JORNAL FOLCLORE
Praceta Pedro Escuro, 5 – 2.º Dt.º - 2000-183 Santarém
Apartado 518 2000–906 SANTARÉM
Apartado 518 2000–906 SANTARÉM
E-mail: jornalfolclore@gmail.com
Telefone e Fax: 243 599 429 – TM 919126732
Telefone e Fax: 243 599 429 – TM 919126732
N.º 180 (FEVEREIRO)
TÍTULOS DA EDIÇÃO
EDITORIAL
O FOLCLORE DA ESTATÍSTICA
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou nos últimos dias de Dezembro passado os dados da cultura referentes ao ano de 2009. Relativamente aos números arrolados de espectadores que assistiram a espectáculos culturais – cerca de 10 milhões – o folclore regista uma assistência de 5% do total de espectadores que viram espectáculos culturais, ou seja 500 mil. Deduz-se que o número encontrado se refira a espectáculos com entradas pagas. A esmagadora maioria dos Festivais e Festas são, como se sabe, de entrada livre.
Naturalmente que os números não se aproximam da realidade quando é sabido que não existe qualquer controle das assistências aos eventos exclusivamente participados por grupos folclóricos. Os resultados teriam sido bem diferentes se houvesse a obrigatoriedade da apresentação dos dados pelos promotores dos eventos para efeitos de estatística. O que, como se sabe, não acontece.
Com efeito, calcula-se que num ano possam ter realização efectiva mais de duas mil realizações de cariz tradicional/folclórico. Considerando que muitos Festivais têm uma assistência média de vários milhares de espectadores, fácil será concluir que o número de assistentes registado pelo Instituo Nacional de Estatística estará muito aquém do referido na estatística agora divulgada.
Refira-se que o Ministério da Cultura financiou as actividades culturais em 2009 com 212 milhões de euros. Qual a fatia do enorme bolo que coube ao movimento folclórico, concretamente às grande realizações de âmbito nacional e internacional?
Registe-se também que, ainda segundo o INE, a receita dos espectáculos de folclore foi de 39,5 mil de euros. O Estado terá arrecadado em impostos directos qualquer coisa como 8.400 euros (1.680 contos).
O director
Naturalmente que os números não se aproximam da realidade quando é sabido que não existe qualquer controle das assistências aos eventos exclusivamente participados por grupos folclóricos. Os resultados teriam sido bem diferentes se houvesse a obrigatoriedade da apresentação dos dados pelos promotores dos eventos para efeitos de estatística. O que, como se sabe, não acontece.
Com efeito, calcula-se que num ano possam ter realização efectiva mais de duas mil realizações de cariz tradicional/folclórico. Considerando que muitos Festivais têm uma assistência média de vários milhares de espectadores, fácil será concluir que o número de assistentes registado pelo Instituo Nacional de Estatística estará muito aquém do referido na estatística agora divulgada.
Refira-se que o Ministério da Cultura financiou as actividades culturais em 2009 com 212 milhões de euros. Qual a fatia do enorme bolo que coube ao movimento folclórico, concretamente às grande realizações de âmbito nacional e internacional?
Registe-se também que, ainda segundo o INE, a receita dos espectáculos de folclore foi de 39,5 mil de euros. O Estado terá arrecadado em impostos directos qualquer coisa como 8.400 euros (1.680 contos).
O director
NOTA EDITORIAL
O TRIÉNIO
A assembleia-geral da Federação do Folclore Português elegeu nos primeiros dias de Dezembro passado os seus corpos sociais para o exercício do triénio 2011/2013. A tomada de posse verificou-se no início de Janeiro, como damos conta na página 3 desta edição.
São conhecidas as dificuldades que se conjecturam para o novo triénio. No início do anterior mandato o movimento folclórico ficou suspenso nas anunciadas medidas de fundo para a credibilização do folclore federado. Algum traquejo e experiência não deixam de estar já associados ao trabalho que ora se reinicia, na medida em que foram reeleitos os principais figurantes do elenco antecedente. Porventura o exercício terminado exigia um maior esforço num tão esperado “arrumar da casa”, no que concerne à exigência do cumprimento das regras estatutárias pelos grupos membros que disciplinam o movimento federado, que há muito deveria aparecer aos olhos do universo folclórico nacional como um modelo de representatividade da etnografia e do folclore do País. Apesar do tempo, continua a não sê-lo.
Foi pedido no início do anterior exercício “determinação e energia” aos eleitos, e em especial aos Conselheiros Técnicos Regionais. Pouco se fez, pelo menos em serviço visível, que mostrasse um pouco que fosse relativamente às metas traçadas. Alguns descuidos de retratação tradicional, continuam a ser farinha do mesmo saco num celeiro que deveria recolher somente “cereal” de primeira. A incerteza sobre a qualidade representativa dum grupo federado terá de ser coisa do passado. É preciso que os promotores de bons espectáculos folclóricos, estejam seguros de uma efectiva representatividade por um grupo membro da Federação.
Não se duvida do sacrifício e dedicação dos dirigentes eleitos, mas é preciso que haja mais inflexibilidade. Ou seja, antes quebrar que torcer. Também a “determinação” que foi pedida aos CTRs pelo próprio líder. Melhorar os resultados não pode continuar a ser uma questão de fé e esperança, mas uma realidade consistente e duradoura. O triénio que agora começa deve ser, assim, de exigência pelo rigor. Esse é o desafio. Que o tempo não seja só para a fotografia de pose. É preciso, mais que nunca, estar num tempo com os olhos postos no futuro, para credibilidade e reputação do próprio folclore. Essa credibilidade só pode partir da actividade reguladora de uma parte do movimento folclórico nacional – os grupos federados. E se as prometidas “vassouradas” limparem algum joio que seja, então que haja, finalmente, coragem para o fazer, não deixando de novo a vassoura atrás da porta.
O director
DESTAQUES
CARTAXO
CASA BRINCHEIRO: QUATRO DÉCADAS
A "VESTIR O FOLCLORE NACIONAL
Por: Manuel João Barbosa
Há quase 40 anos a confeccionar trajes etnográficos para ranchos e grupos de folclore de todo o País e das comunidades portuguesas no estrangeiro, a Casa Brincheiro assume-se como líder do mercado na confecção de indumentárias tradicionais. Um stock imenso de tecidos de textura tradicional e uma eficiente equipa de costureiras e bordadeiras mestres na confecção dos mais variados tipos de trajes, permite à popular casa oferecer um trabalho rápido e a contento. O slogan “O que você quer, a Casa Brincheiro tem” faz jus ao vasto recheio que enche imensas prateleiras e dezenas de gavetas do velhinho estabelecimento.
As primeiras portas da Rua Batalhoz, do n.º 1 A ao 1 D, no Cartaxo, são as entradas da Casa Brincheiro – a casa dos tecidos tradicionais. Paredes-meias com o Largo do Município, mesmo no centro da bonita vila ribatejana, a mais antiga e popular casa cartaxeira, está prestes a comemorar um século de uma seleccionada actividade comercial.
(Desenvolvimento na edição impressa)
FOLCLORE NAS CASAS TÍPICAS DE LISBOA.
ENTRE O ÓPTIMO E O PICTÓRICO
Textos e fotos: Manuel João Barbosa
Grupos semi-profissionalizados, estruturalmente organizados, mostram diariamente o folclore de diversas regiões do País nalgumas Casas Típicas de Lisboa, para gáudio de estrangeiros e nacionais. Entre o pitoresco, o colorido e o pictórico sobressaem apontamentos de boa retratação. Sempre implícito está a festa e a alegria. Algum ritmo das coreografias e a musicalidade das melodias arrebatam o mais cândido comensal. As figuras esbeltas dos dançarinos agarram a assistência. O entusiasmo invade a sala. O folclore português conquista todos!
A nossa reportagem passeou-se por quatro locais da capital que oferecem o tipicismo português como consumo inevitável, numa ementa que apraza pela gastronomia e pela festa do folclore. E a vontade de fazer um pé-de-dança apodera-se por vezes de alguns…
Como que uma saborosa e alegre sobremesa, várias Casas Típicas da capital continuam a oferecer como acepipe nos seus cardápios alguns momentos de folclore. Cada noite, a par do Fado, o Folclore é o prato forte da animação que é oferecida aos clientes na pós-refeição. O Ribatejo, o Minho e a Nazaré são, por regra, os estereótipos exclusivos das funções tradicionais que são oferecidos aos comensais. Os trajes são preparados para sugestionar de forma agradável, sendo os figurinos, nalguns casos, ajeitados por forma a tornar os executantes figuras graciosas e atraentes. O mesmo se passa com as melodias e as próprias coreografias, também escolhidas pela alegria e algum ritmo das composições. A finalidade é oferecer festa como remate do repasto.
NOTÍCIAS
- Debate. Ausência e necessidade. Faltou a discussão no Fórum Associ’Arte em Vila Nova de Famalicão
- Cancioneiro de Cantanhede vai finalmente dispor de instalações próprias
- Rancho Regional da Casa do Povo de Ílhavo comemorou o 27.º aniversário
- Tomaram posse os novos corpos sociais da Federação
- ‘Engenheiros’ cantaram as Janeiras ao Primeiro Ministro. Ou outra coisa?
- Reisadas e Cantares ao Menino maravilharam na Igreja da Graça, em Lisboa
- Rancho da Senhora do Monte de Pedroso reuniu em convívio
- Grupo Típico de Ançã celebrou aniversários dos seus elementos
- Encontro Nacional de Acordeonistas em Ponte de Sor
- Rancho de Paranhos cantou ao Natal e aos Reis
- Rancho S. Pedro da Belavista festejou o 20.º aniversário
- Etnográfico de Lorvão organizou Encontro de Cantares do Ciclo Natalício
OPINIÃO
- Congressos e mais Congressos, pelo Dr. Mário Nunes
- Cancioneiro de Cantanhede vai finalmente dispor de instalações próprias
- Rancho Regional da Casa do Povo de Ílhavo comemorou o 27.º aniversário
- Tomaram posse os novos corpos sociais da Federação
- ‘Engenheiros’ cantaram as Janeiras ao Primeiro Ministro. Ou outra coisa?
- Reisadas e Cantares ao Menino maravilharam na Igreja da Graça, em Lisboa
- Rancho da Senhora do Monte de Pedroso reuniu em convívio
- Grupo Típico de Ançã celebrou aniversários dos seus elementos
- Encontro Nacional de Acordeonistas em Ponte de Sor
- Rancho de Paranhos cantou ao Natal e aos Reis
- Rancho S. Pedro da Belavista festejou o 20.º aniversário
- Etnográfico de Lorvão organizou Encontro de Cantares do Ciclo Natalício
OPINIÃO
- Congressos e mais Congressos, pelo Dr. Mário Nunes
SECÇÕES
- ESFINGE – Direitos e linhas tortas , pelo Dr. Aurélio Lopes
- TRADIÇÃO / INOVAÇÃO – Recolher nos documentos , pelo Eng.º Manuel Farias
PORQUE NÃO TE CALAS?
Alteração morada
Informamos que o endereço postal do Jornal Folclore passa a ser o seguinte:
Praceta Pedro Escuro, 5 – 2.º Dt.º - 2000-183 Santarém.
Agradece-se contudo que toda a correspondência
seja enviada exclusivamente
ao Apartado 518 – 2000-906 Santarém
A S S I N E
Subscreva a assinatura enviando o pedido
ao Apartado 518 – 2000-906 SANTARÉM
ou e-mail: jornalfolclore@gmail.com
Europa: 20,00 € * Europa: 25,00 € * Fora da Europa 30,00 €
Sem comentários:
Enviar um comentário