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N.º 176 (OUTUBRO 2010)
TÍTULOS DA EDIÇÃO
EDITORIAL
A “Universidade”
Perante o anúncio da formação de uma Escola de Folclore em determinada cidade do Ribatejo, um “ilustre” autarca de uma das freguesias do respectivo concelho logo ripostou: “Se eles têm uma Escola, nós temos uma Universidade!”. Cabecinha pensadora, a do expedito e sapiente edil. Quereria ele dizer que a formação “folclórica” infantil da sua freguesia superava em muito a “escolinha” da cidade-sede do concelho.
Entendido que deve ser em matéria de representação tradicional, o cioso autarca apressou-se a pôr os pontos nos is, e vá de atirar lenha para a fogueira, ao ponto de incendiar as hostes citadinas. Ciente dos seus conhecimentos profundos dos actos folclóricos, o eleito quis defender a sua “dama”, qual acção eleitoral. Escorregou contudo, na lama da sua “universidade” – e da sua própria ignorância. É que, no seu burgo o que existe é um grupinho de crianças adestradas no rodopio de umas danças, supostamente tradicionais, e vestidas uniformemente com umas roupinhas de adultos à medida das suas idades. Actua com a designação de “rancho folclórico infantil”.
Ao que consta, a representação etnográfica e folclórica da novel formação citadina contrasta com a formação do lugar do inflamado autarca, e ao que parece prima pela sensatez na escolha das fatiotas acriançadas, como na realidade os meninos e meninas de outros tempos vestiam. Com justeza, a denominam de “Escola Infantil de Folclore”.
A campanha eleitoral ainda vem longe para tão exaltadas observações, ainda por cima infectadas de perfeitas imbecilidades.
Quem te manda sapateiro professorar na universidade do povo...
Manuel João Barbosa, director
NOTA EDITORIAL
Folclore? Não!
A afirmação impõe-se perante o chorrilho de disparates que passaram numa das sessões do Festival Internacional de Folclore ‘Celestino Graça’, em Santarém, protagonizados por uma formação, dita folclórica, chegada dos lados de Ponte de Lima, anunciada como “Rusga”. Teria passado efectivamente pelo admirável espaço do Festival o folclore da bonita região alto minhota? Não, com certeza! O palco do certame foi, por alguns minutos, campo de uma arrepiante cavalgada, mesmo com laivos de alguma ferocidade, tal o ímpeto com que a veloz equipa “folclórica” correu, pulou, sapateou e rodopiou – “parecendo perseguidos por todos os demos do inferno”, como diz Aurélio Lopes na página 2 desta edição – e anunciando que estariam a dançar modas do seu folclore. Ficámos constrangidos, pensando nos coitados dos avoengos da região, se na realidade teriam passado momentos tão tortuosos para se regalarem com o voltear de um bonito Vira ou na marcação regalada de uma Chula. Esta, picada ou não, decerto que seria muito mais harmoniosa e proporcionada à característica recreativa que estava associada à diversão.
Mas o despropósito da representação (?) alto minhota passa ainda por uma sessão de completo erotismo, com as ágeis bailadoras em descarados jeitos de levantar as saias até ao cós, não se inibindo de uma natural candura. O recato das gentes de ontem, passou hoje a alguma libertinagem no que respeita aos costumes, no desempenho de certos grupos auto denominados de folclóricos.
Assiste-se a uma desavergonhada e atrevida reprodução das sensuais coreografias que nos chegam do estrangeiro – quais macaquinhos de imitação – trazidas por companhias de dança, preparadas para galvanizar as plateias, numa ousadia sem limites e contra os mais básicos princípios de retratação cultural popular.
Por cá, vão-se regalando os olhos masculinos mais impudicos e lascivos, perante a devassa do pudor feminino.
Por estas e por outras, o folclore nacional continua pelas ruas da amargura, descredibilizado e sem notoriedade.
O director
DESTAQUES
- FESTIVAL INTERNACIONAL DE FOLCLORE CIDADE DE FARO. O PULSAR DE CULTURAS DO MUNDO
Formações folclóricas representativas de sete países – Martinica, Malta, Turquia, França, Letónia, Cuba e Portugal – espalharam pelo sotavento algarvio vida e cor, através da música, dos trajes e das danças de um folclore tão autêntico como exótico. O Festival Internacional de Folclore Cidade de Faro – Folkfaro – mostrou o “pulsar de culturas do mundo” – o tema da edição deste ano – num apelo à paz e à tolerância entre povos. Através do folclore, trezentos embaixadores culturais espalharam neste recanto da Europa a mensagem da concórdia e da união, promovendo a amizade e semeando afectos. Milhares aplaudiram e aclamaram os mensageiros. A organização foi do Grupo Folclórico de Faro.
Textos e fotos: Manuel João Barbosa
Fantástico, é o adjectivo com que nos atrevemos a rotular mais uma edição do Folkfaro- Festival Internacional de Folclore Cidade de Faro, que decorreu entre 21 e 29 de Agosto na cidade capital do Algarve e noutras cidades e vilas da região do sotavento algarvio. A responsabilidade da organização do evento é do Grupo Folclórico de Faro.
O Festival cumpriu um vasto programa, especialmente delineado para a edição deste ano. A cultura tradicional de sete países de três Continentes, naturalmente tão distintas entre si, mostrou-se durante nove dias em sessões regulares, com um programa desdobrado em múltiplas actividades. Os protagonistas empenharam-se na promoção da paz e da tolerância, um dos desígnios consagrados pelo Festival.
(Desenvolvimento na edição impressa)
- SEMANA EUROPEIA DE FOLCLORE. UMA SEMANA DE FOLCLORE NO JARDIM MUNICIPAL DO FUNCHAL
O Grupo de Folclore e Etnográfico da Boa Nova, Funchal, concluiu mais uma edição do Festival “Semana Europeia de Folclore”, a sétima da iniciativa criada em 2003. Entre 29 de Agosto e 3 de Setembro o Auditório do Jardim Municipal do Funchal recebeu o folclore da Rússia, Itália, Venezuela, Portugal Continental e Madeira. Uma vez mais a lotação do recinto foi escassa para receber tão elevado número de espectadores, em grande parte estrangeiros. A organização recebeu rasgados encómios pelo sequente êxito da iniciativa.
Texto e fotos: Manuel João Barbosa
Os sons e os tons do folclore da América do Sul, do Leste e da Europa animaram durante uma semana o atractivo espaço de espectáculos do aprazível Jardim Municipal do Funchal. O Grupo de Folclore e Etnográfico da Boa Nova concluiu mais uma edição do Festival “Semana Europeia de Folclore”, uma iniciativa criada há sete anos, com êxito crescente. O evento acaba integrado nas Festas do Vinho, que na altura decorrem no Funchal, em estreita colaboração com a Secretaria Regional do Turismo e Transportes, promotora do certame que teve realização nos dias sequentes à Semana Europeia de Folclore.
(Desenvolvimento na edição impressa)
- FESTIVAL INTERNACIONAL DE PONTA DO SOL. FOLCLORE DANÇOU-SE NO MAIS BONITO JARDIM DA MADEIRA
Tão bela quanto admirável foi uma vez mais a realização do Festival Internacional de Folclore de Ponta do Sol, na Madeira. São estes os adjectivos certos para definir o que os olhos contemplaram, ao olhar o palco do Festival. A arte e o bom gosto aliaram-se outra vez, tornando único o cenário de mil cores, que matizaram também o folclore, também ele transmudado em pétalas de uma incomum policromia. Os responsáveis pela preparação do evento – dos organizadores aos patrocinadores – receberam uma avalanche de elogios.
Manuel João Barbosa
O Grupo de Folclore de Ponta do Sol acautelou de forma desvelada o espaço do seu Festival, que decorreu no dia 28 de Setembro com alta distinção. Todas as atenções se voltaram para o incomum espaço que recebeu o folclore, oferecido pelos grupos convidados, que se exibiram por entre a policromia de deslumbrantes arranjos florais, criados pela arte e bom gosto de João Egídio, já um veterano no alindamento do palco.
(Desenvolvimento na edição impressa)
- FESTIVAL INTERNACIONAL ‘CELESTINO GRAÇA’
O FOLCLORE DA EUROPA NO PALCO DE SANTARÉM
Depois de ter assinalado o ano passado as suas Bodas de Ouro, o Festival Internacional de Folclore ‘Celestino Graça’ acaba de concluir a sua 51.ª edição. Cinco países estrangeiros – Eslováquia, França, Macedónia, Polónia e Ucrânia - e Portugal completaram as quatro sessões programadas, que se pautaram pelo sucesso, aferido por consideráveis assistências de um público interessado. O Festival que tem a supervisão do CIOFF, organismo internacional que vigia a organização de Festivais de Folclore em todo o mundo, tem a organização do Grupo Académico de Danças Ribatejanas, de Santarém.
Texto e fotos: Manuel João Barbosa
Entre 2 e 5 de Setembro decorreu em Santarém a 51.ª edição do Festival Internacional de Folclore ‘Celestino Graça’, que contou com a participação de cinco representações internacionais e sete representações nacionais. O público mais uma vez não se alheou do acontecimento e esteve presente em considerável número em todas as sessões do Festival.
(Desenvolvimento na edição impressa)
- VIANA DO CASTELO: FOLCLORE DE SETE PAÍSES NO FESTIVAL DO ALTO MINHO
À riqueza e diversidade culturais, este certame acrescentou aprendizagem. Portugal, Cuba, Irlanda do Norte, México, Peru, Quénia e Turquia foram os países representados na 14ª edição do Festival de Folclore Internacional Alto Minho, que decorreu de 30 de Agosto a 6 de Setembro. No total, o certame reuniu 13 grupos, 6 estrangeiros e 7 de Viana do Castelo, compostos por cerca de quinhentos músicos e bailarinos.
O Festival incluiu quatro “Grandes Galas”, que decorreram na Praça da República, em Viana do Castelo, e noites de folclore em Paredes de Coura, Valença, Vila Nova de Cerveira e Vila Praia de Âncora.
(Desenvolvimento na edição impressa)
NOTÍCIAS
- FOLCLORE PORTUGUÊS NO ESTRANGEIRO
Grupo Folclórico da Casa do Povo da Camacha na Polónia
- MADEIRA: ENCONTRO DE FOLCLORE DO PORTO SANTO TEVE PARTICIPAÇÃO CONTINENTAL
- Festival do Rancho de Zebreiros homenageou falecido director
- Lisboa: Rancho da Ribeira de Celavisa ofereceu tarde de folclore junto ao Panteão Nacional
- Festa de Folclore na Bemposta
- Coruche: Rancho de Vila Nova da Erra organizou Festival de qualidade
- Porto de Mós: Festival Internacional de Folclore no Arrimal
- Rancho Regional dos Foros de Salvaterra de Magos fez Festival
- Rancho Folclórico de Fonte Boa realizou Festival
- Rancho Folclórico de Baião esteve na Madeira
- Mercado da República em Tomar
- Festival Internacional da Cidade do Porto cumpriu a XXX edição
- Águeda. Macieira viveu folclore nativo
- Etnográfico da Gafanha da Nazaré cumpre o cerimonial da procissão na Ria
SECÇÕES:
ESFINGE
– Rótulos e etiquetas, pelo Dr. Aurélio Lopes
TRADIÇÃO / INOVAÇÃO
– O contexto (ainda), pelo Eng.º Manuel Farias
* PORQUE NÃO TE CALAS?
FESTIVAIS
Festivais a realizar no mês de Outubro
Alteração morada
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