
terça-feira, 5 de maio de 2009
JORNAL FOLCLORE
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Europa: 17,5 € * Europa: 20 € * Fora da Europa¨25 €
EDIÇÃO N.º 159 (MAIO 2009)
EDITORIAL
“Democratizar” o ensino da música
O primeiro ministro anunciou durante a inauguração do Conservatório de Música do Porto, em data recente, que o Governo está apostado em “democratizar” o ensino da música, alargando-o a “cada vez mais jovens”. José Sócrates estar-se-ia a referir ao ensino da música elitista, oferecido nos Conservatórios, que, aliás confirmou: “O Governo está a fazer um enorme investimento nos cinco conservatórios de música públicos, com a construção de raiz de novos edifícios para os do Porto e Coimbra e a modernização dos de Lisboa, Aveiro e Braga”. Se dúvidas houvesse elas foram desde logo eliminadas. Logo peca por falta de verdade a propalada “democratização” do ensino da música.
Fica por explicar a razão porque não chega a anunciada democratização do ensino musical a outros centros, como as inúmeras escolas de música que integram o movimento associativo cultural do País, e nomeadamente aquelas que estão no seio dos grupos de folclore? Estes espaços de aprendizagem, estando a formar milhares de novos músicos, constituem ao mesmo tempo lugares de sociabilidade e de convívio, que o Estado deveria reconhecer como centros de formação e de civilidade.
Parece-nos que também por aqui o Estado andará desatento.
NOTA EDITORIAL
O Dia Nacional do Folclore
A Federação do Folclore Português estabeleceu, de há uns anos a esta parte, o último domingo de Maio como o Dia Nacional do Folclore. Não se tendo verificado, nos últimos anos, a realização de iniciativas que de alguma forma assinalassem a data, regista-se com agrado a comemoração do Dia Nacional do Folclore este ano, com a realização de um evento festivo que decorrerá na cidade de Espinho.
A nível mundial o Dia do Folclore é assinalado em inúmeros países em Agosto. A iniciativa tem em vista homenagear o inglês William John Thoms, nascido a 22 de Agosto de 1846, criador da palavra “folclore”. No Brasil o Dia Nacional do Folclore é comemorado a 22 de Agosto, e foi instituído por um decreto federal em 1965. Em alguns estados brasileiros, a data é assinalada durante cerca de um mês, e Agosto é tido como o mês do folclore. Em todos os Estados brasileiros são desenvolvidas centenas de actividades à volta do folclore e nas Escolas e instituições são realizados vários trabalhos pedagógicos sobre o tema. A própria comunidade é particularmente envolvente em várias iniciativas de cariz popular. O Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, no Rio de Janeiro, (uma estrutura administrativa do Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional do Ministério da Cultura), sempre assinala especialmente o Dia Nacional do Folclore, com uma programação elaborada especialmente para a data.
Por cá, parece que as coisas querem sair da letargia dos anos anteriores, e alguma coisa vai acontecer para assinalar a data. O folclore português – o único no mundo que se representa imbuído na raiz tradicional – merecerá ser considerado no seu Dia Nacional, como acontece em muitas partes do mundo. Se não houver intenção de homenagear o arqueólogo inglês, que seja em tributo ao próprio folclore. E cabe à Federação do Folclore Português assumir qualquer iniciativa, ainda que de forma simbólica, promovendo a realização de eventos evocativos da data.
Espera-se que a manifestação do folclore nacional, que vai acontecer em Espinho no dia 31 de Maio, se revele importante e de excepcional impacto. E que possa servir, quanto mais não seja, para acordar as mentes adormecidas da nossa estrutura governamental.
DESTAQUES
62 ranchos dançam num mega Festival
Vila Franca de Xira recebe festa do folclore nacional
A cidade de Vila Franca de Xira é anfitriã de um grande encontro do folclore nacional. A típica cidade ribatejana recebe no dia 31 de Maio mais de sessenta grupos folclóricos, que rumarão de diversificadas regiões do País. A iniciativa tem o patrocínio da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e vai decorrer no Parque Urbano do Cevadeiro. A organização é do programa ‘O Povo a Cantar’, da Rádio Íris, emitido semanalmente aos domingos entre as 7 e as 13 horas.
O programa ‘O Povo a Cantar’ foi idealizado há quinze anos com o objectivo de divulgar a música folclórica gravada pelos inúmeros grupos da região da Lezíria ribatejana. Esse desígnio regional alargou-se nos últimos anos ao folclore de todo o País, fazendo ouvir o folclore de outras regiões, que extravasam as ondas da Íris. Também, por força das novas tecnologias, a emissão do programa passou a ter audição alargada, com ligação à Internet, contando a partir de então com audiência em inúmeras partes do País e do mundo.
Manuel João Barbosa
O Parque Urbano do Cevadeiro, em Vila Franca de Xira, junto à praça de Touros, vai engalanar-se no dia 31 de Maio para receber cerca de sessenta grupos folclóricos, representativos de variadas zonas etnográficas de todo o País. A iniciativa é do programa radiofónico ‘O Povo a Cantar’, que integra a programação da Rádio Íris, com estúdios em Samora Correia. É emitido semanalmente aos domingos, entre as 7 e as 13 horas.
(Desenvolvimento na edição impressa)
Carga fiscal pode vir a abater-se sobre a actividade folclórica
Alguma sensibilidade dos trabalhadores da administração fiscal pelas precárias condições económicas do associativismo folclórico, tem feito esquecer o cumprimento das regras contributivas a que se obriga qualquer associação ou colectividade, cobradora de dinheiros por serviços prestados e bens comercializados, como a exploração de bares nos seus espaços sociais. Mas uma sedenta determinação da governança fiscal na cobrança de impostos pode vir a provocar uma verdadeira hecatombe nas magras finanças dos grupos de folclore.
Manuel João Barbosa
São vários os caminhos que poderão levar a administração fiscal à tributação de impostos aos grupos de folclore, enquanto associações cobradoras de serviços prestados (actuações remuneradas), recebedoras de subsídios oficiais e particulares e de bens comercializados (a exploração de bares). Quando acabar o estado de graça a que os diligentes oficiais contemplaram as associações folclóricas, muitas brechas vão ser abertas nos cofres dos grupos folclóricos, abatendo-se sobre os já parcos rendimentos que pingam a actividade cultural e social que desenvolvem.
(Desenvolvimento na edição impressa)
NOTÍCIAS
- Óscar Mundial do Folclore distingue duas personalidades de Portugal
- Nazaré: Festival do Rancho Tá-Mar” ao som do canto das ondas
- Tarde de folclore animou Festas de Constância
- Bolo de Ançã em processo de certificação e registo da marca
- Rancho de Fânzeres comemorou o 30.º aniversário
- Gastronomia popular da Glória do Ribatejo regala com os petiscos de antigamente
- Rancho Tradicional de Cinfães divulga actividades
- Rancho Típico de Alvorge festejou as Bodas de Prata
- Festival de folclore Ibérico em Andorra
- Grupo Etnográfico de Lorvão comemora aniversário
- Mindelo vai receber Encontro de Tocadores de Concertina e Cantadores ao Desafio
- Grupo Folclórico Santo André de Lever em França
- Grupo de Galegos Santa Maria recebeu instrumentos musicais
- Etnográfico de Macinhata do Vouga vai comemorar 20.º aniversário
- Algueirão: Grupo As Florinhas do Alto Minho organizam Festival de Tocadores de Concertina
- Tocadores de concertina e cantadores ao desafio em Santa Maria da Feira
- Encontro de Cantares da Quaresma em Cantanhede reuniu grupos populares da região
- Os Martírios de Cristo foram revividos na Boidobra
- Arzila ouviu cantar “Os Martírios do Senhor”
- Michel Giacometti, o etnomusicólogo quase esquecido
- Festa do Folclore do Minho mostra-se em Lisboa
- Exposição Nacional do Trajo ao Vivo é dia 16 de Maio em Tomar
- Dia Nacional do Folclore Português comemora-se em Espinho no dia 31 de Maio
- Rancho Folclórico da Correlhã com novo espaço social
- Arraial de folclore festeja aniversário do Grupo Etnográfico de Alverca
- Feira dos Lázaros, em Coimbra, promoveu a doçaria tradicional
- Grupo Etnográfico da Região de Coimbra recriou a Festa da Arrufada
- Grupo Regional de Moreira da Maia prepara comemorações das Bodas de Diamante
- Grupo Folclórico das Lavradeiras da Meadela assinala 75.º aniversário
- Santarém: Centro Nacional de Exposições recebe o folclore nacional
- Coruche: Rancho da Fajarda organizou noite de Fado e Fandango
- Espectáculo de música popular em Mourisca do Vouga
OPINIÃO
A nós o que é nosso...mas reinventando
SECÇÕES
Inovação / Tradição - Festivais, fonte de receita – Por: Eng. Manuel Farias
FESTIVAIS
Realizações no mês de Maio
CORPOS GERENTES
- Rancho Folclórico do Vale de Santarém
- Associação Grupo dos Amigos de Loulé - Rancho Folclórico Infantil e Juvenil de Loulé
CARTAS AO DIRECTOR
PORQUE NÃO TE CALAS?
FOI NOTÍCIA… HÁ 13 ANOS
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EDITORIAL
“Democratizar” o ensino da música
O primeiro ministro anunciou durante a inauguração do Conservatório de Música do Porto, em data recente, que o Governo está apostado em “democratizar” o ensino da música, alargando-o a “cada vez mais jovens”. José Sócrates estar-se-ia a referir ao ensino da música elitista, oferecido nos Conservatórios, que, aliás confirmou: “O Governo está a fazer um enorme investimento nos cinco conservatórios de música públicos, com a construção de raiz de novos edifícios para os do Porto e Coimbra e a modernização dos de Lisboa, Aveiro e Braga”. Se dúvidas houvesse elas foram desde logo eliminadas. Logo peca por falta de verdade a propalada “democratização” do ensino da música.
Fica por explicar a razão porque não chega a anunciada democratização do ensino musical a outros centros, como as inúmeras escolas de música que integram o movimento associativo cultural do País, e nomeadamente aquelas que estão no seio dos grupos de folclore? Estes espaços de aprendizagem, estando a formar milhares de novos músicos, constituem ao mesmo tempo lugares de sociabilidade e de convívio, que o Estado deveria reconhecer como centros de formação e de civilidade.
Parece-nos que também por aqui o Estado andará desatento.
NOTA EDITORIAL
O Dia Nacional do Folclore
A Federação do Folclore Português estabeleceu, de há uns anos a esta parte, o último domingo de Maio como o Dia Nacional do Folclore. Não se tendo verificado, nos últimos anos, a realização de iniciativas que de alguma forma assinalassem a data, regista-se com agrado a comemoração do Dia Nacional do Folclore este ano, com a realização de um evento festivo que decorrerá na cidade de Espinho.
A nível mundial o Dia do Folclore é assinalado em inúmeros países em Agosto. A iniciativa tem em vista homenagear o inglês William John Thoms, nascido a 22 de Agosto de 1846, criador da palavra “folclore”. No Brasil o Dia Nacional do Folclore é comemorado a 22 de Agosto, e foi instituído por um decreto federal em 1965. Em alguns estados brasileiros, a data é assinalada durante cerca de um mês, e Agosto é tido como o mês do folclore. Em todos os Estados brasileiros são desenvolvidas centenas de actividades à volta do folclore e nas Escolas e instituições são realizados vários trabalhos pedagógicos sobre o tema. A própria comunidade é particularmente envolvente em várias iniciativas de cariz popular. O Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, no Rio de Janeiro, (uma estrutura administrativa do Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional do Ministério da Cultura), sempre assinala especialmente o Dia Nacional do Folclore, com uma programação elaborada especialmente para a data.
Por cá, parece que as coisas querem sair da letargia dos anos anteriores, e alguma coisa vai acontecer para assinalar a data. O folclore português – o único no mundo que se representa imbuído na raiz tradicional – merecerá ser considerado no seu Dia Nacional, como acontece em muitas partes do mundo. Se não houver intenção de homenagear o arqueólogo inglês, que seja em tributo ao próprio folclore. E cabe à Federação do Folclore Português assumir qualquer iniciativa, ainda que de forma simbólica, promovendo a realização de eventos evocativos da data.
Espera-se que a manifestação do folclore nacional, que vai acontecer em Espinho no dia 31 de Maio, se revele importante e de excepcional impacto. E que possa servir, quanto mais não seja, para acordar as mentes adormecidas da nossa estrutura governamental.
DESTAQUES
62 ranchos dançam num mega Festival
Vila Franca de Xira recebe festa do folclore nacional
A cidade de Vila Franca de Xira é anfitriã de um grande encontro do folclore nacional. A típica cidade ribatejana recebe no dia 31 de Maio mais de sessenta grupos folclóricos, que rumarão de diversificadas regiões do País. A iniciativa tem o patrocínio da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e vai decorrer no Parque Urbano do Cevadeiro. A organização é do programa ‘O Povo a Cantar’, da Rádio Íris, emitido semanalmente aos domingos entre as 7 e as 13 horas.
O programa ‘O Povo a Cantar’ foi idealizado há quinze anos com o objectivo de divulgar a música folclórica gravada pelos inúmeros grupos da região da Lezíria ribatejana. Esse desígnio regional alargou-se nos últimos anos ao folclore de todo o País, fazendo ouvir o folclore de outras regiões, que extravasam as ondas da Íris. Também, por força das novas tecnologias, a emissão do programa passou a ter audição alargada, com ligação à Internet, contando a partir de então com audiência em inúmeras partes do País e do mundo.
Manuel João Barbosa
O Parque Urbano do Cevadeiro, em Vila Franca de Xira, junto à praça de Touros, vai engalanar-se no dia 31 de Maio para receber cerca de sessenta grupos folclóricos, representativos de variadas zonas etnográficas de todo o País. A iniciativa é do programa radiofónico ‘O Povo a Cantar’, que integra a programação da Rádio Íris, com estúdios em Samora Correia. É emitido semanalmente aos domingos, entre as 7 e as 13 horas.
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Carga fiscal pode vir a abater-se sobre a actividade folclórica
Alguma sensibilidade dos trabalhadores da administração fiscal pelas precárias condições económicas do associativismo folclórico, tem feito esquecer o cumprimento das regras contributivas a que se obriga qualquer associação ou colectividade, cobradora de dinheiros por serviços prestados e bens comercializados, como a exploração de bares nos seus espaços sociais. Mas uma sedenta determinação da governança fiscal na cobrança de impostos pode vir a provocar uma verdadeira hecatombe nas magras finanças dos grupos de folclore.
Manuel João Barbosa
São vários os caminhos que poderão levar a administração fiscal à tributação de impostos aos grupos de folclore, enquanto associações cobradoras de serviços prestados (actuações remuneradas), recebedoras de subsídios oficiais e particulares e de bens comercializados (a exploração de bares). Quando acabar o estado de graça a que os diligentes oficiais contemplaram as associações folclóricas, muitas brechas vão ser abertas nos cofres dos grupos folclóricos, abatendo-se sobre os já parcos rendimentos que pingam a actividade cultural e social que desenvolvem.
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NOTÍCIAS
- Óscar Mundial do Folclore distingue duas personalidades de Portugal
- Nazaré: Festival do Rancho Tá-Mar” ao som do canto das ondas
- Tarde de folclore animou Festas de Constância
- Bolo de Ançã em processo de certificação e registo da marca
- Rancho de Fânzeres comemorou o 30.º aniversário
- Gastronomia popular da Glória do Ribatejo regala com os petiscos de antigamente
- Rancho Tradicional de Cinfães divulga actividades
- Rancho Típico de Alvorge festejou as Bodas de Prata
- Festival de folclore Ibérico em Andorra
- Grupo Etnográfico de Lorvão comemora aniversário
- Mindelo vai receber Encontro de Tocadores de Concertina e Cantadores ao Desafio
- Grupo Folclórico Santo André de Lever em França
- Grupo de Galegos Santa Maria recebeu instrumentos musicais
- Etnográfico de Macinhata do Vouga vai comemorar 20.º aniversário
- Algueirão: Grupo As Florinhas do Alto Minho organizam Festival de Tocadores de Concertina
- Tocadores de concertina e cantadores ao desafio em Santa Maria da Feira
- Encontro de Cantares da Quaresma em Cantanhede reuniu grupos populares da região
- Os Martírios de Cristo foram revividos na Boidobra
- Arzila ouviu cantar “Os Martírios do Senhor”
- Michel Giacometti, o etnomusicólogo quase esquecido
- Festa do Folclore do Minho mostra-se em Lisboa
- Exposição Nacional do Trajo ao Vivo é dia 16 de Maio em Tomar
- Dia Nacional do Folclore Português comemora-se em Espinho no dia 31 de Maio
- Rancho Folclórico da Correlhã com novo espaço social
- Arraial de folclore festeja aniversário do Grupo Etnográfico de Alverca
- Feira dos Lázaros, em Coimbra, promoveu a doçaria tradicional
- Grupo Etnográfico da Região de Coimbra recriou a Festa da Arrufada
- Grupo Regional de Moreira da Maia prepara comemorações das Bodas de Diamante
- Grupo Folclórico das Lavradeiras da Meadela assinala 75.º aniversário
- Santarém: Centro Nacional de Exposições recebe o folclore nacional
- Coruche: Rancho da Fajarda organizou noite de Fado e Fandango
- Espectáculo de música popular em Mourisca do Vouga
OPINIÃO
A nós o que é nosso...mas reinventando
SECÇÕES
Inovação / Tradição - Festivais, fonte de receita – Por: Eng. Manuel Farias
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CARTAS AO DIRECTOR
PORQUE NÃO TE CALAS?
FOI NOTÍCIA… HÁ 13 ANOS
terça-feira, 31 de março de 2009
TITULOS DA EDIÇÃO DE ABRIL
JORNAL FOLCLORE
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Europa: 17,5 € * Europa: 20 € * Fora da Europa¨25 €
EDIÇÃO N.º 158 (ABRIL 2009)
EDITORIAL
A ajuda francesa
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou recentemente medidas estruturais para reformar e modernizar a imprensa escrita, que atravessa graves dificuldades. O presidente anunciou que será oferecida a assinatura gratuita de jornais impressos (diários ou não) aos jovens franceses de 18 anos. O objectivo é criar nos mais novos hábitos de leitura. Os apoios estão orçamentados em 200 milhões de euros/ano.
As ajudas financeiras à imprensa escrita que o Governo francês acaba de anunciar, trazem alguma esperança a boa parte dos jornais, que a conjuntura arrastou para uma gravíssima situação económica. É conhecida a débil situação financeira da imprensa, até dos grandes grupos editores, trazida por circunstâncias várias, da limitação de publicidade à quebra de vendas.
Por cá, mantém-se o alheamento às dificuldades que a imprensa atravessa. As publicações definham e agravam dia a dia uma já precária existência. As ajudas estatais ao porte dos Correios para os jornais vendidos por assinatura reduzem-se cada ano. E caminham para a extinção total. Sem as ajudas aos portes, o custo da assinatura terá de sofrer inevitáveis agravamentos, que a seu tempo se tornarão insuportáveis para o subscritor.
Em devido tempo o governo anunciou a oferta de assinaturas às Associações portuguesas sedeadas no estrangeiro, e foram várias as que subscreveram a assinatura do Jornal Folclore. Mas foi sol de pouca dura. Até esse pequeno apoio se esfumou.
O Director
NOTA EDITORIAL
O número certo
Inventariámos – uma vez mais – o movimento folclórico nacional. Concluiu-se que o número de grupos e ranchos de folclore em actividade no País – continente e Ilhas – continua a não ultrapassar muito os mil e setecentos grupos. Recordemos que em 2002 fizemos o primeiro inventário com o absoluto rigor dos números, tendo para tal o indispensável apoio das câmaras municipais do território nacional. O número encontrado foi de 1.717 grupos. Na altura propalava-se que existiriam em Portugal cerca de três mil agrupamentos. O número terá saído de uma sondagem da Universidade Nova de Lisboa, onde se terá concluído da existência de tão expressiva quantidade de formações folclóricas. Ao que apurámos, a pesquisa da instituição universitária terá incluído no rol uma significativa lista de conjuntos de cariz recreativo, que não apenas grupos de expressão tradicional (folclóricos).
Um novo percurso por todas as autarquias do País, realizado entre Janeiro e Março, confirmou o número encontrado em 2002, com ligeiras alterações nalguns concelhos e mais acentuadas noutros. Entre as novas formações e as que cessaram a actividade, o total encontrado agora – 1744 – não difere substancialmente daquele que encontrámos sete anos atrás.
Continuamos a ser o País do mundo onde a actividade folclórica se desenvolve mais intensamente. O rectângulo nacional e as suas Ilhas Insulares da Madeira e dos Açores, superam em muito o número de agrupamentos existentes em países com uma superfície incomensuravelmente maior. Os benefícios para a representação de tão desmedida quantidade de grupos e ranchos de folclore estão ainda por apurar. Mas sempre adiantamos que o benefício para o grande movimento seria superior se houvesse um maior entendimento do papel que cabe desempenhar a um grupo folclórico. Convenhamos que a retratação dos aspectos culturais tradicionais continua sobremaneira mal compreendida pelos responsáveis de uma parte dos grupos activos. Nalguns casos os factos folclóricos – aquilo que foi usual entre as comunidades num tempo necessariamente recuado – passam ao lado do trabalho que alguns grupos mostram, porque sempre descuidaram as necessárias acções de recolha dos elementos-base que obrigatoriamente devem estar presentes na formação do conjunto, se se quer representativo do seu folclore.
O Director
DESTAQUES
Recenseámos o movimento folclórico nacional
A mancha folclórica do País
Mil setecentos e quarenta grupos e ranchos de folclore constituem o universo da representação folclórica nacional
A mancha folclórica do País está uma vez mais delineada pelo trabalho acabado de desenvolver pelo nosso Jornal, que decorreu ao longo dos primeiros meses do corrente ano. Em 2002 trouxemos a mesma realidade às páginas do jornal, resultado de um idêntico trabalho. Para a realização do presente levantamento, foram inquiridas todas as câmaras municipais do País, que nos deram informação dos grupos etnográficos em actividade nos seus concelhos. Está desta forma actualizada mancha da representação folclórica nacional. Há no País mais 35 novos grupos, relativamente a 2002.
Um inquérito acabado de realizar pelo nosso Jornal junto de todas as autarquias do país, conclui que estão em actividade, em todo o território nacional, 1.744 grupos e ranchos de folclore. Entre Janeiro e Março realizámos um inquérito nacional para apurar a exacta realidade do movimento folclórico em todo o país. Concluímos assim que o número de grupos e ranchos de folclore, incluindo os grupos corais tradicionais, não chega aos dois milhares, contrariando os números inflacionados, que sempre apontam para cerca de três mil grupos. A realidade uma vez mais dá-nos conta de um número bastante inferior.
(Desenvolvimento na edição impressa)
Por: Manuel João Barbosa
REPORTAGENS
- Salvaguarda e valorização do património cultural popular. Seminário na Golegã tratou de etnografia e comunicação
O CESPOGA – Centro de Estudos Politécnicos da Golegã, promoveu na Golegã um Seminário sobre a investigação etnográfica e comunicação. “Abordar de forma preliminar uma matéria de interesse cultural que, indiscutivelmente, possui implicações no modelo de desenvolvimento local e regional” foi o objectivo da iniciativa dos promotores. Estudiosos desenvolveram a temática sobre os “conceitos do folclore, da cultura, investigação e desenvolvimento” situando-os no “contexto da própria área regional onde a acção teve lugar”.
“Ligar a Cultura Popular e o Folclore à Academia; Incentivar a produção e divulgação do conhecimento sobre o Folclore e criar uma linha de trabalho sobre Folclore na Oficina de Cultura Popular” afecta ao Centro de Estudos Politécnicos da Golegã (CESPOGA), foram os objectivos que presidiram à realização do Seminário que decorreu no dia 20 de Março, na Golegã. Sobre o tema “Investigação Etnográfica e Comunicação”, a iniciativa rodeou-se de propósitos bem definidos sobre a “abordagem a uma matéria de interesse cultural”, como é a cultura popular e o Folclore.
(Desenvolvimento na edição impressa)
Por: Manuel João Barbosa
Glória do Ribatejo homenageou os últimos cingeleiros
Ouvir histórias de vidas, para memória futura
Eram à volta de trezentos os cingeleiros da Glória do Ribatejo na década de cinquenta. Agrários que trabalhavam por conta própria, donos de juntas de vacas e carros que laboravam nas lavra das terras, nas sementeiras e no transporte de lenha e cortiça, desde o Alentejo até ao rio Tejo. Chamavam-lhes por isso, o “comboio da Glória”. E dizia-se que “conheciam o mundo”, porque “iam à borda do mar” (margem do Tejo). Os últimos cingeleiros vivos da Glória foram homenageados pelo Rancho da Casa do Povo local, que aproveitando o tributo aos seus rurais, registou algumas histórias das suas vidas, tidas como “documentos inestimáveis da história de um povo”, segundo a Dr.ª Rita Pote, dirigente do rancho organizador da iniciativa.
A uma junta de bois chamavam-lhe “cingel”. Daí o seu dono ser designado por “cingeleiro”. Os cingeleiros constituíram um agregado especial entre a comunidade gloriana, como afirma Rita Pote, pesquisadora dos aspectos culturais e tradicionais da Glória do Ribatejo, onde nasceu e vive.
(Desenvolvimento na edição impressa)
Por: Manuel João Barbosa
Rancho da Golegã encenou um interessante espectáculo de Fados e Fadinhos
NOTÍCIAS
- Rancho Ceifeiras e Campinos de Azambuja comemora 52 anos em festa pública
- Rancho do Cartaxo promove ‘Noite Castiça’
- Rancho Luz dos Candeeiros lança novo CD e organiza jantar-convívio
- Festival assinalou 51 anos do Rancho “Fazendeiros de Montemor-o-Novo”
- Etnográfico Danças e Cantares do Minho confraternizou num restaurante em Coruche
- Adufeiras de Monsanto no Encontro de Tocadores “Tocar de Ouvido” que decorre em Évora
- Rancho de Benfica do Ribatejo comemora aniversário com folclore de Timor e Angola
- O traje tradicional em exposição no Museu Municipal de Mafra
- Fundação INATEL contempla 630 Centros de Cultura e Desporto
- Associação de Santo Tirso promove oficinas de música, canto e instrumentos tradicionais
- Em Arzila reviveu-se o “Serramento da Velha”
- Rancho Folclórico de Godim arrancou com escola de música
- Brasil: folclore no programa de apoio à cultura popular
- Serão de Cultura Popular em Coimbra Integrado na Semana Cultural da Universidade
- Malhada do Milho em Vilar do Paraíso
- Casa do Minho organiza Pascoela e Encontro de Tocadores de Concertinas
OPINIÃO
- Os jovens no folclore e na etnografia. Pelo Dr. Mário Nunes
- Dançar em meias. Por João Moreira
SECÇÕES:
Inovação / Tradição
Identidade – a personalidade dos povos . Pelo Engº. Manuel Farias
Esfinge
O sindroma da ignorância - Pelo Dr. Aurélio Lopes
Foi notícia… este mês, há treze anos
FESTIVAIS
DISCOGRAFIA
CARTAS AO DIRECTOR
“Informação positiva, que nos ensine…”
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PLANOS DE ACTIVIDADE
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Europa: 17,5 € * Europa: 20 € * Fora da Europa¨25 €
EDIÇÃO N.º 158 (ABRIL 2009)
EDITORIAL
A ajuda francesa
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou recentemente medidas estruturais para reformar e modernizar a imprensa escrita, que atravessa graves dificuldades. O presidente anunciou que será oferecida a assinatura gratuita de jornais impressos (diários ou não) aos jovens franceses de 18 anos. O objectivo é criar nos mais novos hábitos de leitura. Os apoios estão orçamentados em 200 milhões de euros/ano.
As ajudas financeiras à imprensa escrita que o Governo francês acaba de anunciar, trazem alguma esperança a boa parte dos jornais, que a conjuntura arrastou para uma gravíssima situação económica. É conhecida a débil situação financeira da imprensa, até dos grandes grupos editores, trazida por circunstâncias várias, da limitação de publicidade à quebra de vendas.
Por cá, mantém-se o alheamento às dificuldades que a imprensa atravessa. As publicações definham e agravam dia a dia uma já precária existência. As ajudas estatais ao porte dos Correios para os jornais vendidos por assinatura reduzem-se cada ano. E caminham para a extinção total. Sem as ajudas aos portes, o custo da assinatura terá de sofrer inevitáveis agravamentos, que a seu tempo se tornarão insuportáveis para o subscritor.
Em devido tempo o governo anunciou a oferta de assinaturas às Associações portuguesas sedeadas no estrangeiro, e foram várias as que subscreveram a assinatura do Jornal Folclore. Mas foi sol de pouca dura. Até esse pequeno apoio se esfumou.
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NOTA EDITORIAL
O número certo
Inventariámos – uma vez mais – o movimento folclórico nacional. Concluiu-se que o número de grupos e ranchos de folclore em actividade no País – continente e Ilhas – continua a não ultrapassar muito os mil e setecentos grupos. Recordemos que em 2002 fizemos o primeiro inventário com o absoluto rigor dos números, tendo para tal o indispensável apoio das câmaras municipais do território nacional. O número encontrado foi de 1.717 grupos. Na altura propalava-se que existiriam em Portugal cerca de três mil agrupamentos. O número terá saído de uma sondagem da Universidade Nova de Lisboa, onde se terá concluído da existência de tão expressiva quantidade de formações folclóricas. Ao que apurámos, a pesquisa da instituição universitária terá incluído no rol uma significativa lista de conjuntos de cariz recreativo, que não apenas grupos de expressão tradicional (folclóricos).
Um novo percurso por todas as autarquias do País, realizado entre Janeiro e Março, confirmou o número encontrado em 2002, com ligeiras alterações nalguns concelhos e mais acentuadas noutros. Entre as novas formações e as que cessaram a actividade, o total encontrado agora – 1744 – não difere substancialmente daquele que encontrámos sete anos atrás.
Continuamos a ser o País do mundo onde a actividade folclórica se desenvolve mais intensamente. O rectângulo nacional e as suas Ilhas Insulares da Madeira e dos Açores, superam em muito o número de agrupamentos existentes em países com uma superfície incomensuravelmente maior. Os benefícios para a representação de tão desmedida quantidade de grupos e ranchos de folclore estão ainda por apurar. Mas sempre adiantamos que o benefício para o grande movimento seria superior se houvesse um maior entendimento do papel que cabe desempenhar a um grupo folclórico. Convenhamos que a retratação dos aspectos culturais tradicionais continua sobremaneira mal compreendida pelos responsáveis de uma parte dos grupos activos. Nalguns casos os factos folclóricos – aquilo que foi usual entre as comunidades num tempo necessariamente recuado – passam ao lado do trabalho que alguns grupos mostram, porque sempre descuidaram as necessárias acções de recolha dos elementos-base que obrigatoriamente devem estar presentes na formação do conjunto, se se quer representativo do seu folclore.
O Director
DESTAQUES
Recenseámos o movimento folclórico nacional
A mancha folclórica do País
Mil setecentos e quarenta grupos e ranchos de folclore constituem o universo da representação folclórica nacional
A mancha folclórica do País está uma vez mais delineada pelo trabalho acabado de desenvolver pelo nosso Jornal, que decorreu ao longo dos primeiros meses do corrente ano. Em 2002 trouxemos a mesma realidade às páginas do jornal, resultado de um idêntico trabalho. Para a realização do presente levantamento, foram inquiridas todas as câmaras municipais do País, que nos deram informação dos grupos etnográficos em actividade nos seus concelhos. Está desta forma actualizada mancha da representação folclórica nacional. Há no País mais 35 novos grupos, relativamente a 2002.
Um inquérito acabado de realizar pelo nosso Jornal junto de todas as autarquias do país, conclui que estão em actividade, em todo o território nacional, 1.744 grupos e ranchos de folclore. Entre Janeiro e Março realizámos um inquérito nacional para apurar a exacta realidade do movimento folclórico em todo o país. Concluímos assim que o número de grupos e ranchos de folclore, incluindo os grupos corais tradicionais, não chega aos dois milhares, contrariando os números inflacionados, que sempre apontam para cerca de três mil grupos. A realidade uma vez mais dá-nos conta de um número bastante inferior.
(Desenvolvimento na edição impressa)
Por: Manuel João Barbosa
REPORTAGENS
- Salvaguarda e valorização do património cultural popular. Seminário na Golegã tratou de etnografia e comunicação
O CESPOGA – Centro de Estudos Politécnicos da Golegã, promoveu na Golegã um Seminário sobre a investigação etnográfica e comunicação. “Abordar de forma preliminar uma matéria de interesse cultural que, indiscutivelmente, possui implicações no modelo de desenvolvimento local e regional” foi o objectivo da iniciativa dos promotores. Estudiosos desenvolveram a temática sobre os “conceitos do folclore, da cultura, investigação e desenvolvimento” situando-os no “contexto da própria área regional onde a acção teve lugar”.
“Ligar a Cultura Popular e o Folclore à Academia; Incentivar a produção e divulgação do conhecimento sobre o Folclore e criar uma linha de trabalho sobre Folclore na Oficina de Cultura Popular” afecta ao Centro de Estudos Politécnicos da Golegã (CESPOGA), foram os objectivos que presidiram à realização do Seminário que decorreu no dia 20 de Março, na Golegã. Sobre o tema “Investigação Etnográfica e Comunicação”, a iniciativa rodeou-se de propósitos bem definidos sobre a “abordagem a uma matéria de interesse cultural”, como é a cultura popular e o Folclore.
(Desenvolvimento na edição impressa)
Por: Manuel João Barbosa
Glória do Ribatejo homenageou os últimos cingeleiros
Ouvir histórias de vidas, para memória futura
Eram à volta de trezentos os cingeleiros da Glória do Ribatejo na década de cinquenta. Agrários que trabalhavam por conta própria, donos de juntas de vacas e carros que laboravam nas lavra das terras, nas sementeiras e no transporte de lenha e cortiça, desde o Alentejo até ao rio Tejo. Chamavam-lhes por isso, o “comboio da Glória”. E dizia-se que “conheciam o mundo”, porque “iam à borda do mar” (margem do Tejo). Os últimos cingeleiros vivos da Glória foram homenageados pelo Rancho da Casa do Povo local, que aproveitando o tributo aos seus rurais, registou algumas histórias das suas vidas, tidas como “documentos inestimáveis da história de um povo”, segundo a Dr.ª Rita Pote, dirigente do rancho organizador da iniciativa.
A uma junta de bois chamavam-lhe “cingel”. Daí o seu dono ser designado por “cingeleiro”. Os cingeleiros constituíram um agregado especial entre a comunidade gloriana, como afirma Rita Pote, pesquisadora dos aspectos culturais e tradicionais da Glória do Ribatejo, onde nasceu e vive.
(Desenvolvimento na edição impressa)
Por: Manuel João Barbosa
Rancho da Golegã encenou um interessante espectáculo de Fados e Fadinhos
NOTÍCIAS
- Rancho Ceifeiras e Campinos de Azambuja comemora 52 anos em festa pública
- Rancho do Cartaxo promove ‘Noite Castiça’
- Rancho Luz dos Candeeiros lança novo CD e organiza jantar-convívio
- Festival assinalou 51 anos do Rancho “Fazendeiros de Montemor-o-Novo”
- Etnográfico Danças e Cantares do Minho confraternizou num restaurante em Coruche
- Adufeiras de Monsanto no Encontro de Tocadores “Tocar de Ouvido” que decorre em Évora
- Rancho de Benfica do Ribatejo comemora aniversário com folclore de Timor e Angola
- O traje tradicional em exposição no Museu Municipal de Mafra
- Fundação INATEL contempla 630 Centros de Cultura e Desporto
- Associação de Santo Tirso promove oficinas de música, canto e instrumentos tradicionais
- Em Arzila reviveu-se o “Serramento da Velha”
- Rancho Folclórico de Godim arrancou com escola de música
- Brasil: folclore no programa de apoio à cultura popular
- Serão de Cultura Popular em Coimbra Integrado na Semana Cultural da Universidade
- Malhada do Milho em Vilar do Paraíso
- Casa do Minho organiza Pascoela e Encontro de Tocadores de Concertinas
OPINIÃO
- Os jovens no folclore e na etnografia. Pelo Dr. Mário Nunes
- Dançar em meias. Por João Moreira
SECÇÕES:
Inovação / Tradição
Identidade – a personalidade dos povos . Pelo Engº. Manuel Farias
Esfinge
O sindroma da ignorância - Pelo Dr. Aurélio Lopes
Foi notícia… este mês, há treze anos
FESTIVAIS
DISCOGRAFIA
CARTAS AO DIRECTOR
“Informação positiva, que nos ensine…”
PORQUE NÃO TE CALAS?
PLANOS DE ACTIVIDADE
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
titulos da edição de Março
Jornal FOLCLORE
Rua Capelo e Ivens, 63 - 2000-039– SANTARÉM
Apartado 518 2000-906 SANTARÉM – Email: jornalfolclore@gmail.com
Telefones: 243 599 429 – TM 919126732 – Fax: 243 509 464
Bem-vindo ao Jornal Folclore on-line
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Subscreva a assinatura enviando o pedido ao
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Europa: 17,5 € * Europa: 20 € * Fora da Europa¨25 €
EDIÇÃO N.º 157 (MARÇO 2009)
EDITORIAL
“Máscaras” de Carnaval
No recente Carnaval demos que alguns foliões ousaram mascararem-se com trajes tradicionais, alguns ricos de confecção e de valor patrimonial e cultural. Cremos não ser legítimo usar como “máscara” tão simbólicas vestes, que outrora constituíram uma marca cultural das comunidades de então e foram referência para quem, com orgulho as envergou. Uma máscara para diversão carnavalesca pressupõe que deva ser uma fantasia burlesca, algo cómica e caricata quanto possível. O traje tradicional fugirá a estes desígnios. Pelo menos no entendimento de quem olha positivamente as coisas da cultura popular – a etnografia.
Não querendo passar os limites do puritanismo, entendemos que o disfarce – o traje tradicional – estará desajustada à galhofa que o tempo de folguedo exige. E duvidamos que a brincadeira envolva algum sentimento de nostalgia, mas antes motivo para satirizar e mesmo de ridicularizar o próprio folclore, que às vestes se associa.
O Entrudo, sendo como se disse um tempo de folia, tem a si associados animados momentos de brincadeira e de diversão, que se compreendem e respeitam. Como se respeitam os divertimentos e fantasias mais contemporâneas.
Que se deixem para os locais certos a representação das vestes tradicionais.
O director
NOTA EDITORIAL
13 ANOS
Completam-se treze anos de publicação regular do Jornal Folclore. No dia 1 de Março de 1996 era distribuído o primeiro número. A caminhada adivinha-se difícil, ou o tema tratado, por tão cioso, não se invada de abrolhos, que algumas vezes levam ao desalento, com uma boa dose de angústia à mistura. Contudo, o percurso tem mantido um trajecto natural, que tem levado cada edição a uma periodicidade disciplinada, chegando ao leitor impreterivelmente nos primeiros dias de cada mês. Naturalmente que a proeza não se coaduna com uma série de dificuldades, provindas dos sectores de produção, quando o respectivos serviços não se integram na estrutura do próprio Jornal, como são os serviços de composição e impressão gráfica.
Tem ajudado à prossecução do projecto alguma noção da responsabilidade, que sempre tem norteado o nosso trabalho, naturalmente pelo respeito que nos merecem os leitores-assinantes, que são a base do suporte económico do Jornal. Se o trabalho que oferecemos tem tido consequências positivas, ao leitor compete avaliar. De forma conscienciosa temos procurado informar com rigor, contribuindo – julgamos – para alargar horizontes sobre o folclore e a sua representação pelos grupos tradicionais. Outrossim, cremos que cada número representa mais um registo importante da história do folclore nacional. E ninguém contestará a importância desse registo como arquivo de uma herança cultural, legada pelos antepassados. Só por isso, e se por mais não fora, pensamos que aquilo que fazemos servirá para alguma coisa.
Ao longo de treze anos a sua publicação têm-se revelado regular e pontual. Mas o futuro antevê-se negro, agravado por uma quase total ausência do indispensável apoio estatal, não obstante a existência de um programa denominado “Incentivo à Leitura” (antigo Porte Pago), que passa pela ajuda ao porte dos correios para os jornais expedidos por assinatura. O governo está a eliminar a ajuda que vinha atribuindo aos portes de correio, o que virá naturalmente a agravar o valor das assinaturas e a tornar insuportável a sua subscrição. O anúncio do encerramento de vários jornais é já notícia vulgar e boa parte labutam como peixe sem oxigénio. O principal suporte financeiro – as assinaturas – está a perder-se devido ao imperioso aumento das anuidades da subscrição. Enquanto isso, em França o Governo acaba de incluir no orçamento uma verba de 200 milhões de euros/ano para subsidiar as assinaturas dos jornais a jovens com menos de 18 anos. Trata-se, na sua acertada forma de incentivo à leitura, que tem o objectivo de estimular os jovens precisamente para a leitura de jornais. Uma medida importante no apoio aos jornais e incentivador do hábito pela leitura.
Por cá, o que reservará o futuro à comunicação social?
O director
DESTAQUES
Académicos e licenciados trocam a gravata pelo traje
Doutores e engenheiros com a paixão do folclore
Longe vai o tempo que dançar folclore era para prosaicos bailadores, porventura coisa de campónios. Mas hoje os grupos folclóricos invadem-se de universitários e de personalidades com elevados graus académicos, que ao fim de semana tiram a gravata e vestem o traje representativo do folclore da sua região. São quadros médios e superiores que assumem a gestão de grandes empresas ou são quadros responsáveis na administração de sectores de peso das mais diversificadas instituições. Engenheiros e doutores, arquitectos, advogados, e até juízes e padres ou apenas respeitosos funcionários superiores que não renegam a sua condição de modestos folcloristas. Sapiências entre os mais variados sectores da sociedade. Fazem-no com particular sentido de responsabilidade profissional. E no folclore estão com muita paixão e especial incumbência.
Manuel João Barbosa
Muitos são os folcloristas com formação académica que participam o movimento folclórico, agarrados a uma causa que os motiva desde a meninice e a adolescência. Desvalorizar a vertente da cultura popular é coisa que não admitem àqueles que ousam aviltar o folclore. E desgostam-se sempre que ouvem um qualquer responsável fazer uso de forma depreciativa do termo folclore. Exercem as mais variadas profissões superiores e abundam nas estruturas da esmagadora maioria dos grupos e ranchos de folclore. São quadros executivos médios ou superiores de importantes empresas, médicos, engenheiros, advogados, sociólogos, professores, geógrafos, psicólogos, relações internacionais, padres. (…)
(Desenvolvimento na edição impressa)
Federação reúne com núcleos técnicos regionais
Conselheiros no terreno
A Federação do Folclore Português chamou uma vez mais os coordenadores dos núcleos técnicos nacionais e apresentou o plano para reestruturação do movimento folclórico federado, um trabalho que se quer concluído até final do próximo ano. Os conselheiros técnicos terão de visitar, com a celeridade possível, os grupos membros da Federação e certificarem-se da qualidade do trabalho de representação que oferece cada um dos grupos associados. A medida tem em vista dar credibilidade à oferta do folclore que é caracterizado pelos grupos filiados, aferindo um selo de qualidade à actividade folclórica federada. “Arrumar a casa”, prometeu o presidente.
Manuel João Barbosa
Harmonizar o programa de acção dos conselheiros com vista a uma aturada avaliação representativa dos grupos filiados foi o objectivo que presidiu à reunião da direcção da Federação do Folclore Português com os coordenadores dos núcleos técnicos regionais de todo o País, e que aconteceu no dia 14 de Fevereiro em Arzila, Coimbra, centralizando no País o encontro. Aos membros técnicos foi pedido trabalho acelerado para cumprimento das metas pré-determinadas. Até 2010 o movimento folclórico federado tem de estar corrigido e disciplinado. Isto é, isento de pormenores inadequados à reprodução dos factos folclóricos. (…)
ARTIGOS RELACIONADOS:
- Batas brancas e sotainas dão lugar aos trajes
- Doutores que são pescadores e engenheiros que tratam o pastoreio
(Desenvolvimento na edição impressa)
Roubado todo o espólio do Grupo de Macinhata do Vouga
As instalações do Grupo Folclórico e Etnográfico de Macinhata do Vouga, Águeda, foram completamente espoliadas de todo o património etnográfico. Todos os trajes, alguns originais, guardados em armários, e cerca de sessenta pares de calçado de confecção artesanal, entre botas, tamancos e chinelas, foram levados pelos larápios, que ainda levaram uma aparelhagem sonora e um frigorífico, entre outro material. Pela calada da noite as instalações foram arrombadas e saqueadas. O desprezível assalto ocorreu na noite de 19 de Janeiro e ainda não há pistas dos ladrões.
Manuel João Barbosa
Estivemos na sede do Grupo Folclórico de Macinhata do Vouga poucos dias depois do ignóbil assalto ao edifício que serve de sede provisória do prestigiado grupo. O sentimento era ainda de choque entre dirigentes e componentes. No fecho da paginação da nossa edição de Fevereiro ainda pudemos inserir um pequeno texto do nosso colaborador Manuel Farias, onde se apelava à solidariedade e ao espírito da família folclórica para a eventualidade de em qualquer circunstância virem a identificar a presença de algumas das peças roubadas (…)
(Desenvolvimento na edição impressa)
REPORTAGENS
- Grupo Folclóricos da Região do Vouga apagou 40 velas
O Grupo Folclórico da Região do Vouga, de Mourisca do Vouga (Águeda), comemorou no dia 24 de Janeiro o seu 40.º aniversário. A efeméride foi evocada num restaurante da região e reuniu mais de trezentos convivas e todo o staff do grupo. Presentes também algumas entidades locais, como os representantes da Câmara Municipal de Águeda, da Junta de Freguesia da Trofa e da Federação do Folclore Português.
Manuel João Barbosa
O dia foi de relembranças do passado mas também de perspectivas para o futuro. Na passagem do 40.º aniversário, o Grupo da Região do Vouga juntou uma enorme força colectiva da comunidade de Mourisca do Vouga, que quiseram dizer presente ao seu prestigiado representante, deixando na mesa da refeição o contributo para ajudar às elevadas despesas de reconstrução do Museu Etnográfico da Região do Vouga, propriedade do Grupo de Mourisca do Vouga, e que, como informámos, está a sofrer profundas obras de reestruturação. (…)
(Desenvolvimento na edição impressa)
NOTÍCIAS
- Câmara Municipal de Faro mantém o Projecto Pedagógico de Folclore
- Braga: vereadora da cultura propõe Fecisco para a toponímia bracarense
- Grupo Semente, de Anta, cantou as Janeiras em S. João da Madeira
- Rancho de S. Pedro da Bela Vista cantou as Janeiras
- A Casa do Minho em Lisboa cantou as Janeiras
- Belazaima do Chão (Águeda) en(contra) as mimosas
- Rancho da Casa do Povo de Glória do Ribatejo vai homenagear os cingeleiros
- Santarém: Celebrada a escritura pública da Associação de Folclore do Ribatejo
- Produtores do queijo da serra queixam-se dos elevados custos da certificação
- Homenagem a Giacometti reclama a reedição da série “Povo que Canta”
- Sede do Grupo Académico de Santarém assaltada
- Assembleia geral do Rancho Rosa do Lena aprovou um voto de agradecimento ao Jornal Folclore
- Casa do Minho repete o almoço tradicional da lampreia
- Grupo Folclórico da Rinchoa organizou o Enterro do Bacalhau
- Rancho “As Paliteiras" de Chelo comemorou aniversário
- Rancho Regional de Ílhavo comemorou as Bodas de Prata
- Editora IdealVoice com larga experiência na gravação de música folclórica
- Rancho Rosas do Lena prepara comemorações do 46.º aniversário
- Águeda: Os Serranos e a formação
- Câmara Municipal de Gaia atribui subsídios
SECÇÕES
Inovação / Tradição
Esfinge
DISCOGRAFIA
- Cânticos de Natal da Região de Coimbra
- Lembranças Fotográficas
- Joaquim Santana – as minhas memórias
- Pampilhosa – Uma Terra a um Povo
- Mares d’Alma
CARTAS AO DIRECTOR
“Folclore versus “Folclore”
PORQUE NÃO TE CALAS?
PLANOS DE ACTIVIDADE
Grupo Folclórico de Faro / Rancho Folclórico Fazendeiros de Montemor-o-Novo / Rancho Folclórico e Etnográfico do Zagalho e Vale do Conde (Penacova) / Associação Rancho Folclórico de Retaxo (Castelo Branco).
CORPOS GERENTES
- Rancho Folclórico Rosas do Lena (Rebolaria, Batalha)
- Casa do Minho em Lisboa
FESTIVAIS
MARÇO
DIA 14 - Rancho Folclórico Fazendeiros de Montemor-o-Novo
A S S I N E
Jornal Folclore
Rua Capelo e Ivens, 63 - Apartado 518 2000-906 - SANTARÉM
E-mail:jornalfolclore@gmail.com
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EDIÇÃO N.º 157 (MARÇO 2009)
EDITORIAL
“Máscaras” de Carnaval
No recente Carnaval demos que alguns foliões ousaram mascararem-se com trajes tradicionais, alguns ricos de confecção e de valor patrimonial e cultural. Cremos não ser legítimo usar como “máscara” tão simbólicas vestes, que outrora constituíram uma marca cultural das comunidades de então e foram referência para quem, com orgulho as envergou. Uma máscara para diversão carnavalesca pressupõe que deva ser uma fantasia burlesca, algo cómica e caricata quanto possível. O traje tradicional fugirá a estes desígnios. Pelo menos no entendimento de quem olha positivamente as coisas da cultura popular – a etnografia.
Não querendo passar os limites do puritanismo, entendemos que o disfarce – o traje tradicional – estará desajustada à galhofa que o tempo de folguedo exige. E duvidamos que a brincadeira envolva algum sentimento de nostalgia, mas antes motivo para satirizar e mesmo de ridicularizar o próprio folclore, que às vestes se associa.
O Entrudo, sendo como se disse um tempo de folia, tem a si associados animados momentos de brincadeira e de diversão, que se compreendem e respeitam. Como se respeitam os divertimentos e fantasias mais contemporâneas.
Que se deixem para os locais certos a representação das vestes tradicionais.
O director
NOTA EDITORIAL
13 ANOS
Completam-se treze anos de publicação regular do Jornal Folclore. No dia 1 de Março de 1996 era distribuído o primeiro número. A caminhada adivinha-se difícil, ou o tema tratado, por tão cioso, não se invada de abrolhos, que algumas vezes levam ao desalento, com uma boa dose de angústia à mistura. Contudo, o percurso tem mantido um trajecto natural, que tem levado cada edição a uma periodicidade disciplinada, chegando ao leitor impreterivelmente nos primeiros dias de cada mês. Naturalmente que a proeza não se coaduna com uma série de dificuldades, provindas dos sectores de produção, quando o respectivos serviços não se integram na estrutura do próprio Jornal, como são os serviços de composição e impressão gráfica.
Tem ajudado à prossecução do projecto alguma noção da responsabilidade, que sempre tem norteado o nosso trabalho, naturalmente pelo respeito que nos merecem os leitores-assinantes, que são a base do suporte económico do Jornal. Se o trabalho que oferecemos tem tido consequências positivas, ao leitor compete avaliar. De forma conscienciosa temos procurado informar com rigor, contribuindo – julgamos – para alargar horizontes sobre o folclore e a sua representação pelos grupos tradicionais. Outrossim, cremos que cada número representa mais um registo importante da história do folclore nacional. E ninguém contestará a importância desse registo como arquivo de uma herança cultural, legada pelos antepassados. Só por isso, e se por mais não fora, pensamos que aquilo que fazemos servirá para alguma coisa.
Ao longo de treze anos a sua publicação têm-se revelado regular e pontual. Mas o futuro antevê-se negro, agravado por uma quase total ausência do indispensável apoio estatal, não obstante a existência de um programa denominado “Incentivo à Leitura” (antigo Porte Pago), que passa pela ajuda ao porte dos correios para os jornais expedidos por assinatura. O governo está a eliminar a ajuda que vinha atribuindo aos portes de correio, o que virá naturalmente a agravar o valor das assinaturas e a tornar insuportável a sua subscrição. O anúncio do encerramento de vários jornais é já notícia vulgar e boa parte labutam como peixe sem oxigénio. O principal suporte financeiro – as assinaturas – está a perder-se devido ao imperioso aumento das anuidades da subscrição. Enquanto isso, em França o Governo acaba de incluir no orçamento uma verba de 200 milhões de euros/ano para subsidiar as assinaturas dos jornais a jovens com menos de 18 anos. Trata-se, na sua acertada forma de incentivo à leitura, que tem o objectivo de estimular os jovens precisamente para a leitura de jornais. Uma medida importante no apoio aos jornais e incentivador do hábito pela leitura.
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Doutores e engenheiros com a paixão do folclore
Longe vai o tempo que dançar folclore era para prosaicos bailadores, porventura coisa de campónios. Mas hoje os grupos folclóricos invadem-se de universitários e de personalidades com elevados graus académicos, que ao fim de semana tiram a gravata e vestem o traje representativo do folclore da sua região. São quadros médios e superiores que assumem a gestão de grandes empresas ou são quadros responsáveis na administração de sectores de peso das mais diversificadas instituições. Engenheiros e doutores, arquitectos, advogados, e até juízes e padres ou apenas respeitosos funcionários superiores que não renegam a sua condição de modestos folcloristas. Sapiências entre os mais variados sectores da sociedade. Fazem-no com particular sentido de responsabilidade profissional. E no folclore estão com muita paixão e especial incumbência.
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Muitos são os folcloristas com formação académica que participam o movimento folclórico, agarrados a uma causa que os motiva desde a meninice e a adolescência. Desvalorizar a vertente da cultura popular é coisa que não admitem àqueles que ousam aviltar o folclore. E desgostam-se sempre que ouvem um qualquer responsável fazer uso de forma depreciativa do termo folclore. Exercem as mais variadas profissões superiores e abundam nas estruturas da esmagadora maioria dos grupos e ranchos de folclore. São quadros executivos médios ou superiores de importantes empresas, médicos, engenheiros, advogados, sociólogos, professores, geógrafos, psicólogos, relações internacionais, padres. (…)
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Conselheiros no terreno
A Federação do Folclore Português chamou uma vez mais os coordenadores dos núcleos técnicos nacionais e apresentou o plano para reestruturação do movimento folclórico federado, um trabalho que se quer concluído até final do próximo ano. Os conselheiros técnicos terão de visitar, com a celeridade possível, os grupos membros da Federação e certificarem-se da qualidade do trabalho de representação que oferece cada um dos grupos associados. A medida tem em vista dar credibilidade à oferta do folclore que é caracterizado pelos grupos filiados, aferindo um selo de qualidade à actividade folclórica federada. “Arrumar a casa”, prometeu o presidente.
Manuel João Barbosa
Harmonizar o programa de acção dos conselheiros com vista a uma aturada avaliação representativa dos grupos filiados foi o objectivo que presidiu à reunião da direcção da Federação do Folclore Português com os coordenadores dos núcleos técnicos regionais de todo o País, e que aconteceu no dia 14 de Fevereiro em Arzila, Coimbra, centralizando no País o encontro. Aos membros técnicos foi pedido trabalho acelerado para cumprimento das metas pré-determinadas. Até 2010 o movimento folclórico federado tem de estar corrigido e disciplinado. Isto é, isento de pormenores inadequados à reprodução dos factos folclóricos. (…)
ARTIGOS RELACIONADOS:
- Batas brancas e sotainas dão lugar aos trajes
- Doutores que são pescadores e engenheiros que tratam o pastoreio
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Roubado todo o espólio do Grupo de Macinhata do Vouga
As instalações do Grupo Folclórico e Etnográfico de Macinhata do Vouga, Águeda, foram completamente espoliadas de todo o património etnográfico. Todos os trajes, alguns originais, guardados em armários, e cerca de sessenta pares de calçado de confecção artesanal, entre botas, tamancos e chinelas, foram levados pelos larápios, que ainda levaram uma aparelhagem sonora e um frigorífico, entre outro material. Pela calada da noite as instalações foram arrombadas e saqueadas. O desprezível assalto ocorreu na noite de 19 de Janeiro e ainda não há pistas dos ladrões.
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Estivemos na sede do Grupo Folclórico de Macinhata do Vouga poucos dias depois do ignóbil assalto ao edifício que serve de sede provisória do prestigiado grupo. O sentimento era ainda de choque entre dirigentes e componentes. No fecho da paginação da nossa edição de Fevereiro ainda pudemos inserir um pequeno texto do nosso colaborador Manuel Farias, onde se apelava à solidariedade e ao espírito da família folclórica para a eventualidade de em qualquer circunstância virem a identificar a presença de algumas das peças roubadas (…)
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- Grupo Folclóricos da Região do Vouga apagou 40 velas
O Grupo Folclórico da Região do Vouga, de Mourisca do Vouga (Águeda), comemorou no dia 24 de Janeiro o seu 40.º aniversário. A efeméride foi evocada num restaurante da região e reuniu mais de trezentos convivas e todo o staff do grupo. Presentes também algumas entidades locais, como os representantes da Câmara Municipal de Águeda, da Junta de Freguesia da Trofa e da Federação do Folclore Português.
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- Braga: vereadora da cultura propõe Fecisco para a toponímia bracarense
- Grupo Semente, de Anta, cantou as Janeiras em S. João da Madeira
- Rancho de S. Pedro da Bela Vista cantou as Janeiras
- A Casa do Minho em Lisboa cantou as Janeiras
- Belazaima do Chão (Águeda) en(contra) as mimosas
- Rancho da Casa do Povo de Glória do Ribatejo vai homenagear os cingeleiros
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- Sede do Grupo Académico de Santarém assaltada
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- Rancho “As Paliteiras" de Chelo comemorou aniversário
- Rancho Regional de Ílhavo comemorou as Bodas de Prata
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- Rancho Rosas do Lena prepara comemorações do 46.º aniversário
- Águeda: Os Serranos e a formação
- Câmara Municipal de Gaia atribui subsídios
SECÇÕES
Inovação / Tradição
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- Pampilhosa – Uma Terra a um Povo
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“Folclore versus “Folclore”
PORQUE NÃO TE CALAS?
PLANOS DE ACTIVIDADE
Grupo Folclórico de Faro / Rancho Folclórico Fazendeiros de Montemor-o-Novo / Rancho Folclórico e Etnográfico do Zagalho e Vale do Conde (Penacova) / Associação Rancho Folclórico de Retaxo (Castelo Branco).
CORPOS GERENTES
- Rancho Folclórico Rosas do Lena (Rebolaria, Batalha)
- Casa do Minho em Lisboa
FESTIVAIS
MARÇO
DIA 14 - Rancho Folclórico Fazendeiros de Montemor-o-Novo
A S S I N E
Jornal Folclore
Rua Capelo e Ivens, 63 - Apartado 518 2000-906 - SANTARÉM
E-mail:jornalfolclore@gmail.com
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
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