPOS ESMIUÇADOS
Manuel João Barbosa
A Federação do Folclore Português mandou tocar a rebate e vai pôr todo o seu staff técnico no terreno. Todos os grupos filiados vão ser passados a pente-fino, com vista a eliminar de erros o movimento folclórico federado, dando cumprimento ao delineado “Plano de Melhoria”. Em reunião preparatória que decorreu durante dois dias em Águeda, e que reuniu a quase totalidade dos coordenadores conselheiros, foi pedido uma pronta execução do programa estabelecido pelo anunciado Plano. Até final do próximo ano, o processo de reciclagem do universo federado terá de estar concluído. Para Abril agenda-se o balanço do trabalho realizado durante o primeiro trimestre.
Os coordenadores dos Conselhos Técnicos Regionais da Federação do Folclore Português foram chamados a reunir em assembleia que decorreu nos dias 7 e 8 de Novembro, no Centro Social e Paroquial de Recardães (Águeda), numa organização do Conselho Técnico Nacional da Federação do Folclore Português. Agilizar estratégicas com vista a disciplinar o movimento folclórico inserido no seio da Federação foi o propósito da reunião que juntou cerca de 70 conselheiros. Preparar a redacção do guião de trabalho e afinar pontos de vista e de acção, foi o propósito da reunião, pautada pelo espírito da melhor cooperação.
(Desenvolvimento na edição impressa)
- ((En)Cantos da Minha Terra volta a encantar em Almeirim
RICARDO MÓNICA: VOZ ‘ORANTE’ DE UM FOLCLORE RELIGIOSO
Texto e fotos: Manuel João Barbosa
“Ver Almeirim com olhos de alma”, é como o padre Ricardo Mónica olha a sua terra em (En)Cantos da Minha Terra, um “projecto de amor”, como o considera o sacerdote, adiantando que com isso pretende “homenagear” quantos ao “longo de sucessivas gerações contribuíram para a memória colectiva de um povo simples e cândido”. Primeiro em registo discográfico, depois num espectáculo vivo. Dois projectos do padre-cantor, que revelam um espírito bairrista e a paixão pela cultura popular e tradicional da sua Almeirim - um estado de alma que se arrasta desde a meninice, quando criança de 5 anos começou a sapatear as modas do folclore da terra-berço, integrando grupos infantis do concelho e mais tarde o grupo adulto. O espectáculo (En)Cantos da Minha Terra entrelaça excertos da religiosidade popular de Almeirim com temas e recriações de feição tradicional. O sagrado e o profano num encandeamento feliz que pretende “estimular para uma nova mentalidade das coisas da tradição, como também despertar para outras doutrinas da própria igreja”.
Cantigas pagãs e da religiosidade popular enleiam-se em sentimentos e afectos. Ricardo Mónica assume-se como “uma voz orante” de um folclore religioso, que avoca “ténues fronteiras com o folclore pagão”, refere. Retrato de “gente que saltava a voz numa atitude de respeito e de temor”, este trabalho procura reviver pedaços de Almeirim de um passado longínquo que, embora ainda na memória, há muito se perdeu no tempo.
(Desenvolvimento na edição impressa)
- COIMBRA: JORNADAS PARA “CELEBRAR E PRESERVAR O FOLCLORE E A ETNOGRAFIA DA REGIÃO DO MONDEGO”
Manuel João Barbosa
A Associação de Folclore e Etnografia da Região do Mondego, sedeada em Coimbra, organizou mais uma edição das Jornadas de Etnografia e Folclore, chamando à prelecção um conjunto de experientes folcloristas e estudiosos da matéria tradicional popular. A iniciativa, segundo os responsáveis dirigentes da Associação, pretende “celebrar e preservar o Folclore e a Etnografia da Região do Mondego”, apostando na qualidade das intervenções dos oradores convidados, por forma a que essa “qualidade se faça sentir na representatividade dos Grupos Folclóricos” da sua região de influência, ainda na perspectiva da Associação. A sala encheu-se de folcloristas.
As Jornadas de Etnografia e Folclore, organizadas pela Associação de Folclore e Etnografia da Região do Mondego (AFERM), Coimbra, concluíram nos dias 14 e 15 de Novembro a sua XV edição. A iniciativa decorreu na Casa Municipal de Cultura e reuniu um considerável número de folcloristas, naturalmente ligados ao universo do movimento folclórico da região Beiraltina banhada pelo Mondego.
(Desenvolvimento na edição impressa)
NOTÍCIAS
- Rancho Regional de Ílhavo comemorou as Bodas de Prata
- Águeda: Ceia reuniu serranos e serranófilos em Agadão
- INATEL lança cota aos CCDs
- Grupo Folclórico de Faro convida para mais um Encontro de Cantares de Boas Festas
- Agência vende contactos de grupos estrangeiros a 50 euros
- Rancho recria apanha da azeitona em Parceiros, Leiria
- Rancho da Ribeira de Santarém promove o ‘Canto Tradicional do Ribatejo’
- Porto de Mós: Rancho Luz dos Candeeiros reúne em jantar-convívio
- Festival do Rancho de Fráguas agradou a uma vasta assistência
- Grupo Folclórico de Coimbra actuou em Toronto, no Canadá
- Rancho do Bairro de Santarém ofereceu mais uma ‘Noite de Tradição”
- Rancho de Godim promove música tradicional do Douro
- Federação inaugura instalações na nova sede
- Sobral de Monte Agraço: Encontro de Tradições homenageou o folclorista Manuel Francisco, recentemente falecido
- Falecimento: Triunfo Alves de Oliveira (Pedroso, Vila Nova de Gaia)
OPINIÃO
Em tempo de guerra não se limpam armas, por: Jorge Oliveira (Vila Nova de Paiva)
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